Sequência didática para o ensino médio: Debaixo D’água: A Inundação da Comunidade Quilombola de Riacho das Pedras, Rio de Conta - Bahia
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Resumo
Apresentaremos uma Sequência Didática a partir da Construção da Barragem Luiz Vieira em Rio de Contas, Bahia. Essa construção afetou negativamente duas Comunidades Quilombolas, Barra e Bananal que dependiam do Rio, que foi desviado e destruiu uma outra Comunidade, Riacho das Pedras. A construção desta barragem é marca do progresso de nosso país, mas a forma como se deu é de causar estranheza. Dentro desta atmosfera de gente sendo remanejada, indenizações mal distribuídas, territórios ancestrais sendo alagados e tradições ameaçadas que desenvolvemos a Sequência Didática, tendo esse enleio como foco principal e com desdobramentos diferentes. Numa primeira possibilidade a ideia é despertar os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio da cidade de Rio de Contas para a compreensão e análise do processo da construção de Barragem Luiz Vieira e os impactos causados às Comunidades Quilombolas de Barra e Bananal bem como a destruição de Riacho das Pedras. A barragem foi construída e a população foi remanejada de forma lamentável, nos levando a questionar se foi apenas um erro ou racismo já estruturado em nossos órgãos públicos e no próprio Estado. A segunda possibilidade de estudo terá um foco no aspecto cultural, onde os estudantes terão contato com causos e histórias do Povo de Quilombo, suas danças e tradições religiosas, para recriarem em sala de aula utilizando a contação de histórias, a dramatização ou a produção de desenhos com o material recolhido nas entrevistas. A terceira possibilidade segue com a interdisciplinaridade, os estudantes terão a oportunidade de vislumbrarem os acontecimentos locais como o uso da água da barragem para irrigação das plantações de manga e maracujá, numa esfera global, tendo contato com os conhecimentos históricos e geográficos. Partindo então da Ideia central que é a Construção da Barragem e a possibilidade do racismo ter permeado esse processo pode-se chegar a mais duas possibilidades, uma envolvendo tradições do Povo de Quilombo e a última envolvendo o conhecimento da esfera local e global nas áreas de História e Geografia.