Campus I - Departamento de Educação (DEDC) - Salvador
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Navegando Campus I - Departamento de Educação (DEDC) - Salvador por Orientador "Oliveira, Rosemary Lapa de"
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- ItemConcepções de práxis nos programas PIBID e PRP: um estudo crítico(Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-16) Souza, Jorsinai de Argolo; Oliveira, Rosemary Lapa de; Mororó, Leila Pió; Viana, Marta Loula Dourado; Lago, Ana Cristina Castro do; Carvalho, Carla Meira Pires deA presente pesquisa constitui-se um estudo crítico, de abordagem dialética, e insere-se no conjunto de produções investigativas vinculadas à Linha de Pesquisa Educação, Práxis Pedagógica e Formação do Educador, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduc) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e ao Grupo de Pesquisa e Estudo em Leitura e Contação de Histórias (GPELCH). O objeto de estudo centra-se nas políticas de formação inicial de professores no Brasil, em especial, os programas de iniciação à docência - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e o Programa de Residência Pedagógica (PRP). O objetivo foi analisar as concepções de práxis presentes nas propostas do PIBID e do PRP e suas relações com as políticas de formação inicial docente no Brasil. Os impactos do embasamento ideológico da concepção neoliberal para as políticas de formação de professores, a partir dos anos 90, voltado para a valorização do saber prático, com ênfase no saber-fazer, provocando a cisão entre a teoria e a prática nas propostas de formação são o cenário para a questão de pesquisa: em que medida a concepção de práxis, presente na proposta do PIBID e do PRP, considerando as reformas educacionais implementadas na política de formação de professores no Brasil apresenta elementos que contribuem para a formação teórica e prática dos pedagogos para atuar na Educação Básica? Para responder à questão, produziu-se informação através de pesquisa documental (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia; Editais do PIBID e do PRP – ano de 2022; Plano Institucional e Subprojetos de Pedagogia, PIBID e PRP, da Universidade Estadual de Santa Cruz- UESC) e bibliográfica sobre formação inicial de professores, PIBID, PRP e concepção de práxis (MARX, 1989,1996, 2003; VÁZQUEZ, 2007; SAVIANI, 2007, 2008, 2009, 2014; GRAMSCI,1981, 2004). As análises foram realizadas através do Materialismo Histórico-dialético-MHD e suas categorias - totalidade, contradição, mediação, historicidade. As análises das informações indicaram que: há distância entre o conceito de teoria e prática apresentados nos documentos e o conceito de práxis da visão dialética; a forma equivocada de compreender a relação teoria e prática reforça a tendência de separá-las; identificou-se, predominantemente, a concepção de prática, e não de práxis nas propostas dos programas. O estudo oportunizou repensar a licenciatura, principalmente a Pedagogia, e rediscutir os objetivos e princípios dos programas de iniciação à docência, cujo foco está centrado na categoria que articula a atividade prática e teórica; a identidade e o currículo dos cursos de licenciatura, a fim de garantir a apropriação de conhecimentos filosóficos, científicos, pedagógicos e didáticos, em uma perspectiva de formação omnilateral salvaguardando a responsabilidade legal de formar os licenciandos para atuar na Educação Básica.
- ItemContação de histórias no atendimento educacional especializado: seguindo a estrada dos tijolos amarelos(Universidade do Estado da Bahia, 2023-05-03) Pita, Jaqueline Sousa Santos; Oliveira, Rosemary Lapa de; Santos, Jaciete Barbosa dos; Goulart, Ilsa do CarmoEsta pesquisa teve como objetivo compreender os sentidos que os sujeitos conferem à Contação de Histórias no Atendimento Educacional Especializado – AEE, nos anos finais do Ensino Fundamental, por meio de um olhar investigativo sobre os discursos e cenário deste estudo. A pesquisa se ampara nas contribuições de autores que trazem reflexões sobre educação inclusiva e contação de histórias, dentre os quais destacamos: Mantoan (2015), Sisto (2012), Diniz (2007, 2016), Mazzota (2011), Busatto (2020), Crochik (2011), Matos (2014). A investigação teve como proposta uma pesquisa de campo com inspiração etnográfica. As informações produzidas foram analisadas tendo como base a análise de discurso, a partir de Foucault (2005) e Orlandi (2006, 2020), voltado para a formação discursiva. Foi realizada em duas turmas de AEE que atendem alunos dos anos finais do ensino fundamental que fazem parte de uma Escola da Rede Municipal de Salvador, situada em um bairro periférico da cidade. Os sujeitos da pesquisa foram duas professoras do AEE– sendo que uma das professoras é também a pesquisadora. Contamos também com seis estudantes com idades entre 11 e 15 anos, com relatório médico e/ou diagnóstico de Deficiência Intelectual e/ou Transtorno do Espectro Autista que frequentam a SRM e aulas regulares do ensino básico. A pesquisa evidenciou que contar histórias no AEE propicia um momento da rotina que, com objetivos e significados amplia a oportunidade dos sujeitos desenvolverem habilidades importantes em seu processo de constituição de indivíduo social, através de sua potência lúdica, e abrange inúmeros aspectos que potencializam o desenvolvimento dessas habilidades.
