OBJETIVO: Investigar a frequência de fisioterapeutas que utilizam a abordagem de educação em dor com base na neurociência (EBN) em pacientes com dor musculoesquelética persistente, descrevendo como essa é feita na prática clínica. MATERIAL E MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, realizado no período de janeiro a março de 2022. A população foi composta por fisioterapeutas, de ambos os sexos e qualquer idade. O instrumento utilizado foi um questionário elaborado pelos autores da pesquisa contendo aspectos sociodemográficos, relacionados ao trabalho e a prática clínica, enviado por contato de e-mail e/ou WhatsApp, sendo utilizada análise descritiva com o objetivo de identificar as características gerais da população e os demais aspectos do trabalho. RESULTADOS: Entre os 48 fisioterapeutas incluídos no estudo, 43 (89,0%) afirmaram utilizar a abordagem da EBN no tratamento dos pacientes com dor musculoesquelética persistente, 37 (77,1%) trabalhavam na área de traumato-ortopedia, 28 (65,1%) usavam a EBN em sessões individualizadas, 42 (97,7%) através de conversas, 33 (78,7%) com linguagem mista (figurada e científica), 36 (83,7%) com duração da sessão entre 30 minutos e 1 hora. CONCLUSÃO: É elevada a frequência de fisioterapeutas utilizando a EBN como estratégia no tratamento para pacientes com dor musculoesquelética persistente. Porém, se faz necessário estudos com um número maior de participantes para identificar de forma mais robusta de que forma os fisioterapeutas tem trabalhado a educação em saúde em problemas crônicos como a dor musculoesquelética.