Prevenção à violência contra mulheres: efeitos de sentidos em campanhas publicitárias da prefeitura de Salvador-BA
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Resumo
Durante muitos anos, a posição ocupada pela mulher na sociedade era apenas de coadjuvante. Era vista como aquela que foi feita para ser mãe, cuidar da casa, do esposo, sempre submissa a um homem (pai ou esposo), tornando-se uma pessoa sem espaço e identidade. Através de muitas lutas, alguns direitos foram conquistados, no entanto, atualmente um dos maiores desafios tem sido vencer a violência contra mulheres, já que na sociedade patriarcal em que vivemos ainda predomina a imagem da mulher para o lar. Com a ascensão do movimento feminista, políticas públicas foram criadas no Brasil para ajudar as mulheres na luta por igualdade e respeito. E, atualmente, parte das estratégias sociais para enfrentamento a violência de gênero é a utilização de campanhas publicitárias por instituições públicas e privadas. Diante disso, a presente pesquisa, filiada à Análise de Discurso Materialista, tem como objetivo analisar como se articulam as formações discursivas que permeiam os discursos materializados em oito peças publicitárias de prevenção à violência contra as mulheres da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude da cidade de Salvador- Ba publicadas no dia da Mulher, Carnaval e festejos juninos de 2017, identificando as posições -sujeito no discurso. Adotamos alguns conceitos teórico-metodológico da Análise de Discurso Francesa, com prioridade aos estudos teóricos de Michel Pêcheux, em uma abordagem qualitativa. A pesquisa parte do princípio de que a propaganda se constitui como espaço de manifestações ideológicas mediante o poder persuasivo da linguagem publicitária. Assim, verificou-se que os discursos materializados nas peças analisadas estão inseridos em formações discursivas feministas se opondo as ideologias patriarcais. AS FD’s feministas se incumbem de buscar a deslegitimação de discursos construídos no período da colonização brasileira, mas ressignificados nos dias atuais, pois, ainda se vive em uma sociedade marcada pelo sexismo.