- ItemEntre sons, palavras e sentidos: o protagonismo infantil em atos de leitura e contação de histórias com bebês e crianças bem pequenas na creche(2021-09-24) Gama, Niclécia Ferreira; Oliveira, Rosemary Lapa de; Almeida, Risonete Lima de; Santos, Marlene Oliveira dos; Sales, Mary Valda SouzaO presente trabalho tem como objeto de estudo os atos de contação de histórias e de leitura com bebês e crianças bem pequenas na creche, com idades entre dez meses e dois anos e onze meses, sujeitos da pesquisa. Buscou compreender como as crianças, colaboradoras da pesquisa, interagem e parecem construir significados a partir da escuta de histórias contadas ou lidas. Definidos o tema e o objeto da investigação, a atenção se voltou para a questão de pesquisa: Como as crianças participam, interagem e vivenciam os atos de leitura e contação de histórias em uma creche pública do município de Salvador? O interesse científico se materializa no objetivo geral de desenvolver experiências literárias mediadoras com atos de leitura e contação de histórias para observar como os bebês e crianças bem pequenas se constituem interlocutoras/interagem entre si e com o texto. em uma creche pública do município de Salvador-Bahia, locus da pesquisa. Os objetivos específicos visam: a) investigar como os bebês e crianças bem pequenas interagem com a experiência literária; b) observar as vivências de atos de leitura e contação de histórias com bebês e crianças bem pequenas e c) analisar as práticas de leitura e de contação de histórias no cotidiano da instituição em correlação com a compreensão dos sentidos que os bebês e crianças bem pequenas podem atribuir a essas vivências. Visando revelar a questão de pesquisa, como metodologia de abordagem qualitativa, foi privilegiado o estudo de cunho etnográfico, inspirado em Coulon (1995), considerando a complexidade e a necessidade de um olhar multirreferencial na construção de uma pesquisa com bebês e crianças bem pequenas. Para isso, foi necessário compreender a polissemia desse ambiente tão singular (MORIN 1996, 2003, 2006; ARDOINO 1995, 1998). Assim, o método tem como referência alguns dispositivos da pesquisa-ação (BARBIER 2007) e inspirações da Etnopesquisa Crítica e Multirreferencial por se apresentar como uma pesquisa qualitativa voltada para o conhecimento das ordens sociais e culturais em organização (MACEDO, 2004, 2009, 2013, 2015. A análise dos resultados revela como os bebês e crianças bem pequenas protagonizam os atos de leitura e contação de histórias em suas experiências primeiras e como em seus processos de subjetivação parecem atribuir sentidos para estes atos, analisados a partir da perspectiva etnocenológica, descritos em Contextos Dialógicos e Cenas Simbólicas (ALMEIDA, 2014). Para fundamentar estas discussões, o referencial teórico se apoia nos seguintes autores: Piaget (2007); Piaget e Inhelder (2006); Vygotsky (2014, 2011). O processo investigativo e interpretativo está ancorado na Sociologia da infância (ABRAMOWICZ, 2011; SARMENTO, 2007, 2009; CORSARO, 2011) e na Literatura (SISTO, 2015; OLIVEIRA 2019). Os resultados revelam que os bebês e crianças bem pequenas são capazes de compreender os sentidos dos textos e atribuir significados aos atos de leitura e de contação de histórias, conquistando o enleituramento.
