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Navegando Graduação por Assunto "Caatinga"
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- ItemAnatomia foliar comparada de licurizeiro (Syagrus coronata (Mart.) Becc.) cultivado IN VITRO, EX VITRO E IN VIVO(2022-12-20) Pereira, Ellie JoséSyagrus coronata (Mart.) Becc. (Arecaceae) (Licurizeiro), é uma palmeira de extrema importância ecológica e socioeconômica, com distribuição na região semiárida do Brasil. Com dificuldades na propagação natural, devido à dormência em seu fruto, a micropropagação torna-se viável para espécie. Neste contexto, foram comparadas por meio de análises anatômicas, folhas de Licurizeiros cultivadas in vitro, ex vitro e in vivo. Os frutos coletados, foram beneficiados com a retirada da polpa e quebra do endosperma, para que os embriões fossem isolados em meio de cultura, sendo mantido por 90 dias em ambiente com luminosidade e temperatura controlados. As plantas ex vitro foram cultivadas em vasos contendo vermiculita, e cobertos com saco plástico por 45 dias, sendo que no 15º dia iniciou-se a perfuração nos sacos, permanecendo nas mesmas condições laboratoriais da cultura in vitro. Já as folhas de Licurizeiro in vivo foram coletadas na região do povoado Juá, em Paulo Afonso, Bahia. Utilizou-se cinco folhas por ambiente de cultivo e cinco cortes por folha, totalizando 25 repetições. Seções foram clarificadas em hipoclorito de sódio 20% (v/v), por um período de 3 a 5 minutos. A coloração foi realizada com azul de toluidina a 1% e para a montagem das lâminas semipermanentes foi utilizada água glicerinada 50% (v/v). Fotomicrografias foram utilizadas para as realizações das análises e descrições das estruturas. A morfometria da epiderme adaxial, abaxial e mesofilo foram realizadas com auxílio do software LeicaPro. Os dados avaliados, foram submetidos a análise de variância, comparando-se as médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o software estatístico Sisvar 5.6. Os resultados apresentaram diferenças quanto aos tecidos que compõe o mesofilo. Observou- se que para todos os ambientes, as folhas são hipoestomáticas, com estômatos do tipo tetracítico, células epidérmicas com paredes celulares lisas, epidermes unisseriadas, hipoderme também unisseriada e células buliformes próximas aos tecidos condutores, mesofilo do tipo homogêneo, característicos de monocotiledôneas. Observou-se, que nas plantas in vitro pouco tecido de sustentação do tipo esclerênquima na subepiderme, já nas folhas ex vitro, verificou-se início de formação e tecido completamente formado e bem desenvolvido em plantas in vivo. Quanto ao sistema vascular, observa-se para todos os ambientes, xilema e floema, sendo que nervura central em folhas in vivo, verificou-se um sistema vascular mais desenvolvido e com vários vasos. Quanto as análises morfométricas, observou-se diferenças estatísticas somente para a espessura do mesofilo, onde folhas in vivo, como já esperado, apresentou maior espessura. Conclui-se que os diferentes ambientes, não alteram as espessuras e características anatômicas das epidermes das folhas de Licuri. O mesofilo das folhas de plantas in vivo é mais espesso, com maior desenvolvimento de tecido de sustentação do tipo esclerênquima subepidérmico. Folhas in vivo, demonstram maior adaptação de seus tecidos ao ambiente com maior luminosidade.
