Análise de ciclos isotópicos de O e C e da taxa de crescimento de Mussismilia hispida (Verrill, 1902) do arquipelago de Fernando de Noronha-PE
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Resumo
Corais escleractínios são cnidários capazes de incorporar elementos traços em seu esqueleto, cuja análises geoquímicas podem demonstrar, com precisão, diversos fatores ambientais como temperatura, salinidade, cobertura de nuvem entre outros fatores ambientais. O Atlântico Sul Tropical ainda possui uma carência de estudos paleoclimáticos utilizando arquivos com base em corais. Este trabalho tem como objetivo estimar a taxa de crescimento através das análises de isótopos estáveis de δ13C e δ18O incorporados no esqueleto do coral Mussismilia hispida durante seu crescimento, do Arquipélago de Fernando de Noronha. Para tal, foi estudado uma colônia de M. hispida (18MHFN-BI1), sendo realizada amostragens a cada 0,4 mm com uma microfuradeira de mesa, o carbonato retirado para as análises foi armazenado e analisado por espectrometria de massa determinando os valores para os isótopos estáveis δ13C e δ18O. As médias obtidas para o δ13C foram (-1,88 ± 0,72‰) e δ18O (-4,44 ± 0,26‰). Além disso, foi estimada a taxa de crescimento médio (mm/ciclo) e o número de ciclos para 18MHFN-BI1 com total de 20 ciclos e crescimento médio de 2,52 ± 0,52 mm/ano. Demonstrando que para a utilização de corais como arquivo climático a espécie M. hispida possui uma taxa de crescimento suficiente para a obter informações de alta resolução apresentando uma confiabilidade de seu uso como arquivo natural necessário para expandir as pesquisas realizadas para outras regiões da costa brasileira.