TRADUÇÃO COMO DESLOCAMENTO: um estudo de caso de percursos tradutórios na obra “A Map to the Door of No Return – notes to belonging” de Dionne Brand.

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2016
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Resumo

O presente trabalho trata-se de um estudo de caso e teve por finalidade investigar o percurso tradutório, na obra A Map to the Door of No Return da escritora caribenhocanadense Dionne Brand (2001), dos discentes do curso de Letras Língua Inglesa e Literaturas da UNEB/Campus IV cursando o componente curricular “Prática de Tradução”, ofertado para o sétimo semestre durante 2015.1 – nosso universo de pesquisa abrangeu, considerando os critérios elencados, 8 participantes. Objetivamos compreender como a prática tradutória demandada desses tradutores não profissionais provocaria o deslocamento de suas identidades culturais por meio dos diálogos (entre culturas; entre textos; entre língua); averiguar como as competências construídas ao longo de seu percurso no curso, advindos dos diversos eixos e componentes, como os estudos culturais, a linguística, a língua e a literatura, contribuíram para uma prática tradutória crítica e reflexiva (questionário, entrevista semiestruturada e protocolos/notas de tradução foram os instrumentos escolhidos para construção dos dados); investigar a busca destes tradutores por informações contextuais, extratextuais e paratextuais para sua leitura e interpretação do texto – quais trechos ou aspectos do texto levaram-nos a buscar instrumentos para além dos dicionários. As considerações tecidas pela pesquisadora a partir da construção dos dados detiveram-se sobre a dificuldade dos participantes em estabelecer a relação teoria e prática em seu percurso tradutório: os textos teóricos, por exemplo, emergem nas falas, mas muito timidamente nos protocolos/notas de tradução para contextualização das escolhas e percurso tradutórios. Outro fator foi à dificuldade em se pensar a tarefa do tradutor como mediador intercultural, isto é, o tradutor como sendo o entre-lugar, em que tanto cultura, quanto identidade - tradutor/autor/texto são postas em xeque. Em geral, as reflexões dos participantes se limitaram a localizar suas dificuldades com o texto na língua – e na cultura: a língua e a cultura emergem como problemas para os tradutores, principalmente quando eles acreditam que as mesmas convergem – isto é, como se a cultura, e as questões identitárias, centrais na obra da autora e na própria prática tradutória, emergissem apenas quando se tratam de assuntos como festas tradicionais.


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Palavras-chave
Identidade cultural, Tradutor, Tradução cultural, Diáspora
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