A espécie Euphorbia tirucalli Linn., também conhecida popularmente pelos nomes de avelóz ou coroa-de-cristo, é utilizada na medicina tradicional devido às suas propriedades antimicrobianas. Algumas dessas propriedades são cientificamente comprovadas, dentre elas, as propriedades antifúngicas e antibacterianas. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do uso do extrato de E. tirucalli no controle da doença do oídio (Golovinomyces cichoracearum de Candolle) na cultura do quiabeiro (Abelmoschus esculentus (L.) Moench). O experimento foi conduzido na casa de vegetação da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, DTCS Campus III, no delineamento inteiramente casualizado, esquema fatorial 4 x 2, com quatro repetições. As mudas de quiabeiro utilizadas foram obtidas a partir de sementes provenientes de uma planta que demonstrava ser altamente susceptível à infecção pelo fitopatógeno. As plantas foram inoculadas com o fitopatógeno obtido diretamente de uma planta de quiabeiro com sintomas do oídio. Foi preparado o extrato aquoso dos ramos de aveloz, o qual foi diluído nas concentrações de 15, 30, 45% e pulverizados sobre as plantas em dois intervalos de aplicações diferentes (uma vez 20 dias após o transplante das mudas e em intervalos de dez dias). No tratamento controle, as plantas foram pulverizadas com água em ambos os intervalos avaliados. Foram feitos diariamente anotações sobre a ocorrência (se houve ou não) e o tempo de incubação – Ti. A cada cinco dias foram feitos registros fotográficos, avaliação da severidade da doença (através do uso de escala de notas) e da presença ou ausência de sintomas de fito-toxidez. Os dados obtidos de severidade foram utilizados para o cálculo da área abaixo da curva de progresso da doença – AACPD. Não foram observadas diferenças estatísticas significativas para as variáveis AACPD e Ti pelo teste de F (Valor – P>0,05). Foi observada a ocorrência da doença em todas as plantas avaliadas. Não foram observados sintomas de fitotoxidez nas concentrações do extrato avaliadas. O extrato de aveloz não foi eficiente no controle da doença do oídio nos intervalos e nas concentrações avaliadas.