Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) por Autor "CAMELIER, Fernanda Warken Rosa"
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- ItemCaracterização do tratamento farmacológico na vida real de pessoas com DPOC atendidas num ambulatório de pneumologia do SUS(2022-03-25) ALMEIDA, Victor Durier Cavalcanti de; CAMELIER, Fernanda Warken Rosa; XAVIER, Rosa Malena Fagundes; GAZZOTTI, Mariana RodriguesO presente estudo tem como objetivo caracterizar o perfil do tratamento farmacológico na Vida Real em pacientes atendidos num ambulatório público de pneumologia em Salvador-BA, comparando com o que é preconizado pela Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBPT). Foi realizado um estudo descritivo. Buscou-se avaliar prontuários de indivíduos portadores de DPOC segundo a classificação da SBPT no Laboratório de Fisiologia do Exercício / DCV / UNEB. Foram preenchidas fichas de coleta de acordo com dados de prontuários, coleta de dados secundários. A investigação teve como finalidade analisar os fatores que limitam o acesso do tratamento ideal preconizado pela SBPT. Os dados foram transcritos para planilha do programa Excel e aplicado cálculos estatísticos para posterior interpretação e descrição. O impacto clínico da DPOC e o grau de dispneia dos indivíduos, que foram avaliados por meio do COPD Assessment Test (CAT) e da escala de dispneia Medical Research Council (MRC), respectivamente. Para a análise foi utilizado o banco de dados realizado no software Excel e utilizado o software SPSS. Os dados discutidos foram apresentados em média desvio padrão e frequência absoluta e relativa, quando conveniente, e elaborado um quadro comparativo entre o tratamento realizado entre o paciente e o indicado pela SBPT. Um p< 0,05 foi considerado estatisticamente significante. Foram avaliados pacientes buscando caracterizar o perfil do tratamento farmacológico que ocorre atualmente em portadores de DPOC no SUS comparando com o que é preconizado pela SBPT e o tratamento farmacológico para portadores de DPOC pelo protocolo de dispensação do Estado da Bahia. Foram encontrados dados que mostraram que 65,3% dos pacientes tinham acesso gratuito a medicamentos através do programa estadual de medicamentos da DPOC pelo SUS; 62 (37,13%) foram classificados como tendo uma prescrição inadequada de acordo com a SBPT, todos os pacientes classificados como DPOC leve tiveram prescrição inadequada, Dos 51 pacientes classificados moderados, 26 (50,9%) tiveram prescrição inadequada, dos 73 pacientes DPOC Grave, 25 (34,2%) apresentaram prescrição inadequada. A única variável preditora significativamente com a prescrição de corticoide inalado (CI) foi a inserção do paciente em um programa de acesso a medicamentos de forma gratuita. Concluímos que os broncodilatadores de longa duração são subutilizados no tratamento da DPOC no contexto do SUS (Bahia), em contrapartida, há um sobretratamento dos CI.
- ItemCaracterização do uso de antibióticos em uma unidade de pronto atendimento infantil em Camaçari-Ba: uma análise de custo e utilização(2022-12-01) ROCHA, Cristiane Almeida; MACIEL, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; CAMELIER, Fernanda Warken Rosa; SANTOS, Pablo de MouraO uso de antimicrobianos é crescente e aprimorar a racionalização de seu uso, com redução de custos em unidades de Pronto Atendimento Infantil é uma das estratégias para contribuir com a melhoria da atenção prestada às crianças. Objetivo: Determinar a variação do uso de antibióticos e seus custos em uma Unidade de Pronto Atendimento em Camaçari- BA. Metodologia: estudo exploratório, retrospectivo e descritivo, realizado na Unidade de Pronto Atendimento Infantil em Camaçari-BA, vinculado ao Sistema Único de Saúde que presta serviço de urgência e emergência. Coletou-se os antimicrobianos usados pelos pacientes e seu custo, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021. Englobou um universo 10.489 pacientes. O Micromedex, o RedBook e orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria foram usadas para mensurar a questão da racionalidade da indicação dos antimicrobianos. Para tal foram analisados, entre 2019 e 2021, os principais diagnósticos; Medicamento prescrito de acordo com os 30 principais diagnósticos; Comparativo entre medicação indicada e medicação prescrita para estes diagnósticos; Quantidade de medicamentos prescritos; Custo direto