Navegando por Autor "Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais"
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- ItemAnálise da qualidade da notificação no SINAN dos casos de TB que evoluíram para óbito(Universidade do Estado da Bahia, 2008) Orrico, Luciana da Silva; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Figueiredo, Maria Aparecida Araújo; Cunha, Alcione Brasileiro OliveiraO Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) são as principais fontes de informação utilizadas para o monitoramento e avaliação das metas do Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT). O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade da notificação no SINAN dos casos de tuberculose que evoluíram para óbito no município de Salvador, Bahia. Trata-se de um estudo descritivo de dados secundários no qual foram feitas buscas no SINAN dos óbitos registrados no SIM que tiveram como uma das causas múltiplas a tuberculose, no período de 2003 a 2006. A mortalidade por 100.000 habitantes foi de 8,9 em 2003, 9,2 em 2004, 7,7 em 2005 e 7,9 em 2006. Do total de óbitos 909 (1,7%) tiveram a tuberculose como umas das causas múltiplas, destes registros 63,8% (580/909) tiveram a tuberculose como causa básica e 72,6% (660/909) dos casos eram de tuberculose pulmonar. Estavam notificados simultaneamente nos dois bancos de dados 44,1% (401/909) dos registros. O acréscimo dos registros não notificados acarretará um incremento de 1,8% no total de casos do SINAN. Os resultados sugerem existir uma associação entre a notificação e as características do indivíduo, indicando que os negros são mais notificados que os brancos, os homens são 41% mais notificados que as mulheres e que quanto mais idoso maior a probabilidade de não ser notificado Os resultados revelam a necessidade de melhorar a qualidade dos registros inseridos no SINAN, e o SIM se mostrou como uma opção nessa busca, visto que é uma fonte de resgate de casos graves de tuberculose.
- ItemItinerários terapêuticos de crianças e adolescentes com doença falciforme no interior da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2022-12-27) Oliveira, Suzana Bittencourt de; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Carvalho, Evanilda Souza de Santana; Cordeiro, Rosa Candida; Rossi, Thais Regis AranhaA doença falciforme causa um impacto significativo na vida dos portadores, bem como de suas famílias, sobretudo no que se refere a crianças e adolescentes, pois por ser considerada uma condição crônica permanente, exige cuidados por toda a vida, que comumente são realizados na esfera familiar. A família inicia a mobilização na busca por cuidados a partir do momento que compreende o diagnóstico da doença e as suas implicações, quando se depara com diferentes práticas em saúde e sistemas de cuidado, onde são desenhadas múltiplas trajetórias. O presente estudo teve como objetivo: analisar os itinerários terapêuticos de famílias de crianças e adolescentes com doença falciforme, considerando as repercussões da doença em suas vidas. Trata-se de estudo exploratório de abordagem qualitativa que utilizou a Teoria dos Sistemas de Cuidado de Kleinman e o conceito de itinerário terapêutico como aporte teórico e como método, o estudo de caso. A amostra foi composta por quatro mães de crianças e adolescentes com doença falciforme residentes no município de São Gonçalo dos Campos – Bahia. Os dados foram coletados com a utilização de duas técnicas projetivas, o teste associação livre de palavras e o desenho estória com tema, e uma técnica discursiva, a entrevista em profundidade, além da aplicação de um questionário de perfil socioeconômico e demográfico e da construção de um diário de campo. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática, o que possibilitou a identificação de duas categorias temáticas: a descoberta da doença e a busca pelo cuidado. Os resultados revelaram que o diagnóstico da doença falciforme traz um misto de sentimentos para a família, que precisa se reorganizar para lidar com as necessidades do filho adoecido e que nesse cenário as mães são as principais cuidadoras. Seus itinerários terapêuticos são construídos a partir das concepções das mães acerca do processo de adoecimento dos seus filhos e da interligação entre os três subsistemas de cuidado, apesar de o subsistema formal de saúde assumir posição central. Considera-se que compreender a subjetividade que envolve a condição crônica da doença falciforme e como tal condição interfere na dinâmica familiar é ação necessária na promoção de um cuidado humanizado e centrado nas necessidades do usuário/família. Por outro lado, demanda do profissional e equipe a utilização de outros saberes para além da clínica médica.