- ItemCaracterização morfológica, níveis de infestações e fenologia das galhas induzidas em Croton heliotropiifolius Kunth (EUPHORBIACEAE) ocorrente na Região Semiárida da Bahia(2022-12-20) Teixeira Hora, ThaisEste trabalho objetivou analisar e caracterizar morfologicamente as galhas presentes em Croton heliotropiifolius Kunth (Euphorbiaceae) que crescem na Caatinga do povoado de São José (Paulo Afonso, BA), observando o nível de infestação e a fenologia das galhas, visando ampliar o conhecimento sobre a diversidade e a fisiologia das galhas observadas na Bahia. Para tanto foram selecionados 10 indivíduos de C. heliotropiifolius que cresce em uma área de caatinga antropizada, considerando os critérios de presença e abundância de galhas, a localização da população, bem como a conservação da vegetação. As galhas foram caracterizadas quanto à cor, indumento, tamanho, formato, número de câmaras e a sua localização na planta hospedeira. O padrão de distribuição e o índice de infestação foram analisados por meio da contagem direta das galhas em cada um dos cinco ramos marcados dos 10 indivíduos C. heliotropiifolius e o registro da sua localização quanto à superfície foliar (apical, mediana e basal) e à região da planta (apical mediana basal). O número médio de galhas não diferiu estatisticamente entre as regiões da copa da planta e entre as regiões da folha. Para as análises fenológicas, a população de Croton heliotropiifolius foi acompanhada em visitas quinzenais à área, no período de agosto 2021 a agosto de 2022, contabilizando 22 visitas, contando em média 527 galhas. As galhas foliares induzidas por Cecidomyiidae em C. heliotropiifolius ocorrem tanto na face adaxial quanto abaxial das folhas na maioria das vezes agrupadas (80%), possuindo apenas uma câmara larval. São globoides, amareladas quando jovens e marrons quando maduras. São induzidas predominantemente na região apical das folhas (55%), mas ocorrem ainda na região mediana (25%) e basal (20%). No entanto, o nível de infestação foi maior na estação chuvosa quando comparada a estação seca, demonstrando que a precipitação influenciou positivamente o índice de infestação. Foi observando um aumento de 50% do número de galhas durante a estação chuvosa. Isso ocorreu devido à queda das folhas durante a estação seca, não sendo possível observar galhas nesse período, o que demonstra o efeito da sazonalidade na população de insetos galhadores. Os dados desse trabalho serão unidos a resultados que vem sendo obtidos em outras regiões da Bahia e farão parte de um estudo mais amplo.
- ItemDiversidade de plantas medicinais ocorrentes no bioma caatinga: uma revisão bibliográfica de cunho etnobotânico(2022-12-14) Silva, Itaynara SantosÉ notório o conhecimento popular a respeito do emprego plantas medicinais, dessa forma observa-se a importância do conhecimento popular a respeito das plantas e sobretudo da necessidade de estudos quem contribuam para o conhecimento das mesmas. Face à importância da temática, o presente estudou objetivou inventariar, por meio de uma pesquisa bibliográfica, a diversidade de plantas de uso medicinal no bioma Caatinga e as formas de uso dessas plantas medicinais. As partes mais utilizadas são as folhas, cascas e raízes, com destaque paras plantas utilizadas para tratamento de doenças majoritariamente respiratórias, circulatórias, digestórias e excretoras, além de outras. Já os chás se destacaram como a forma de uso mais predominante. Dentro dessas partes vegetais, foram inventariadas 233 espécies, pertencentes à 78 famílias botânicas. Nesse levantamento, pode ser refletido o elevado potencial medicinal, revelando a importância de futuros estudos científicos mais acurados sobre as propriedades, métodos extrativos e a presença de metabólitos secundários.
