Campus VI - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Caetité
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Navegando Campus VI - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Caetité por Assunto "Alunas Trabalhadoras da EJA"
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- ItemAlunas trabalhadoras na educação de jovens e adultos (EJA): o processo de escolarização e as perspectivas de trabalho(2022-11-03) Moura, Euvania Máira SilvaO trabalho com as mulheres da EJA, constitui um campo diverso por se tratar de uma modalidade de ensino destinada a receber jovens e adultas que por diferentes motivos, não concluíram, abandonaram ou não tiveram acesso à educação ao longo da vida. Essa diversidade, chama atenção para aspectos educacionais, sociais, políticos e econômicos da trajetória feminina, e leva a considerar o questionamento: como ocorre os processos educativos na vida de mulheres trabalhadoras e estudantes do Ensino Médio na Educação de Jovens e Adultos? Como objetivo, a pesquisa consistiu em conhecer e compreender os processos educativos na vida de mulheres trabalhadoras e estudantes do Ensino Médio na Educação de Jovens e Adultos no município de Caetité, Bahia. Para o desenvolvimento teórico e metodológico foi traçado o percurso da pesquisa que se baseou na revisão bibliográfica, na qual foram abordadas as questões que envolvem a Educação e o Mundo do trabalho. No processo de produção das informações, foi empregada a entrevista semiestruturada, desenvolvida com 04 (quatro) alunas trabalhadoras do 3º Ano do Ensino Médio na EJA. O procedimento de análise utilizado, foi a Análise de Conteúdo que compreende os significados explícitos e implícitos das mensagens, verbais ou não verbais. Assim, os resultados apontaram que paralelo a práticas pedagógicas que muito mais desmotivam, a necessidade de trabalhar fala mais alto, e a escola não oferece aos alunos e alunas o que precisam. Assim, um dos fatores que provoca a saída dessas alunas da escola, é motivo para que retornem, e se fundamenta na ideia da escolarização enquanto suporte para a qualificação da força de trabalho, na tentativa de melhoria das condições de vida, por meio do aumento dos níveis de estudo. O que fica evidente é a importância da EJA enquanto modalidade de ensino, responsável por oportunizar a essas mulheres a possibilidade de concluir os estudos, mas além disso, propiciam o empoderamento e a transformação de paradigmas e de estereótipos. Os apontamentos das alunas em relação ao processo de escolarização e as perspectivas de trabalho, permitiram a produção de um cordel intitulado “Histórias de vida, contadas em cordel”, que traz o relato das alunas, destacando suas falas de maneira criativa e lúdica, ao mesmo tempo em que coloca em evidência os vários elementos que direto ou indiretamente contribuem para o desenrolar dos percursos escolares e de trabalho das estudantes. Entre as lacunas, ainda permanece o fato de que a EJA ainda se encontra no ‘gueto’ das políticas públicas, as portas que se fecham para as alunas são seladas muitas vezes pela própria escola, pelas práticas pedagógicas limitantes e que não levam em consideração que os sujeitos dessa modalidade não são quaisquer sujeitos, carregam histórias de vida marcadas por resistência.