Este trabalho defende a pertinência do potencial analítico dos conceitos de racionalidade instrumental e racionalidade comunicativa para a compreensão das relações entre educação e novas tecnologias. A argumentação central parte das teses de Boaventura de Sousa Santos e da teoria do agir comunicativo de Jürgen Habermas, possibilitando traçar um caminho para a viabilização do projeto de emancipação no mundo contemporâneo, via novas tecnologias. Delineia-se, para uma fundamentação mais plausível, uma historização da técnica, tecnologia e novas teconologias e suas relações com os processos educativos pertinentes ao seu tempo. A teoria habermaziana é explicitada buscando a compreensão de seus pressupostos e, quando e como, potencializa a análise, em especial pedagógica, política e social, para que estas relações sejam harmoniosas. Elabora-se um quadro esquemático para a compreensão do todo teórico, que dá sustenção para esta tese, enfatisando que somente pela ocorrência da guinada lingüistica, deslocando-se a compreensão das ciências naturais e das ciências sociais para um outro paradigma de ciência, é que se vislumbra a possibilidade de emancipação. Com esta possibilidade ainda se tem a razão instrumental presente, motivo de precaução. Um memorial do autor deste trabalho, está disponibilizado, a título de exemplo, para reforçar a tese de que tanto a racionalidade intrumental quanto a racionalidade comunicativa movem os indivíduos em suas práticas, ambas presentes no sistema e no mundo da vida. Por fim, conclui-se o trabalho por meio de um convite à reflexão para a ocorrência de uma mutação tecnológica e filosófica, de forma a privilegiar a atual condição humana.