- ItemInfância, leitura literária e diferenças na experiência educativa de futuras professoras: sentidos que atravessam limites de gênero(Universidade do Estado da Bahia, 2023-11-30) Lima, Lílian Fonseca; Oliveira, Rosemary Lapa de; Beltrão, Lícia Maria Freire; Cardoso, Marilete Calegari; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Ferreira, Maria da Conceição AlvesEsta tese apresenta uma maneira de compreender o saber da experiência educativa ao analisar as relações entre a leitura literária nas diferenças e suas ressonâncias na experiência educativa de futuros docentes. Esta experiência constrói saberes – se for apresentada numa dimensão para além da teoria e prática – pensados em sua inovação, resultam um novo conhecimento disparado pelo texto literário para infância, de modo a promover reflexão sobre os sentidos de um texto de literatura para quem o experienciou. A partir de um enfoque transdisciplinar e orientada por uma perspectiva discursiva, são apresentadas as possibilidades de compreensão da problemática a partir das contribuições teóricas de diferentes áreas do saber como a Formação docente, Literatura, Análise do Discurso Francesa e os Estudos de Gênero. A aposta é de que a experiência educativa subsidiada pelo conhecimento com as diferenças é o que lhe dá sua urdidura e perspectivas como num caleidoscópio. Constituída pela trama de fios dos discursos que se conectam a ela para: a) questionar a ausência de textos na literatura para infância que aborde questões de gênero e sexualidade; b) proporcionar a efetiva vivência de textos ficcionais que apresentam um outro viés para pensar a leitura literária; c) experimentar possibilidades afetivas, teóricas e práticas permita que se possa anunciar possibilidades de uma educação partindo dela. Para tanto, foram desenvolvidas através do Círculo de Experiência Literária alternativas para pensar a experiência educativa, a partir das bases teóricas de Contreras Domingo; Pérez de Lara (2010), Contreras Domingo (2013) e Larrosa (2019, 2004); Oliveira (2019, 2018), Orlandi (1987, 2007) para pensar a leitura e o campo discursivo; e dos estudos de Louro (1997, 2000, 2013); Débora Britzman (1996, 2009); bell hooks (2016, 2013) para abordar as diferenças de gênero e sexualidade e pensar a experiência literária por outra lógica. As colaboradoras da pesquisa foram graduandas concluintes do curso de Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado Bahia, no Campus I. É uma pesquisa qualitativa pautada na etnopesquisa implicada de Macedo (2012), de natureza interpretativa, que coloca em evidência a leitura e a expressão do repertório formativo experimentado nas etapas empíricas Arqueologia literária e Horizontes literário, do dispositivo Círculo de Experiência Literária. O corpus de análise foi constituído das narrativas/textos das colaboradoras na experiência do círculo. Para análise e interpretação do corpus, buscou-se inspiração no campo da Análise do Discurso tomando por foco os estudos de Eni Orlandi numa interface com os estudos em Educação e das diferenças de gênero e sexualidade. Como principais resultados decorrentes da experiência educativa no Círculo de Experiência Literária, destacou-se a potência formativa das leituras, impactando positivamente para a construção e (re)significação de saberes profissionais, do mundo e de si mesmo, despertando a criticidade, o olhar para outras realidades com vistas a quebra de paradigmas e a necessidade desse saber se constituir parte integrante dos currículos formativos.
- ItemLetramento digital: o uso das mídias digitais no ensino de língua portuguesa na EJA(2019-04-05) Silva Junior, Valter Manoel da; Oliveira, Rosemary Lapa de; Conceição, Ana Paula Silva da; Santos, Jocenildes Zacarias; Santos, Luciene SouzaEste estudo tem como tema central o uso das mídias digitais no ensino de Língua Portuguesa na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Para desenvolver a discussão acerca dessa temática, buscamos responder à seguinte questão: qual o impacto do uso das mídias digitais (computadores, celulares, ambientes virtuais de aprendizagem) no ensino de Língua Portuguesa na Educação de Jovens e Adultos num Centro Estadual de Educação Profissional do município de Ilhéus - Bahia? A partir dessa problemática, traçamos como objetivo geral: Analisar a interação entre o uso das tecnologias da informação e comunicação nos momentos de formação continuada dos professores, mobilizando saberes constituídos na formação inicial e o planejamento do ensino de língua materna na EJA. Os objetivos específicos foram: descrever o uso das tecnologias da informação e comunicação como prática pedagógica no ensino de