Navegando por Autor "ROCHA, Cristiane Almeida"
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- ItemCaracterização do uso de antibióticos em uma unidade de pronto atendimento infantil em Camaçari-Ba: uma análise de custo e utilização(2022-12-01) ROCHA, Cristiane Almeida; MACIEL, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; CAMELIER, Fernanda Warken Rosa; SANTOS, Pablo de MouraO uso de antimicrobianos é crescente e aprimorar a racionalização de seu uso, com redução de custos em unidades de Pronto Atendimento Infantil é uma das estratégias para contribuir com a melhoria da atenção prestada às crianças. Objetivo: Determinar a variação do uso de antibióticos e seus custos em uma Unidade de Pronto Atendimento em Camaçari- BA. Metodologia: estudo exploratório, retrospectivo e descritivo, realizado na Unidade de Pronto Atendimento Infantil em Camaçari-BA, vinculado ao Sistema Único de Saúde que presta serviço de urgência e emergência. Coletou-se os antimicrobianos usados pelos pacientes e seu custo, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. Englobou um universo 10.489 pacientes. O Micromedex, o RedBook e orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria foram usadas para mensurar a questão da racionalidade da indicação dos antimicrobianos. Para tal foram analisados, entre 2019 e 2021, os principais diagnósticos; Medicamento prescrito de acordo com os 30 principais diagnósticos; Comparativo entre medicação indicada e medicação prescrita para estes diagnósticos; Quantidade de medicamentos prescritos; Custo direto com os medicamentos previstos para tratamento (R$ nominais); Quantidade anual de medicamentos prescritos para tratamento em associação e Custos diretos com os medicamentos prescritos por tratamento em associação. Resultados: Os principais diagnósticos para a prescrição do antibiótico foram amigdalite, bronquite e febre sem diagnóstico. No caso da amigdalite, a amoxicilina foi prescrita em 1.049 casos, a azitromicina, em 429, a benzilpenicilina benzatina, em 1.405 pacientes e o sulfametoxazol+trimetoprima em 87 casos. Para os casos de febre sem diagnóstico, a amoxicilina foi a mais prescrita (339 casos). Por fim, em pacientes com bronquite, a maior frequência de prescrição foi de amoxicilina (509 casos), embora o Micromedex tenha indicado o uso de claritomicina e ciprofloxacino, medicamentos que não tiveram nenhuma prescrição. O custo direto total com os medicamentos foi maior para a benzilpenicilina benzatina (R$ 25.857,70) e com a ceftriaxona, que foi de R$ 10.378,70. O custo total dos antibióticos ficou na ordem de R$ 60.700,80. Os resultados demonstram que nem sempre existe uma racionalidade na prescrição dos medicamentos, pois acabam sendo prescritos aqueles que são mais comumente usados e/ou disponíveis de imediato na unidade, como a Benzilpenicilina benzatina, mostrando que existem outras possibilidades no mercado que poderiam ser indicados, mas não necessariamente com custos de aquisição menores. Conclusão: Na UPA de Camaçari notou-se que existe um custo alto na compra de antimicrobianos, bem como predomínio do uso de penicilinas, especialmente a Benzilpenicilina benzatina, e macrolídeos, refletindo a disponibilidade e o perfil das doenças atendidas. Existem alternativas para redução de custos, como o uso do antimicrobiano certo na hora certa, bem como o uso de medicamentos genéricos, mais baratos. Adicionalmente, melhorar a qualidade dos processos que levam a problemas como infecções que ocorrem dentro da UPA. Essa medida é essencial não só para a saúde e segurança do paciente, mas também é uma estratégia para reduzir custos. A institucionalização de protocolos de redução de custos devem ser implantadas, para reduzir as consequências do alto consumo de antimicrobianos, associado ao aumento de microorganismos resistentes.