Campus I - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Salvador
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Navegando Campus I - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Salvador por Autor "Almeida, Manoela Rebello de"
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- ItemOs efeitos psicoemocionais pós-crises nos agentes penitenciários e suas influências na gestão prisional(2007-05-15) Almeida, Manoela Rebello deO sistema prisional brasileiro tem estado em destaque nos últimos anos. As rebeliões, o “caos” e a ineficácia destas instituições são evidentes. A busca por soluções para este sistema é eterna, o que não ocorre só no Brasil, mas em todo o mundo. Atualmente, a gestão prisional tem sido colocada em foco, como uma forma que pudesse ser responsável pela reestruturação e eficácia das prisões. Neste sentido, a gerência dos recursos humanos é considerada muito importante para que se cumpra seu objetivo, sua missão organizacional (segurança e ressocialização). Todavia, as situações de crise provocam impacto neste tipo de instituição, especialmente os servidores que estão na linha de frente: os agentes penitenciários. Diante disso, o presente estudo buscou analisar não só os efeitos psicoemicionais, posteriores a crises, gerados nos agentes penitenciários, como suas influências na gestão dentro de um presídio de Salvador, onde houve um significativo número de agentes que se envolveram nas crises de maior impacto no sistema prisional da Bahia até o momento. Para tanto, o estudo utilizou dados quantitativos (histórico funcional dos agentes e situação da população carcerária x quantidade de agentes no Brasil, Bahia, Salvador e no Presídio em estudo) e qualitativos (entrevistas com gestores). Constatou-se que a crise estudada foi uma fuga frustada cujos efeitos psicoemocionais gerados nos agentes assumiram uma dimensão muito grande e perdurou por meses. Os impactos afetaram diretamente a gestão deste presídio cujo quadro efetivo tornou-se quase inexistente depois da crise, o que reflete uma dificuldade de conter as tensões e a segurança dentro do presídio. O processo de ressocialização foi suspenso enquanto perdurou o impacto nos agentes e na unidade. Houve uma reação no sentido de conter os fatores contribuintes para eclosão de crises (reduziu-se a população carcerária), sendo tomada uma série de medidas alternativas, mesmo sendo escassos os recursos disponíveis.