A integralidade, enquanto princípio do SUS, busca garantir ao indivíduo um cuidado e atenção à saúde que extrapole a prática curativa e o pensamento biologicista, considerando o indivíduo em todos os níveis de atenção e enquanto sujeito inserido em um contexto familiar, social e cultural. Por isso, a atenção integral exige articulação entre os profissionais de saúde das diferentes categorias. Para que essa articulação aconteça, a Educação Interprofissional (EIP), entendida como a aprendizagem compartilhada e interativa entre as profissões da saúde. Objetivo: Analisar a formação profissional em uma residência multiprofissional em saúde na perspectiva da interprofissionalidade, do trabalho em equipe e da prática colaborativa. Metodologia: Para atender a esse objetivo, foi desenvolvido um estudo exploratório, de abordagem qualitativa; o estudo foi realizado em um programa de Residência Multiprofissional em Saúde de uma Universidade pública do estado da Bahia. A ferramenta escolhida para a coleta de dados foi a entrevista semi estruturada e o diário de campo. Foram entrevistados 13 residentes distribuídos nos cinco núcleos da residência (Saúde da Família, Saúde Mental, Nutrição Clínica, Oncologia e Terapia Intensiva). O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa e foi aprovado, com CAAE 53419821.40000.0057 e parecer de número 5.185.595 favorável à realização da pesquisa. A pesquisa possibilitou ouvir os residentes sobre a formação que estavam recebendo dentro do referido programa, olhando para as experiências de prática interprofissional, o trabalho em equipe e a colaboração e como essas práticas interferem no cuidado.