Navegando por Autor "Souza, Amós da Cruz"
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- ItemComemorações e fotografias: práticas de inovação pedagógico-cultural e os afro-brasileiros na Escola Maria Teófila – Amélia Rodrigues – Bahia(2008) Souza, Amós da CruzApresenta-se, neste trabalho, as práticas singulares dos alunos e professores da Escola Maria Teófila que, com suas festas e eventos comemorativos, instituíram a diversidade cultural no seu currículo, logrando, com isto, êxitos relativos à afirmação dos afro-brasileiros no cotidiano escolar. Na descrição dessa experiência étnico-pedagógica e suas relações culturais e étnico-raciais surge, indiretamente, a historicidade da cidade de Amélia Rodrigues (localidade do Recôncavo baiano onde prevalecem produtos do canavial, suas usinas e alambiques) no contexto da década de 1990, a partir da linguagem fotográfica e suas relações com as memórias e narrativas. O olhar, portanto, destaca a resistência e a negociação empreendidas por sujeitos que até então têm sido vistos nas margens da nacionalidade brasileira e suas práticas escolares. Numa análise cruzada desses dados no acervo fotográfico dessa unidade escolar, nos depoimentos orais de professores que atuaram nesses eventos e alguns documentos escritos pertinentes ao desvelamento dos sentidos e intenções dessa construção, alguns resultados surgem como propostas: a possibilidade dialógica dessa prática com a lei 10.639/03, que prevê o ensino formal da História e Cultura dos afro-brasileiros; uma potencialidade da humanização de alunos afro-brasileiros em situação de risco social em escolas públicas do Estado da Bahia como exemplo; a sugestão do pluralismo pedagógico mediante negociações e parcerias entre escola e comunidade
- ItemSobre a(s) Memória(s) dos Homens/Mulheres das Usinas: Contemporaneidade do Recôncavo Açucareiro como Demanda Educacional(2014-10-24) Souza, Amós da CruzEsta tese de doutorado foi construída no desvelamento de um lugar de memória da comunidade de experiências dos homens e mulheres relacionados aos espaços geohistóricos das usinas de açúcar do Recôncavo baiano, implícito ao Memorial do Cinquentenário da cidade de Amélia Rodrigues, em 2011. A abordagem de um acervo fotográfico, como fonte principal da pesquisa, problematizou a pluralidade cultural do Recôncavo, evidenciando resistências da memória social (experiências de trabalho, habitação e convivência) como sentido subjacente aos enquadramentos fotográficos e expressivos de táticas da ocupação efetiva desse território que, no campo do simbólico, valoriza a subjetividade como um traço predominante da caracterização cultural desse território nos últimos cinquenta anos de sua história, em que se agravou o êxodo rural ou desterritorialização das fazendas de açúcar. Essa suposição de confronto simbólico à prescrição de narrativa histórica da cidade, questionando os pressupostos monológicos das narrativas históricas, como sempre alusivas de certo pioneirismo/heroísmo colonialista da fundação nacional, determinou o interesse de compreensão dessas intenções inscritas no memorial fotográfico. Partindo de recortes temáticos e cruzamento dos mesmos com outros dados documentais, como procedimentos elucidativos de recorrências intencionais, analisamos as possibilidades dialógicas entre as representações estabelecidas e esses significados emergentes sobre a condição subjetiva do Recôncavo açucareiro na contemporaneidade, considerando-se o caráter autonarrativo dos dados. Esses indícios, por sua vez, caracterizando um estudo exploratório, demandaram os olhares dos campos dos estudos pós coloniais/subalternos latino americanos, associados a pressupostos metodológicos da Nova História Cultural, tomados como referências das leituras análises que se apresentam neste trabalho, obtendo-se como resultados, outros olhares e possibilidades de enfrentamento do paradoxo contemporâneo do Recôncavo baiano, mediante a ressignificação da consciência sobre sua condição humana ou demanda de reeducação das possibilidades de ver o desenvolvimento/modernização na dialógica das diferenças e conforme a instrumentalidade das narrativas locais. Este trabalho culminou, portanto, na proposição de uma prática (foto)gráfica que, associando memória e história, torna-se propícia à educação dos olhares brasileiros acerca da demanda de “dupla consciência da modernidade”, mencionada por Paul Gilroy (2001), acerca das possibilidade de valorização das subjetividades africanas diaspóricas.