Tendo em vista a necessidade de debater e visibilizar a trajetória dos jovens das comunidades após passar pela experiência de educação contextualizada em espaço educativo não formal, como eles chegam em suas comunidades e de que forma esse jovem torna- se emancipador e protagonista a ponto de contribuir com as relações existentes, capaz de protagonizar ações em suas comunidades ou espaços em que ocupam, a partir das relações pré-existentes entre comunidade, jovem e espaço. Além de compreender a contribuição da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro (ECCSAB) para formação de jovens/ juventudes que foram inseridos no Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA) por meio do Centro de Formação Dom José Rodrigues (CFDJR), a pesquisa trata sobre essas Juventudes em Defesa e Anunciação da Convivência com o Semiárido a partir desse lugar formativo. Tem como objetivo compreender o processo de inserção das juventudes no espaço educativo CFDRJ, e as contribuições para a formação desses jovens como defensores e anunciadores de um novo lugar e voz para a região semiárida. Como objetivos específicos buscou-se compreender o projeto de convivência com Semiárido como um projeto de identidade regional e o IRPAA como um de seus protagonistas; apresentar a proposta da educação contextualizada e suas ações em rede e compreender o lugar do IRPAA nessa rede educativa; apresentar e descrever as ações desenvolvidas no CFDJR sobre a Convivência com o Semiárido; analisar de que forma o CFDJR contribui na formação emancipadora para os jovens que vivenciaram esta experiência e apreender a formação das juventudes do CFDJR para que as mesmas sejam anunciadoras dessas proposições identitárias. A pesquisa tem a abordagem Etnometodológica de cunho Quali-Quantitava. Ao longo desse estudo, verificou-se que os espaços educativos não formais também produzem conhecimentos que contribuem de forma direta na emancipação das juventudes. O papel desempenhado pelas ONGs como o IRPAA, atuam na promoção do ensino a partir das práticas cotidianas e do processo de interação de diferentes grupos étnicos. Também se verificou que o itinerário pedagógico pela Educação Contextualiza para a Convivência com o Semiárido é um diferencial na formação das juventudes, qualificando-as como protagonista da defesa e da anunciação da proposta da convivência, possibilitando que tais jovens sejam propulsores de um novo projeto de apercepção e de ação sustentável com a região semiárida.