- ItemEspécies de mimosa l. (leguminosae) endêmicas do domínio fitogeográfico caatinga na Bahia: uma revisão sistemática(2022-07-14) Varjão, Kaiane Bárbara LimaLeguminosae é a terceira maior família de plantas com flores, caracterizando-se como um grupo bem-sucedido que se sobressai por sua riqueza biológica, importância ecológica e econômica, além de ser a família com maior diversidade e número de espécies da flora brasileira. Na caatinga compreende quase um terço de toda a diversidade vegetal, sendo a família mais diversa. Taxonomicamente, foi dividida em seis subfamílias, de modo que a tradicional subfamília Mimosoideae está inserida como uma linhagem interna em Caesalpinoideae, formando o clado Mimosoid. O clado é composto por 3.300 espécies incluídas em 80 gêneros, cuja maior diversidade se encontra nos gêneros Inga Mill. (273 espécies) e Mimosa L. (93 espécies). Mimosa é um gênero monofilético e morfologicamente bem definido, embora estudos taxonômicos ainda sejam escassos e a classificação infragenérica proposta por Barneby (1991) não seja sustentada. No Brasil, Mimosa é o segundo gênero em número de espécies e um dos 20 mais diversificados da flora do país, além de apresentar importância econômica, ecológica, na medicina popular e em recuperação de áreas degradadas. Na Bahia, apresenta 36 espécies, das quais 11 são endêmicas da caatinga, com 9,4% do total constando na Lista das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do estado. Diante disto, foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática para as espécies do gênero Mimosa endêmicas do domínio fitogeográfico caatinga ocorrentes na Bahia, seguindo as recomendações do protocolo PRISMA, conduzida em três etapas: as 11 espécies do gênero endêmicas da Caatinga na Bahia foram levantadas na literatura; em seguida foram coletados dados a partir de pesquisas realizadas nas bases do Google Acadêmico, Periódicos Capes, PubMed, Scielo e Science Direct; logo após foi realizado o levantamento dos números cromossômicos das espécies nos bancos de dados digitais CCDB e IPCN. Por fim, os trabalhos foram analisados quanti e qualitativamente. Foram acessados 751 estudos, dos quais foram extraídos 274 através da seleção de títulos e verificação de conteúdo. A partir desses, foram excluídos 43,8% por duplicata, de forma que 56,2% trabalhos permaneceram para análise após a seleção. O levantamento bibliográfico aponta que, ainda que para o gênero como um todo o conhecimento científico disponível seja considerável, há uma evidente lacuna de publicações para além de diagnósticos de vegetação e descrições botânicas, principalmente com relação aos registros cromossômicos e análises citogenéticas. Para o gênero Mimosa, constam 82 espécies com contagens cromossômicas publicadas, o que representa apenas 13,83% do grupo, sendo a maioria diploides (2n = 2x = 26). Já para as 11 espécies do gênero, há contagem cromossômica apenas para a espécie M. ophthalmocentra (2n = 26), o que representa menos de 10% de dados cromossômicos disponíveis para a amostra. Portanto, a revisão sistemática associados aos critérios de seleção empregados evidencia a necessidade da ampliação das pesquisas relacionadas às espécies, para além dos estudos voltados para a biodiversidade, em especial no que tange ao seu conhecimento citogenético, uma vez que um estudo cariológico minucioso associado a análises bioinformática unidas a uma árvore filogenética bem consolidada pode ser bastante útil para o entendimento dos processos de evolução cromossômica e questões taxonômicas.
