O trabalho apresenta as conexões digitais e as redes sociais de uma comunidade quilombola da Chapada Diamantina, que meio à convergência midiática e tecnológica e à (tentativa de) massificação da internet banda larga, busca estratégias para se manterem inseridos no mundo das nuvens. Ao construir um mapa da distribuição das redes de internet banda larga dos municípios de Andaraí, Iraquara, Lençóis, Palmeiras e Seabra, identificou-se que existem muitas localidades na periferia dos processos de nacionalização da internet. Assim, utilizou-se durante a pesquisa, as ferramentas metodológicas Domo e Redoma, as quais servirão para entender a distribuição da internet na região, levando em consideração o fator econômico e a quantidade de nós, e os traços culturais e identitários carregado pelos indivíduos que conseguem sair do Domo. O local de pesquisa é a comunidade tradicional remanescente de quilombola Fazenda Velha – localizada no município de Andaraí – que fica dentro de uma unidade de conservação ambiental restritiva, o Parque Nacional da Chapada Diamantina (PNCD). O PNCD possui leis rigorosas que não permitem moradores em sua área. Há mais de 30 anos, a existência da Fazenda Velha é parte de conflito entre interesses ambientais e a identidade quilombola, e esta realidade se reflete diretamente na conectividade dos seus moradores. Para a construção da presente monografia, verificou-se bibliografias e conteúdo presente na rede mundial de computadores e na biblioteca Herberto Sales, em Andaraí, bem como as metodologias da oralidade, pesquisa diagnóstico e etnográficas, bem como a observação participante.