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Navegando Pós-Graduação por Palavras-chave "BNCC"
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- ItemO eixo da produção de textos e o texto como unidade de trabalho na BNCC e o seu desdobramento no DCRB e no DCRDD(Universidade do Estado da Bahia, 2022-11-25) Brandão, Diego Rodrigues; Borba, Valquíria Claudete Machado; Pereira, Júlio Neves; Santos, Marcos Bispo dosA Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada em dezembro de 2017, e em 2018, 2019, 2020 e 2021 políticas públicas (nos níveis federal, estadual e municipal) foram implementadas para reformulação dos documentos curriculares das escolas, de forma a adequarem-se ao novo documento vigente. Na Bahia, buscamos analisar dois documentos: o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) e, mais recente, o Documento Curricular Referencial de Dias d’Ávila-BA (DCRDD), focando no componente de Língua Portuguesa. Ambos documentos assumem a centralidade no texto como unidade de trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas. Nesse contexto, nesta dissertação, levantamos a seguinte questão: Quais são as concepções e as abordagens do texto como unidade de ensino de Língua Portuguesa a partir das reformas curriculares? O objetivo geral da pesquisa, então, foi analisar as concepções e abordagens do texto como unidade de ensino de Língua Portuguesa no eixo da produção de textos na BNCC, DCRB E DCRDD do EF - Anos Finais (6º ao 9º ano). Os objetivos específicos foram: contextualizar as teorias, as concepções e os tipos de currículo; descrever e analisar as políticas públicas de currículo no Brasil, bem como os atos de currículo na contemporaneidade, focando no eixo de produção de textos na BNCC, DCRB e DCRDD. Do ponto de vista metodológico, o trabalho seguiu uma abordagem qualitativa, por tratar de fenômeno social, na área da língua, sobretudo no currículo de LP. E pesquisa documental, uma vez, que se constituiu da apresentação e análise dos documentos oficiais mencionados. Essa pesquisa está alinhada aos estudos de Arroyo (2011), Berticelli (2003), Macedo (2007, 2011, 2013), que dissertam sobre currículo; Bakhtin (2012) com a filosofia da linguagem; Antunes (2009), Costa (2008), Geraldi (2003), Kleiman (2004), Kock (1997), que trabalham com língua, texto e ensino; Marcuschi (2005, 2010) e Dionisio (2008), com gêneros textuais, multimodais e multiletramento. A partir das análises documentais do DCRB e do DCRDD realizadas, é possível dizer que os documentos apenas coadunam com o que está previsto na BNCC, replicando-a, sem acréscimos. Ambos os documentos assumem a Língua enquanto fenômeno vivo, variável e interativo assim como a concepção enunciativo-discursiva como uma ação interindividual, orientada para finalidades específicas. As abordagens da produção de texto adotadas em todos os documentos trazem o texto como central na definição dos conteúdos, habilidades e objetivos, compreendendo-o nas práticas de linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e multissemiótico. Assim, os documentos curriculares não extrapolam o que é previsto na BNCC, apenas contextualizam aspectos locais. o DCRB coloca que a Bahia é, reconhecidamente um verdadeiro celeiro cultural, principalmente no que diz respeito ao cenário musical e literário, sendo esses frutos da mistura de povos, etnias e crenças. O DCRDD chama a atenção para as peculiaridades do Nordeste, principalmente, no que diz respeito ao combate ao preconceito linguístico, faz ainda referência à Bahia e as riquezas naturais e culturais e a formação da identidade linguística do estado, que em certa medida, influenciou no processo de colonização e formação da cidade de Dias d´Ávila. Tanto o DCRB e o DCRDD não dizem como as pecualiaridades podem se materializar em Língua Portuguesa, sobretudo na produção de textos.