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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco"
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- ItemCorpo-território-LGBT+: imagens e narrativas de professores/as transviados/as na educação básica(Universidade do Estado da Bahia, 2022-06-13) Cordeiro, Janivaldo Pacheco; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Bento, Berenice Alves de Melo; Thiengo, Edmar Reis; Miranda, Eduardo Oliveira; Vieira, Claudia Andrade; Cardoso , Cláudia PonsEste estudo buscou compreender e analisar os atravessamentos que forjam identidades pessoais e profissionais de pessoas LGBTQIA+ na docência e que, por conta do gênero e da sexualidade dissidentes, provocam ressignificação de suas práticas pedagógicas, fabricam comportamentos e performances para o exercício do magistério e, de alguma forma, criam contextos para pensar os movimentos de representação e representatividade. De natureza qualitativa, o trabalho foi desenvolvido com base na Pesquisa Narrativa (CLANDININ E CONNELLY, 2015), apoiando-se nas narrativas de (re)existências (RIOS, 2021) que surgiram nas Entrevistas Narrativas e nas escritas de autorretratos, sendo analisadas utilizando a interpretação-compreensão proposta por Ricoeur (2019) e a “leitura em três tempos” sistematizada por Souza (2014, 2017). A pesquisa contou com a participação de sete colaboradores/as autodeclarados LGBT+ docentes da Educação Básica da Bahia. Nesse bojo, a discussão teórica das identidades e diferenças (RIOS, 2008; SILVA,2014) foram enriquecidas pela discussão em torno das identidades de gênero e sexualidade (BENTO 2017a, 2017b, 2018, 2021a, 2021b; BUTLER 2017, 2018a, 2018b, 2019b, 2019b, 2022; LOURO, 2014), sexualidade e as relações de poder e opressão (FOUCAULT, 2010a, 2010b, 2013, 2019), que docilizam os corpos-transviados, os classificam e reafirmam a diferença hierarquizada, demarcando-a de maneiras diferentes e de acordo com suas singularidades, e possibilitando, assim, o (re)conhecimento do corpo-território (MIRANDA, 2014, 2021). Nesse aspecto, o corpo-território foi incorporado na (e pela) tese, unificou-se e se corporificou nas discussões, imagens e narrativas, performances e corporalidades que não apenas atravessam este trabalho, o encarna, o desnuda e o constitui. De acordo com os resultados, os/as professores/as transviados/as são assujeitados/as ao cistema heternormativo que os/as vigiam, silenciam e invisibilizam as suas existências, forjando neles/nelas identidades voltadas à (auto)vigilância, ao (auto)silenciamento e à (auto)invisibilização como forma de sobrevivência no espaço escolar, mas também mostram indícios de que suas representações e representatividades são de extrema importância no combate ao preconceito, à discriminação e à visibilidade LGBTQIA+ . Assim, a tese defendida é que professores/as transviados/as encontram-se atravessados/as pela cis heteronormatividade que os/as (re)posicionam de forma que estes/as forjam suas identidades pessoais e docentes em suas imagens e narrativas construídas cotidianamente.