Língua Portuguesa na EJA; formar professores de Língua Portuguesa da Educação de Jovens e Adultos para o usos das tecnologias da informação e comunicação em suas práticas pedagógicas; bem como compreender as concepções dos professores de Português sobre o usos das tecnologias como meio de ensino; por fim, elaborar e aplicar oficinas de formação durante o mestrado, trazendo à tona discussões sobre EJA e Tecnologias Educacionais como forma de contribuir para o fazer pedagógico dos sujeitos envolvidos na pesquisa. Para tanto, o percurso metodológico empreendido nesse trabalho perpassou por uma pesquisa aplicada, de abordagem qualitativa, tendo como procedimento técnico a pesquisa-ação. Os instrumentos para coleta de informações foram a aplicação de questionário, o diário de campo e a realização de oficinas de formação. O universo investigado teve como sujeitos dez professores de Língua Portuguesa que atuam no Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos e, uma Coordenadora do PROEJA. Para colaborar com a discussão, trouxemos autores que tratam a temática, como: Arroyo (2005) que faz uma discussão acerca da Educação de Jovens e Adultos numa perspectiva social e política. Com Coscarelli (2016) discutimos o Letramento Digital, seus aspectos sociais e possibilidades pedagógicas na EJA. Dantas (2012) nos fez refletir sobre a importância da formação continuada dos professores que atuam na EJA. Com Freire (1996), refletimos acerca da importância do aproveitamento do conhecimento prévio do educando no processo ensino-aprendizagem na EJA. Com Nóvoa (1995), discutimos o processo de formação continuada dos professores e sua importância para a construção de uma práxis dialógica. Através de Rojo (2009), discutimos os multiletramentos na escola e o uso da multimodalidade textual nas aulas de português na EJA. Com Soares (2008), refletimos sobre os conceitos de letramento, linguagem e escola. Os resultados desta pesquisa demarcam a necessidade da realização de formação continuada para o uso das tecnologias da informação e comunicação no ensino de língua materna nas classes de PROEJA do centro estudado bem como desconstruir a resistência de alguns professores para o uso de tais recursos midiáticos.
- ItemO lugar da escuta na prática pedagógica da educação infantil: novas (im)possibilidades oriundas de uma pandemia(2021-08-30) Reol, Ângela Gonçalves Nery; Oliveira, Rosemary Lapa de; Conceição, Ana Paula Silva da; Soares, Leila FrancaConsiderando que a escuta sensível é fundante no processo de legitimação da voz das crianças no dia a dia da escola, esta pesquisa traz à tona o seguinte problema: como promover uma prática pedagógica pós chegada da pandemia na qual o protagonismo infantil seja legitimado? Essa pergunta levou ao objetivo geral da pesquisa: estudar caminhos metodológicos que garantam uma prática pedagógica pós pandemia na qual o protagonismo infantil seja legitimado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando fundamentos da Etnopesquisa Crítica Multirreferencial (MACEDO, 2004, 2010). A fim de fundamentar a pesquisa, estabeleci um diálogo entre os seguintes teóricos: para a seção que discute o conceito de infância/infâncias e sua construção, Arroyo (2016), Ariés (1973), Sodré (2009), Sarmento (2000, 2005, 2007), Kramer(2005). Nela, trato da construção do sentimento de infância do ponto de vista histórico, realizando uma linha do tempo até chegarmos no processo de construção no Brasil. Discuto também as várias infâncias possíveis. Sigo então para a seção sobre escuta, onde trago para o debate as ideias de Barbier (2002), Rinaldi (2006, 2014), Malaguzzi (1995) e Friedman (2018, 2020), abordando conceitos como escuta sensível e as múltiplas linguagens da criança. Faço uma relação entre o contexto histórico da modernidade e pós-modernidade relacionando com as práticas pedagógicas vigentes em cada um desses períodos através das reflexões de Campbel (2016) e Dahlberg (2019) e avanço para a reflexão sobre a relação entre escuta e prática pedagógica que promove o protagonismo infantil. A partir das ideias de Arroyo (2016), Macedo (2013), Zabala (1998), Freire(1966), Formosinho (2007), Malaguzzi (1995), Rinaldi (2006, 2014) e Friedman (2018, 2020) inicio apresentando conceitos, concepções teórico-filosóficas, relacionando-as. Foi realizada uma pesquisa preliminar em uma escola de Educação Infantil da rede privada em 2019, em uma turma de crianças de quatro anos buscando suas atitudes responsivas nas relações dialógicas com os adultos, observando e escutando tanto elas como seu entorno. Certa de que até as paredes falariam, a prioridade, conforme orienta Sarmento (2000), foi firmar o interesse