Navegando por Autor "Santos, Celina Rosa dos"
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- ItemAstúcias das Diadorins-Professoras-Gestoras: Narrativas Sobre Docência e Gênero No Sertão- Mundo IFBA(2020-05-28) Santos, Celina Rosa dosEste estudo tem como objetivo compreender o processo formativo de professoras da Educação Profissional e Técnica, a partir de suas experiências em cargos de gestão no IFBA, dos sentidos atribuídos a estes modos-de-ser e aos desafios enfrentados diante de tal circunstância. O trabalho orientou-se pelas teorias da fenomenologia hermenêutica de Heidegger que auxiliaram na compreensão das narrativas que constituem a construção/projeto de si, no processo de formação enquanto devir constante, desde a educação não formal, a formação inicial, continuada e em exercício, bem como a especificidade da formação para a docência na Educação Profissional e Técnica, que abordam as dimensões pessoais, profissionais e organizacionais. A questão de gênero e a utilização da categoria mulher é refletida tendo como base as teorias da fenomenologia e do feminismo que permitem pensar as experiências vivenciadas e a luta contra as desigualdades de gênero, inclusive no ambiente profissional da docência. A pesquisa se inscreve nos estudos (auto)biográficos e tem como dispositivo as narrativas orais que foram analisadas à luz da hermenêutica compreensiva. Foram entrevistadas seis professoras-gestoras que ocuparam os cargos de gestão entre 2008 a 2018 no IFBA. Os resultados dessa investigação apontaram para uma compreensão ampliada de formação, não circunscrita à formação inicial e/ou continuada, mas como resultante de todo o percurso vivido pelas Diadorins-professoras-gestoras, pois nem todas tiveram formação para a docência, algo imprescindível para essa função. Desvelaram também que não há uma preocupação com a formação para a gestão, apesar de ser uma atividade docente, e que a atuação nos cargos de gestão é formativa, pois permite compreender melhor o funcionamento da instituição, melhorar as práticas docentes, a relação com os/as alunos/as e os/as servidores/as. Assinalaram também que a gestão é um espaço de corporificação masculina, mas que há formas astutas de se mover dentro dessa lógica.