Lugar e práticas agroecológicas no município de Saúde – Ba
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Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo compreender as práticas agroecológicas manifestas em comunidades rurais no município de Saúde-BA, investigando sua influência na transformação do lugar. O estudo foi realizado por meio de uma abordagem dialética materialista, analisando o fenômeno do ponto de vista da contradição e dos conflitos existente entre os dois modelos de produção agrícolas mais conhecidos, sendo eles a agricultura convencional e a agroecologia (agricultura familiar de base ecológica). Este trabalho foi desenvolvido por meio de pesquisa bibliográfica, documental, levantamento e de campo. Na pesquisa bibliográfica, foram investigadas publicações que tratam dos conceitos de lugar e agroecologia, que são fundamentais no âmbito deste estudo. Na pesquisa documental foi feito um levantamento, buscando conhecer documentos que já dissertam sobre a agroecologia no município de Saúde, sendo estes produzidos por instituição que executa projetos e presta assessoria técnica no município. O contato com esses documentos e diálogo com funcionários de outras instituições que também desenvolvem o mesmo tipo de serviço possibilitou levantar os primeiros indícios de existência de práticas agroecológicas no município de Saúde. A pesquisa de campo foi realizada nas comunidades rurais, por meio da observação participante, a fim de identificar in lócus aspectos relacionados à organização produtiva, a forma de trabalho empregada pelas famílias, bem como as técnicas de manejo adotadas por cada agricultor. Após a identificação e observações buscou-se compreender o fenômeno das práticas agroecológicas existentes nas comunidades rurais do município de Saúde, embasando-se em dois principais estudiosos sendo eles Milton Santos e Miguel Altieri. A pesquisa destaca que as práticas agroecológicas desenvolvidas pelos agricultores das comunidades pesquisadas são de grande relevância (social, cultural, ambiental e econômica) e tornam o lugar uma base para existência dos pequenos agricultores, promovendo transformações positivas na vida das famílias agricultoras, desde as relações de trabalho (através da solidariedade e autonomia), a soberania alimentar (produção de alimentos naturais para o consumo), a produção de rendimentos (comercialização direta), conservação dos recursos hídricos e cultura popular, até o envolvimento e participação social dos agricultores.