SELEÇÃO DE PASSIFLORAS RESISTENTES À FUSARIOSE E AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE INOCULAÇÃO DE FUSARIUM OXYSPORUM F. SP. PASSIFLORAE
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Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar os índices de emergência de sementes de espécies silvestres de maracujazeiro, bem como desenvolver e testar dois diferentes métodos para inoculação com o Fusarium oxysporum f. sp. passiflorae (FOP) em plantas de maracujazeiro e ainda avaliá-las quanto a resistência a este patógeno. A pesquisa foi dividida em três ensaios: o primeiro referiu-se ao percentual de emergência, bem como o índice de velocidade de emergência, o segundo tratou-se dos métodos para inoculação das plantas com o fungo e o terceiro a avaliação de resistência dessas plantas ao patógeno. Os três ensaios experimentais foram realizados na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus IX, Barreiras-BA, no período de março a agosto/2016. O primeiro ensaio constou-se de 7 tratamentos com 4 repetições, um total de 28 parcelas, arranjadas em DIC, os tratamentos foram sementes de 7 espécies de maracujazeiro, sendo elas: Passiflora cincinnata MAST., P. gibertii N.E. Brown, P. maliformis L., P. setacea D.C., P. sidifolia M. Roem, P. suberosa L. e P. tenuifila Killip, as sementes foram semeadas em tubetes com substrato comercial (Bioplant®) e as plantas que emergiram foram contabilizadas diariamente até o trigésimo dia após a semeadura, foram avaliados o percentual de emergência e os Índices de Velocidade de Emergência (IVE). Já no segundo ensaio foi utilizado um fatorial 5x2, o primeiro fator foram 4 diferentes meios para crescimento fúngico e 1 controle: 1. Meio BDA, 2. Meio BDA + extrato de raízes de maracujazeiro, 3. Meio BDA + extrato de parte aérea do maracujazeiro, 4. Meio BDA + extrato de sementes de maracujazeiro e 5. Controle – água destilada, o segundo fator constaram-se de: 1. Imersão de raízes em suspensão de inóculos (157,5x105 esporos/mL) por 15 minutos e 2. Imersão de raízes em suspensão de inóculos por 15 minutos sob uma pressão de 2 Psi. E no terceiro ensaio foi utilizado um fatorial 6x2 onde o primeiro fator foram 6 espécies diferentes de Passifloras, sendo elas: P. edulis Sims f. flavicarpa DEG., P. gibertii N.E. Brown, P. maliformis L., P. setacea D.C., P. sidifolia M. Roem e P. suberosa L. O segundo fator foi formado por duas diferentes fontes de inóculos: 1. FOP 072 e 2. MIX de FOP. No segundo e terceiro ensaios as sementes dessas espécies foram semeadas em tubetes. Para o crescimento fúngico usou-se extrato da planta de maracujazeio e meio BDA, e a inoculação procedeu sob mesa agitadora por 15 minutos sob 2 Psi de pressão. As plantas foram avaliadas a cada 7 dias quanto a expressão dos sintomas e ao 21 DAI quanto ao sinal da doença no caso do segundo ensaio e ao 28 DAI no caso do terceiro. No primeiro ensaio, os resultados obtidos mostram que as espécies P. suberosa L., P. setacea D.C. emergem bem e não necessitam de tratamentos para quebra de dormência, ao contrário de Passiflora cincinnata MAST. e P. tenuifila Killip que apresentaram baixos percentuais de emergência bem como IVE. Para o segundo ensaio a metodologia de inoculação sob pressão foi eficiente, uma vez que levou as plantas a apresentarem os sintomas da fusariose, sendo que a suspensão do FOP obtida a partir do cultivo em BDA + extrato da parte aérea incrementou o número de plantas mortas. No caso do terceiro ensaio o FOP 072 foi a fonte de inóculo mais agressiva em detrimento do MIX de FOP. Todas as espécies testadas apresentaram algum sintoma de fusariose, entretanto as espécies P. edulis, P. maliformis e P. gibertii foram as que apresentaram menor número de plantas mortas.