para todos os traços e pormenores que fazem o cotidiano, tanto quanto para os acontecimentos importantes que surgem nos contextos investigados. Com a chegada da covid 19, uma nova estruturação social começou a se configurar e ainda nos encontramos nesse processo, sem previsão de retomarmos nossas atividades costumeiras. A escola, em especial a de Educação Infantil, foi demasiadamente afetada. Macedo acrescenta que a etnopesquisa preocupa-se com o homem em seu contexto social, considerando a organização das ordens socioculturais, ocupando-se essencialmente com os processos que constituem o homem em sociedade. Sendo assim, não poderia ficar indiferente ao novo contexto histórico que por ora se apresenta. Implicada no desejo de contribuir para a sociedade, influenciada pelos princípios que regem a etnopesquisa, conforme explanado, levei em consideração a relevância da problemática causada pela pandemia, no sentido de buscar caminhos para que a voz da criança não seja silenciada pelo medo instaurado no mundo. Pelo contrário, encontrar novos caminhos metodológicos que garantam o protagonismo infantil por meio de práticas pedagógicas de escuta às crianças pequenas, permitindo que eles surjam no horizonte brasileiro e quem sabe, mundial. Voltei meu olhar então para novos sujeitos de pesquisa. Aqueles que pensam, planejam, projetam, sonham e que agora buscam soluções para viabilizar a manutenção do direito das crianças pequenas a educação escolar: os gestores, coordenadores pedagógicos e professores. Para produzir as informações almejadas, realizei entrevistas semiestruturadas virtuais individuais, por meio de chamada de vídeo, que abrangeram experiências de enfrentamento da covid 19 e perspectivas encontradas para o cenário educativo na Educação Infantil. Após a análise e discussão das informações produzidas, concluí que a única resposta segura que temos é que é tempo de mudar. No contexto atual, a vida experienciada na escola, se construída em torno dos valores e significados apresentados e 10 discutidos neste texto, pode contribuir para renovar as qualidades democráticas do mais amplo contexto social e cultural. Retornaremos com muitos protocolos, em um contexto novo para todos. Sentimentos se misturarão, e o caminho para garantir os direitos das crianças, de aprender, brincar, expressar, explorar, conviver e conhecer-se, será sempre o da escuta: a escuta documentada e sensível, que traduzirá o que as crianças expressam sobre essa nova realidade pós covid 19.
- ItemO pensamento imaginativo da criança na representação do desenho: sentidos para a educação infantil(2021-10-20) Ribeiro, Jainê da Silva Santos; Oliveira, Rosemary Lapa de; Ramos, Rosemary Lacerda; Almeida, Risonete Lima deEsta pesquisa objetiva analisar as representações do desenho infantil e a produção de sentidos delas decorrentes. A centralidade é a criança autora, de muitas infâncias e de culturas próprias, sujeito de direitos que clama por ser escutada e compreendida em seus sentidos, modos de pensar-sentir-viver-agir no mundo, o que demanda compreendê-las em suas itinerâncias. Nesta pesquisa, este ser-criança é entendida como um ser de direito, sujeitohistórico, que cria linguagem e cultura e comunica através de sua representação de desenho e sentidos produzidos ao longo deste processo. O desenho é uma linguagem de representação simbólica da qual a criança utiliza-se desde tenra idade, uma das muitas possibilidades de comunicar-se e de ser escutada em suas representações, ao tempo em que se constitui nas relações dialógicas com seus outros e com o mundo, instigando a questão desta pesquisa: como as representações do desenho infantil expressam os sentidos produzidos pela criança do Grupo 5? Para responder esta questão, e aos objetivos propostos: conhecer os sentidos produzidos pelas crianças na representação do desenho em situação de proposição pedagógica; correlacionar os sentidos produzidos com possíveis ressonâncias pedagógicas, pertinentes a este momento em que as proposições pedagógicas se dão em espaços-tempos virtuais de interação e comunicação, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa de inspiração etnográfica crítica multirrefrencial. No tratamento e análise de informações produzidas ao longo do processo investigativo, utiliza-se da triangulação, e por inspiração, princípios dos núcleos de significação. No entendimento que pesquisar com a criança pequena requer procedimento e dispositivos que nos aproxime dela e que possibilite captar em suas nuances os sentidos produzidos nas representações de seus desenhos, opta-se pela observação através de vídeos, áudios e entrevista. Dada a complexidade que é a criança em sua