com os medicamentos previstos para tratamento (R$ nominais); Quantidade anual de medicamentos prescritos para tratamento em associação e Custos diretos com os medicamentos prescritos por tratamento em associação. Resultados: Os principais diagnósticos para a prescrição do antibiótico foram amigdalite, bronquite e febre sem diagnóstico. No caso da amigdalite, a amoxicilina foi prescrita em 1.049 casos, a azitromicina, em 429, a benzilpenicilina benzatina, em 1.405 pacientes e o sulfametoxazol+trimetoprima em 87 casos. Para os casos de febre sem diagnóstico, a amoxicilina foi a mais prescrita (339 casos). Por fim, em pacientes com bronquite, a maior frequência de prescrição foi de amoxicilina (509 casos), embora o Micromedex tenha indicado o uso de claritomicina e ciprofloxacino, medicamentos que não tiveram nenhuma prescrição. O custo direto total com os medicamentos foi maior para a benzilpenicilina benzatina (R$ 25.857,70) e com a ceftriaxona, que foi de R$ 10.378,70. O custo total dos antibióticos ficou na ordem de R$ 60.700,80. Os resultados demonstram que nem sempre existe uma racionalidade na prescrição dos medicamentos, pois acabam sendo prescritos aqueles que são mais comumente usados e/ou disponíveis de imediato na unidade, como a Benzilpenicilina benzatina, mostrando que existem outras possibilidades no mercado que poderiam ser indicados, mas não necessariamente com custos de aquisição menores. Conclusão: Na UPA de Camaçari notou-se que existe um custo alto na compra de antimicrobianos, bem como predomínio do uso de penicilinas, especialmente a Benzilpenicilina benzatina, e macrolídeos, refletindo a disponibilidade e o perfil das doenças atendidas. Existem alternativas para redução de custos, como o uso do antimicrobiano certo na hora certa, bem como o uso de medicamentos genéricos, mais baratos. Adicionalmente, melhorar a qualidade dos processos que levam a problemas como infecções que ocorrem dentro da UPA. Essa medida é essencial não só para a saúde e segurança do paciente, mas também é uma estratégia para reduzir custos. A institucionalização de protocolos de redução de custos devem ser implantadas, para reduzir as consequências do alto consumo de antimicrobianos, associado ao aumento de microorganismos resistentes.
- ItemEfeitos do uso de betabloqueadores na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada à comorbidades cardiovasculares: revisão sistemática e metanálise(2021-10-27) SANTOS, Natasha Cordeiro dos; CAMELIER, Fernanda Warken Rosa; MACIEL, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; ARAS JUNIOR, RoqueObjetivo: Sumarizar as evidências existentes sobre os efeitos do uso de betabloqueadores na DPOC associada à comorbidades cardiovasculares em relação aos desfechos gravidade da doença, exacerbações e mortalidade. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Lilacs, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Embase Subject headings (Emtree). As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste Q de Cochrane e pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio da Quality Assessment Tool for Observational Cohort and Cross-Sectional Studies. Resultados: A pesquisa resultou em 24.283 artigos, destes 20 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram organizados em tabelas com informações como autor, ano; tipo de estudo, duração; fonte de dados, país; amostra, follow up; comorbidade cardiovascular; tipo de betabloqueador; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,50 (IC 95%: 0,39-0,63; p-valor < 0,00001) e para exacerbações 0,76 (IC 95%: 0,62-0,92; p-valor = 0,005), sendo favorável ao grupo que utilizou betabloqueador. Não houve associação significatica com relação ao desfecho gravidade da doença. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico de funil revelou presença de risco de viés de publicação para o desfecho exacerbações. Considerações finais: O uso de betabloqueadores em indivíduos com DPOC e doenças cardiovasculares não provocou, de modo geral, efeitos negativos nos desfechos mortalidade e exacerbações. Na gravidade da doença provocou alteração discreta no VEF1. No entanto, foi evidenciada alta heterogeneidade entre os estudos. Em virtude disso, tornam-se necessários mais estudos que tenham como objetivo estudar o efeito do uso de betabloqueador específico na DPOC associada a uma comorbidade cardiovascular também específica.