Este texto tem o objetivo de apresentar a pesquisa realizada no Colégio Estadual Mário Costa Neto situado em Salvador. O caminho investigativo foi construído considerando que a implementação da Lei Federal 10.639/03 que prevê a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" coloca como conteúdo, no ambiente escolar, o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade. Analisar as modificações curriculares e das práticas pedagógicas do referido colégio a partir da promulgação da lei, assim como a construção das relações étnicoraciais dos alunos do 6º ao 9º ano do turno vespertino foi um dos objetivos deste trabalho. Para alcançar tais objetivos foram adotados como método o Estudo de Caso e, como procedimentos metodológicos, a pesquisa documental, as observações do espaço escolar e aplicação de questionário aos discentes. A revisão bibliográfica revelou que as escolas, em sua maioria, continuam a apresentar uma triste realidade em que as diferenças étnico–raciais não são respeitadas, difundindo, dessa forma, preconceitos e práticas racistas pela comunidade. No caso do colégio Mario Costa Neto, foi constatado que a aplicação da Lei não está correndo de forma efetiva, bem como não há um envolvimento de todos os docentes para o trabalho com a afirmação da identidade negra e o reconhecimento da diversidade.