- ItemFungos liquenizados do muro de pedras do aeroporto de Paulo Afonso - Bahia(2022-07-28) Sá, Sinara Maria da SilvaO reino Fungi é constituído por um grupo de organismos muito diverso, possuindo características distintivas, apresentando diferentes formas e cores. Os fungos podem ser liquenizados, vivendo em simbiose com um organismo fotossintético ou não liquenizados, sem nenhum tipo de associação. Os liquens são seres vivos formados pela associação entre um micobionte e um fotobionte, com diferentes formas morfológicas e crescimento em diversos substratos como córtex das árvores (corticícolas), sobre folhas (foliícolas), solo (terrícolas), junto com musgos (muscícolas) e sobre rochas (saxícolas). No bioma Caatinga, que é exclusivamente brasileiro, apresentando um clima semiárido com vegetação adaptada para os períodos de seca, pesquisas de cunho taxonômico e ecológico sobre liquens vêm sendo intensificadas nos últimos anos, mas ainda são limitadas. Visando minimizar essa lacuna, o presente trabalho teve por objetivo conhecer e identificar a comunidade liquênica presente no muro de pedras do Aeroporto de Paulo Afonso, sertão da Bahia, elaborando um Caderno Didático Ilustrado de liquens saxícolas afim de popularizar o conhecimento sobre os fungos. Para isso, foram realizadas expedições à campo no período de setembro, outubro/2021 e março, maio/2022 na área externa do muro do Aeroporto, totalizando 190 metros do muro. O material foi encaminhado para o Laboratório de Micologia da Universidade do Estado da Bahia: Coleção Didática, Herbário de Fungos e Coleção de Cultura de Fungos (MICOLAB - UNEB VIII) para caracterização morfológica e identificação dos táxons. Nesta pesquisa foram identificados sete táxons de liquens saxícolas distribuídos em cinco famílias, quatro ordens e cinco gêneros: Buellia De Not. (Caliciaceae, Caliciales), Caloplaca Th. Fr. (Teloschistaceae, Teloschistales), Peltula Nil. (Peltulaceae, Lichinales), Physcia (Schreb.) Michx. (Physciaceae, Caliciales), e Xanthoparmelia (Vain.) Hale. (Parmeliaceae, Lecanorales). Caloplaca é o gênero de liquens saxícolas mais abundante, Buellia e Physcia são frequentes, enquanto Peltula é pouco frequente. Pesquisas com liquens saxícolas são pouco realizadas e a diversidade pouco discutida, demonstrando a necessidade e a importância de estudos na região.
- ItemA tribo caesalpinieae (leguminosae: caesalpinioideae) em áreas urbanas de Paulo Afonso, Bahia, Brasil(2021-12-17) Amâncio, Naiane VieiraLeguminosae Juss. inclui 795 gêneros e aproximadamente 20.000 espécies. No Brasil a família está representada por 253 gêneros e 3.025 espécies, dentre estas 1.576 são endêmicas e 979 são citadas para o estado da Bahia. O município de Paulo Afonso ocupa uma área de 1.700,40 km², está localizado na parte norte do bioma Caatinga no estado da Bahia. O clima do município é semiárido, bastante quente e seco, com precipitação média entre 500 e 600 mm/ano, a temperatura média elevada em torno de 32ºC podendo alcançar 35°C entre novembro e janeiro. Com o objetivo de conhecer a flora e, acrescentar informações que viabilizem ações para conservação e desenvolvimento sustentável da região, foi realizado o levantamento florístico da tribo Caesalpinieae em áreas urbanas do município de Paulo Afonso. As coletas foram realizadas mensalmente, no período de janeiro a agosto/2021. Durante as coletas foram feitas anotações sobre o hábito, porte, coloração das partes florais, período de floração e frutificação, casca, presença de látex e resina, cheiro, nome popular e frequência. O material testemunho encontra-se depositado no herbário da Universidade do Estado da Bahia – HUNEB (Coleção Paulo Afonso). As identificações dos espécimes foram realizadas através de consultas em bibliografias especializadas, seguida de análises do material em estereomicroscópio, ou por comparação com imagens de coleções-tipo, acessadas através das plataformas digitais. A tribo Caesalpinieae está representada na área de estudo por cinco gêneros, distribuídos em cinco espécies: Caesalpinia pulcherrima (L.) Sw, Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P.Lewis var. pyramidale, Delonix regia (Bojer ex Hook.) Raf., Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L.P.Queiroz var. ferrea e Parkinsonia aculeata L. Os táxons com maiores representatividades foram: Ce. pyramidale var. pyramidale e D. regia, podendo ser facilmente encontradas em ambientes degradados. Os caracteres morfológicos mais relevantes para o reconhecimento dos gêneros e espécies foram: hábito, arquitetura da inflorescência, coloração, número e forma de estame, padrões de folhas, cálice e fruto. O tratamento taxonômico inclui chave de identificação, descrições, fotos, distribuição geográfica, fenologia reprodutiva e potencial econômico.