Sobrevida pós amputação de membro inferior em diabéticos no município de Salvador-Bahia, no período de 2001 a 2009
Data
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
FUNDAMENTO: O diabetes mellitus se caracterizou como pandemia, afetando populações com diferentes características. A amputação de membro inferior caracteriza-se como a principal consequência dessa doença, constatando-se a diminuição da sobrevida dessa população após o evento cirúrgico. OBJETIVO: Estimar a sobrevida de indivíduos diabéticos amputados no ano de 2001, no transcorrer de 9 anos após esse evento. MÉTODO: Estudo de coorte histórico realizado com 181 sujeitos oriundos do estudo “Incidência de amputação não traumática de membro inferior em diabéticos, Salvador, Bahia, Brasil” em associação com os dados disponibilizados pela Diretoria de Informações em Saúde (DIS), órgão vinculado a Secretária da Saúde do Estado da Bahia (SESAB). O formulário elaborado foi composto pelas variáveis: sexo, escolaridade, idade no momento do óbito, tipo de diabetes mellitus, tempo de diagnóstico da doença, número de amputações até 2001, nível da última amputação, orientação sobre os cuidados com os pés, conhecimentos sobre as complicações da DM, ano do óbito. A análise de sobrevida e a sua correlação com o tempo de diagnóstico foi realizada pelo método Kaplan-Meier através do software MedCalc (versão 9.5), as análises uni e bivariadas das demais variáveis foram feitas através do software Epi Info (versão 3.5.2). RESULTADOS: Verificou-se maior proporção de mortes nos indivíduos do sexo masculino, alfabetizados, entre 70-109 anos, com predominância do diabetes tipo II, com tempo diagnóstico igual ou superior a 10 anos, informados sobre cuidados com os pés e sobre as outras complicações que envolvem a doença, submetidos a uma única amputação, com a utilização de baixos níveis amputatórios nos procedimentos cirúrgicos. A maior probabilidade de sobrevida foi verificada no ano zero da pesquisa (56,5%), se concretizando para apenas sessenta e dois sujeitos nesse seguimento. Ao término da pesquisa constatou-se a sobrevivência de sete sujeitos no período do estudo. CONCLUSÃO: A concretização da maior probabilidade de sobrevida encontrada no estudo para uma pequena porção da população estudada evidenciou um pior quadro clínico da amostra, sugerindo a necessidade de reformulações nos programas educativos e intervencionistas adotados pelo Estado no combate ao diabetes mellitus e suas conseqüências.