inteireza e processo de desenvolvimento e aprendizagem, centramos o processo investigativo em torno dos aspectos peculiares às infâncias, a construção do pensamento simbólico (semiótico) e seu potencial imaginativo-criativo, o desenho como uma linguagem de representação e produção de sentidos. Para tal, buscamos sustentação teórica na: Antropologia da criança, Sociologia da criança, Psicologia e Pedagogia, trazendo teóricos que discutem a criança, sujeito-histórico e produtora de culturas, alinhados à perspectiva sócio-histórica e cultural, que dão embasamento para as discussões sobre a infância, criança, pensamento imaginativo-criativo, linguagem e produção de sentidos. Os construtos desta pesquisa, nos encaminham para um fazer pautado na multirreferencialidade que perpassa a criança da educação infantil; a construção do pensamento e da linguagem de representação, o desenho, e produção de sentido, reconhecendo as especificidades de cada processo, as relações, implicações e reciprocidade de um ao outro. A educação infantil pública municipal é o espaço-tempo do acontecimento desta pesquisa, e a criança de 5 anos de idade, autora. A pesquisa conclui, então, que é importante garantir à criança o direito de dialogar sobre os seus feitos e partilhar seus etnométodos e etnomeios, possibilitando ao adulto aprender com elas sobre suas representações em seus aspectos emocionais, sociais e representação simbólica, planejando atividades que estimulem a prática de desenho como prática de escuta das narrativas de suas representações que são a expressão de seus sentidos.
- ItemProjeto político pedagógico da educação de jovens e adultos: concepções e proposições(2017) Laurindo, Lívia dos Santos Ribeiro; Oliveira, Rosemary Lapa de; Oliveira, Ivanilde Apuloceno de; Alves, Érica ValériaA presente pesquisa intitulada “Projeto Político Pedagógico na Educação de Jovens e Adultos: Concepções e Proposições” teve como objetivo analisar as concepções dos professores acerca da Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista que o PPP é um importante documento que norteia as inter-relações dos sujeitos envolvidos no contexto escolar, bem como direciona toda a organização do trabalho pedagógico. Como referencial teórico, dialogamos com Arroyo (2007), Di Pierro (2000), Freire (1979, 1987, 1996, 1992), Gadoti (1994, 1997, 2000), Haddad (1987, 1993, 2015), Paiva (2003), nas discussões acerca do contexto histórico, marco e desenvolvimento da EJA no Brasil; nas ponderações sobre o papel político e pedagógico do PPP e a sua construção coletiva dentro da escola, corroboramos com Vasconccellos (2000), Veiga (1998, 2012); nos estudos sobre o currículo, tivemos como referenciais Macêdo (2002, 2010, 2011), Moreira (2007, 2013), Sacristán (2008), Santos (1997), Silva (2003); nas discussões sobre formação do professor da EJA, dialogamos com Laffin (2013, 2015), Tardif (2002); em gestão do planejamento pedagógico da EJA, nos respaldamos nas ideias de Luck (1998), Paro (2001), Veiga (1998, 2003). Bardin (1997) e Gil (1995) contribuiram com a discussão metodológica, pesquisa qualitativa, dispositivos e técnicas de pesquisa. O estudo problematizou a seguinte questão: Quais são as concepções/percepções dos professores da EJA da rede municipal de ensino de Barreiras-BA acerca do PPP dessa modalidade de ensino? Para responder a tal questão, utilizamos uma abordagem qualitativa, tendo como base metodológica o estudo de caso. Para tanto, os dispositivos utilizados foram questionários, entrevistas semiestruturadas e análise documental. Fizemos, por fim, a triangulação das informações através da análise de conteúdo entre as entrevistas e a análise documental do PPP das escolas pesquisadas. Os sujeitos da pesquisa foram professores e coordenadores que atuam na EJA das escolas investigadas. A revisão teórica e a pesquisa exploratória realizada em lócus mostraram que é preciso levar em consideração as mudanças sociais, econômicas e culturais dos sujeitos envolvidos nessa modalidade de ensino, na perspectiva de uma educação que possibilite a aprendizagem de conhecimentos científicos e tecnológicos dos jovens e adultos que por sua vez, necessitam ser inseridos no mercado de trabalho. Os resultados desta pesquisa possibilitaram a elaboração do projeto de intervenção tendo como público alvo os professores, coordenadores e gestores que atuam na EJA, sob a autorização da Secretaria Municipal de Educação, intitulado Dialogando acerca do Projeto Político Pedagógico da EJA cujo objetivo é discutir o PPP como elemento articulador da práxis pedagógica, considerando a construção de concepções e proposições que asseguram a existência da EJA em sua proposta.
