Terreiro do cobre: gestão do conhecimento, comunicação e resistência
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Resumo
Na comunicação do terreiro do Cobre, é nítida a presença de elementos básicos para a resistência e continuidade. Os gestos podem compor o imagético textual dentro da comunicação dos orixás, pois verifica-se o dito, o não dito, explícitos, implícitos, mensagens subliminares, postos e pressupostos em uma velocidade e variedade que somente com bastante atenção podem ser percebidos. A planta dentro do terreiro é poderoso veículo da oralidade, transcendendo e transformando seu caráter material. As cores representam traços fortes de um povo ou uma nação, demarcando limites do domínio de uma etnia. A resistência e continuidade das tradições da religião africana, temática desta pesquisa, têm sido possíveis com a capacidade de velar os mistérios, de segmentar código com seus adeptos e de manter os rituais em língua original, ensinada aos mais jovens pelos mais velhos. Neste estudo, busca-se investigar quais os aspectos na comunidade do Cobre redefinem e recuperam a memória de seus antepassados para preservar a tradição do candomblé, buscando compreender como os fazeres e os saberes são herdados e transferidos através das relações entre os indivíduos. Especificamente, buscaremos identificar os principais aspectos que redefinem e recuperam o conhecimento ancestral no terreiro do Cobre, estabelecer relação entre os aspectos de redefinição e recuperação do conhecimento com a gestão do conhecimento e destacar os aspectos que podem ser incluídos na relação com o saber através da comunicação e da gestão do conhecimento