Estratégia de irrigação para economia de água em cultivo de romãzeiras no Submédio do vale do são Francisco
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Resumo
Diante da limitação de recursos hídricos nas regiões áridas e semiáridas, há uma tendência de acirramento nos conflitos pelos setores demandantes de água. Por isso, deve-se recorrer às culturas tolerantes ao déficit hídrico e a um manejo de irrigação mais eficiente. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar diferentes estratégias de irrigação sob a romãzeira, no Submédio do Vale do São Francisco. O estudo foi realizado em uma área comercial (9º 23’ S; 40º 30’ W; 380 m de altitude), em Petrolina-PE, utilizando-se romãzeiras da linhagem nº 12 (Embrapa Semiárido), de oito anos de idade, espaçadas a 4,0 x 2,0 m, irrigadas por gotejamento, em linha dupla, com oito gotejadores por planta e vazão média de 2,4 L h-1. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com 5 repetições, e os tratamentos de irrigação foram: L50-Déficit contínuo com irrigação programada para repor 50% da Evapotranspiração de referencia (ET0); L75-Déficit contínuo com reposição de 75% ET0; L100-Irrigação contínua com reposição de 100% ET0; LF-Irrigação adotada na fazenda. As romãzeiras foram avaliadas quanto à morfologia, fisiologia, status hídrico da planta, trocas gasosas e os componentes antioxidantes, de produção e qualidade dos frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância, quando significativas, foram analisados por regressão, ao nível de 5% de probabilidade, utilizando o programa Sisvar. A linhagem nº12 de romãzeira cultivada em Petrolina-PE, apresenta habilidade em evitar a perda de água demasiada para atmosfera, sob condição de estresse hídrico, por meio de acúmulo no teor de prolina nas folhas, redução do potencial hídrico foliar, condutância estomática e transpiração, sem redução da assimilação de CO2 e da eficiência fotossintética. As lâminas deficitárias levaram a uma antecipação e/ou uniformização do florescimento, de modo que a lâmina de água acumulada máxima de 517,35 mm, correspondente à 76% da ET0, permitiu a maior produtividade (15,81 t ha-1) de romãs, sem efeitos negativos sobre teor de sólidos solúveis, pH, acidez titulável, Relação Sólidos Solúveis e Acidez titulável, cor da polpa e da casca, teor de taninos e compostos fenólicos (antioxidantes) nos frutos. Logo, o déficit de irrigação contínuo pode ser adotado para linhagem nº 12 de romãzeira no SVSF, como estratégia de economia de água, em caso de escassez de recursos hídricos ou alto valor da água.