OBJETIVO: Comparar resultados neonatais provenientes das diferentes formas de aplicação do Método Canguru (MC) no Brasil e outros países com níveis semelhantes de desenvolvimento socioeconômico. MÉTODOS: Revisão integrativa realizada por buscas nas bases de dados PubMed, SciELO, ScienceDirect, Biblioteca Virtual em Saúde e buscas ativas. Foram incluídos ensaios clínicos e estudos observacionais que abordaram a realização do MC em países de baixa e média renda e seus resultados, publicados a partir de 2003. Foram excluídos estudos que não informaram onde e como foi realizado o MC, que se referiram a recém-nascidos (RN) com malformação congênita ou não acessíveis na íntegra. RESULTADOS: Dos 900 trabalhos encontrados, foram incluídos 6 ensaios clínicos e 4 estudos observacionais, publicados de 2008 a 2021 em países em desenvolvimento. Nestes estudos, o público-alvo foram RN de baixo peso ou muito baixo peso ao nascer, clinicamente estáveis ou leve a moderadamente instáveis. A posição canguru descrita foi semelhante à proposta no guia prático da Organização Mundial da Saúde, com diferenças no tempo de início e duração da aplicação. Nesta revisão foram analisadas a taxa ganho de peso, adesão ao aleitamento materno exclusivo, tempo de permanência ou readmissão hospitalar, mortalidade, estabilidade fisiológica, ocorrência de infecção nosocomial e custo-eficácia do MC. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os desfechos apontam variações nos resultados neonatais diante das diferenças de aplicação do método entre os países e sugerem melhores resultados neonatais quando o MC é promovido nas primeiras horas de vida e por tempo prolongado em RN sem instabilidade grave, além de apresentar custo-benefício positivo.