Navegando por Autor "Vasquez, Leila Monique Reis"
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- ItemLipemia pós prandial em mulheres que utilizam e não utilizam contraceptivo oral(2011-12-05) Vasquez, Leila Monique Reis; Gomes Neto, Mansueto; Petto, JeffersonFUNDAMENTO: A lipemia pós-prandial (LPP) é a elevação fisiológica dos níveis de triglicerídeos (TG) plasmáticos após a ingestão de gorduras, e pode, quando alterada, apresentar uma forte ligação com a aterogênese. Estudos mostram que mulheres que utilizam contraceptivos orais (CO) apresentam níveis de TG plasmáticos de jejum mais elevados, no entanto, o efeito deste sobre a LPP não é algo que está totalmente esclarecido. OBJETIVO: Verificar se a lipemia pós prandial em mulheres que fazem uso continuado de contraceptivos orais é maior do que naquelas que não utilizam. MÉTODOS: Estudo analítico transversal, no qual foram avaliadas 36 voluntárias não ativas, entre 20 e 30 anos, sem alterações metabólicas ou do perfil lipídico. A amostra foi dividida em dois grupos iguais: G1, formado por mulheres que não utilizavam contraceptivos a base de hormônios, e G2, formado por mulheres que utilizavam contraceptivos orais há mais de um ano. Realizou-se o teste de LPP dentro de um laboratório especializado. Amostras sanguíneas foram coletadas para dosagem dos TG plasmáticos no tempo zero (jejum de 12h), e após a ingestão de um composto lipídico, nos tempos 120, 180 e 240 minutos. Esta pesquisa foi registrada e aprovada pelo CEP da Faculdade de Tecnologia e Ciências sob o protocolo 3390/2011. Todas as voluntárias leram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A planilha de dados foi realizada no software Microsof Office Excel 2007 e a análise da mesma no SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0. Foi utilizado o teste t de Student para comparação da média entre os pontos. Um p < 0,05 foi considerado estatisticamente significante. RESULTADOS: As médias e os desvios padrões dos TG plasmáticos nos tempos 0, 120, 180 e 240 minutos, respectivamente para o G1 e G2 foram de 52,4±15,9 versus 107,5±21,0; 77,3±27,7 versus 150,9±38,8; 89,7±28,6 versus 170,3±46,6 e 86,4±27,7 versus 162,2±44,1 apresentando diferença significante (p<0,001) em todos os pontos da curva lipídica. CONCLUSÕES: A LPP nas mulheres que utilizam CO é maior do que nas mulheres que não utilizam, chegando a alcançar um aumento de 103%. Este fato traz a idéia que o uso de CO associado à inatividade física está entre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, no entanto, serão necessários estudos mais aprofundados para comprovar esta afirmação.