Navegando por Autor "Figueiroa, Giovana Rossi"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemIncidência de amputação não-traumática de membro inferior em diabéticos no ano de 2009, em uma unidade hospitalar pública, no município de Salvador, Bahia(2011-12-05) Unfried, Adriana Graça Costa; Figueiroa, Giovana RossiFundamento: O Diabetes Mellitus é uma doença grave que culmina com uma elevada incidência de amputação, internação prolongada e demanda de altos custos hospitalares, é ainda, um fator considerável de incapacidade, invalidez, aposentadoria precoce e mortes evitáveis. A estimativa da incidência de amputados de membros inferiores é um recurso que pode ajudar na organização de novas ações do poder público de saúde para tentar minimizar a ocorrênca de amputações, seus fatores de risco e o grau de morbi/mortalidade da população estudada. Objetivo: Estimar a incidência de amputações e reamputações de membro inferior (AMI) em diabéticos, em uma Unidade Hospitalar Pública do município do Salvador, 2009. Métodos: Estudo de incidência a partir da análise de prontuários de 200 pacientes diabéticos submetidos a amputações em membros inferiores, em 2009, ocorridos em uma unidade pública hospitalar no município do Salvador, Bahia. Foram excluídas amputações de causas traumáticas e/ ou não associadas à diabetes. O instrumento de coleta de dados, aplicado entre os meses de dezembro de 2010 e abril de 2011, continha questões relativas às condições sócio-demográficas e clínicas. A análise estatística dos dados foi realizada no programa Epi Info, versão 3.5.2. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia. Resultados: Dos 192 diabéticos amputados obteve-se uma incidência de 246 amputações e 56 reamputações, amputados pela primeira vez foram 178. Não foram encontradas diferenças entre o sexo dos pacientes submetidos à amputação, apenas que os homens sofreram mais reamputações (p<0,05). A média de idade obtida foi de 65,1 anos, composta principalmente por indivíduos de cor/raça parda (55,2%), casados (34,9%), analfabetos (48,8%), aposentados (70,6%) e de renda familiar entre 0 a 1 salário mínimo (30,7%). O tipo de diabetes mais predominante foi do tipo 2 (69,6%) e quanto à terapia farmacológica, o uso exclusivo de hipoglicemiantes oral foi o mais utilizado com 45,9%. A comorbidade do DM mais insidiosa foi a HAS. Das 246 AMI, 42,3% envolviam os dedos dos pés e sobre a quantidade de AMI realizadas, 70,8% dos pacientes sofreu apenas uma amputação. A média do tempo para reamputação foi de 3,2 ± 6,7 meses. O diagnóstico de pé diabético foi encontrado em 48,7%, foram a óbito no pós-operatório 40 (20,8%) dos pacientes amputados. Conclusão: Verificou-se uma incidência elevada de amputação não traumática de MMII em diabéticos no ano de 2009, na unidade hospitalar pública. A instituição de medidas de controle da DM que visem à prevenção do aparecimento de suas complicações é necessária, e que essas medidas devem ser realizadas tanto pelos profissionais dos serviços de saúde, como pelos portadores da doença e por seus familiares. Nesse sentido um serviço de saúde que contemple a educação em saúde no seu cotidiano abre-se para uma realidade com perspectivas de prevenção e controle de sequelas que limitam, mutilam e alteram a vida dos indivíduos portadores de DM.
- ItemSobrevida pós amputação de membro inferior em diabéticos no município de Salvador-Bahia, no período de 2001 a 2009(2011-12-05) Pereira, Marcela de Angelis Vigas; Figueiroa, Giovana RossiFUNDAMENTO: O diabetes mellitus se caracterizou como pandemia, afetando populações com diferentes características. A amputação de membro inferior caracteriza-se como a principal consequência dessa doença, constatando-se a diminuição da sobrevida dessa população após o evento cirúrgico. OBJETIVO: Estimar a sobrevida de indivíduos diabéticos amputados no ano de 2001, no transcorrer de 9 anos após esse evento. MÉTODO: Estudo de coorte histórico realizado com 181 sujeitos oriundos do estudo “Incidência de amputação não traumática de membro inferior em diabéticos, Salvador, Bahia, Brasil” em associação com os dados disponibilizados pela Diretoria de Informações em Saúde (DIS), órgão vinculado a Secretária da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). O formulário elaborado foi composto pelas variáveis: sexo, escolaridade, idade no momento do óbito, tipo de diabetes mellitus, tempo de diagnóstico da doença, número de amputações até 2001, nível da última amputação, orientação sobre os cuidados com os pés, conhecimentos sobre as complicações da DM, ano do óbito. A análise de sobrevida e a sua correlação com o tempo de diagnóstico foi realizada pelo método Kaplan-Meier através do software MedCalc (versão 9.5), as análises uni e bivariadas das demais variáveis foram feitas através do software Epi Info (versão 3.5.2). RESULTADOS: Verificou-se maior proporção de mortes nos indivíduos do sexo masculino, alfabetizados, entre 70-109 anos, com predominância do diabetes tipo II, com tempo diagnóstico igual ou superior a 10 anos, informados sobre cuidados com os pés e sobre as outras complicações que envolvem a doença, submetidos a uma única amputação, com a utilização de baixos níveis amputatórios nos procedimentos cirúrgicos. A maior probabilidade de sobrevida foi verificada no ano zero da pesquisa (56,5%), se concretizando para apenas sessenta e dois sujeitos nesse seguimento. Ao término da pesquisa constatou-se a sobrevivência de sete sujeitos no período do estudo. CONCLUSÃO: A concretização da maior probabilidade de sobrevida encontrada no estudo para uma pequena porção da população estudada evidenciou um pior quadro clínico da amostra, sugerindo a necessidade de reformulações nos programas educativos e intervencionistas adotados pelo Estado no combate ao diabetes mellitus e suas conseqüências.