A escolarização de pessoas cegas no contexto das políticas educacionais brasileiras: Da segregação à luta pela inclusão
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Resumo
Inclusão tem sido a palavra de ordem quando se trata da educação de pessoas com deficiência, contraditoriamente, práticas excludentes e capacitistas, resultantes do preconceito e do desconhecimento ainda se fazem presentes no âmbito dos espaços escolares. Diante de tal constatação, este estudo objetiva realizar um levantamento histórico das políticas públicas educacionais voltadas para as pessoas cegas, investigando se os percursos produzidos por essas têm promovido a construção de sistemas escolares inclusivos superando o modelo segregador. Lança mão da pesquisa qualitativa, envolvendo revisão bibliográfica e análise documental, tendo como fontes de pesquisa leis e decretos voltados para a educação dessas pessoas. Para codificação e análise dos dados foram definidos três grandes eixos: segregação – integração – inclusão e como subeixos as temáticas: modalidade escolar adotada (escola/classe comum, escola/classe especial); público-alvo definido, nomenclatura utilizada para referir-se às pessoas com deficiência/cegas e direitos educacionais garantidos. Os resultados apontam que embora avanços significativos tenham sido conquistados, no que se refere aos direcionamentos legais para uma educação inclusiva para as pessoas cegas, ainda existem fissuras nas Políticas Educacionais que favorecem a produção de práticas segregadoras.