- ItemSteven universe: as narrativas audiovisuais contemporâneas e suas implicações subjetivas para a construção de saberes na educação(2021-09-20) Souza, Samuel Possidonio de; Oliveira, Rosemary Lapa de; Alvarez, Palmira Virginia Bahia Heine; Almeida, Risonete Lima deA mediação através de filmes e animações possibilita a aprendizagem, pois a fantasia provoca discussões e produções de saberes e implicações na subjetividade no contexto escolar. Esta pesquisa se norteou através da questão: em que estilo a narrativa audiovisual Steven Universo pode viabilizar implicações subjetivas com vistas à construção de saberes? Tem como objetivo analisar a construção de saberes no sujeito através de narrativas audiovisuais contemporâneas e suas implicações subjetivas. A metodologia é qualitativa; método de análise documental de uma animação (Steven Universo) e como dispositivo de pesquisa a análise fílmica psicanalítica. A categoria principal de análise foi a Construção da Subjetividade. A pesquisa foi organizada em blocos.(I) Psicanálise, educação e subjetividade(s), articulando Mansano (2009), Larrosa (1999), Guattari e Rolnik (1996), Deleuze e Guattari (2010), Freud (1996a;1996b;2006b;2006c); Kupfer (2001) e Lacan (1992; 2003), estabelecendo que a subjetividade é produção em relação social sendo possível uma educação com vistas à subjetividade na sala de aula; (II) A pós-modernidade, o sujeito e a identificação subjetiva, dialogando Giddens (1991), Freud (1974), Bauman (1998; 1999; 2001; 2005), Hall (2006), Bhabha (1998), e Lacan (2003), apontando que o sujeito na pós-modernidade se encontra em uma grande sensação de desamparo e ruptura, saídas ao mal estar; e (III) A função da fantasia e as Narrativas audiovisuais Contemporâneas, apresentando Bettelheim (2016), Campbell (2013) e Corso e Corso (2006; 2011), que sustentam a fantasia de narrativas enquanto ferramenta que medeia o sujeito com o real e o auxilia a simbolizar sua vida. Demonstrou-se possível aplicar Steven Universo em sala de aula pois alcança elementos relacionados ao conceito de subjetividade e temas que estão orientados em documentos da educação.
- ItemSujeitos da EJA: caminhos para o empoderamento da leitura e escrita através de contos(Universidade do Estado da Bahia, 2024-05-29) Mazzei, Leliany Robérica Rocha Bomfim; Oliveira, Rosemary Lapa de; Azevedo, Alessandro Augusto de; Faria, Edite Maria da Silva de; Conceição, Ana Paula Silva daO presente trabalho nasce da necessidade de se pensar continuamente a prática docente no que diz respeito à formação de jovens e adultos. Assim, o nosso objetivo foi observar os processos de empoderamento da língua de prestígio através da leitura e da escrita de si na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A metodologia utilizada foi a pesquisa-ação, concretizando o seu caráter empírico em turmas da EJA da Escola Sesi Reitor Miguel Calmon, localizada na cidade de Salvador, Bahia. Na prática, foi proposto que os estudantes realizassem leituras e produções escritas do gênero conto, produções tais que estivessem estritamente ligadas à sua subjetividade, seguindo os fios das Escrevivências, termo cunhado por Conceição Evaristo para nomear o processo de escrita das vivências de si (2016), a fim de que desenvolvessem a competência escrita e o domínio da língua portuguesa vinculado a um processo de autoconhecimento. Como aporte teórico, foram utilizadas as contribuições de Arroyo (2005; 2017), Paulo Freire (1996; 2005; 2009; 2011), Gadotti (2001; 2005) e Haddad (2002) para embasar o estudo sobre a EJA. Trazendo o entrelace entre a escrita de contos, as escrevivências e o enleituramento foram abordados os textos de Berth (2019), Evaristo (2016), Oliveira (2019), Luft (1985), Freire (2009), Koch (2008) e Antunes (2007). Por fim, foi possível observar que a metodologia utilizada se mostrou eficaz no processo de ensino-aprendizagem no ambiente da EJA.