Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)
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- ItemEnsaios de qualidade e determinação multielementar em medicamentos fitoterápicos usando espectrometria de emissão atômica(2020-07-31) Tannus, Caroline de AragãoIntrodução: A Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos visam garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de fitoterápicos. Portanto, se faz necessário um rigoroso controle de qualidade destes medicamentos, conforme pré-requisitos determinados pelas legislações, em vigor, no Brasil. Objetivos: Avaliar a qualidade dos Medicamentos Fitoterápicos Cynara scolumus L. (Alcachofra), Harpagophytum procumbens DC. (Garra do diabo) e Maytenus ilifolia (Mart.) ex Reiss (Espinheira santa) distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Salvador - Bahia, através de ensaios físicos e físico-químicos. Ainda, determinar elementos essenciais e potencialmente tóxicos em Drogas vegetais e Medicamentos Fitoterápicos usando Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Acoplado Indutivamente (ICP OES). Materiais e Métodos: Os medicamentos fitoterápicos, foram cedidos pela Natulab Laboratórios S.A: Alcachofra Natulab® (cápsulas de 300mg), Espinheira santa Natulab® (cápsulas de 380mg) e Arpynflan® (comprimidos revestidos de 450mg). Os métodos físicos e físico-químicos utilizados foram os preconizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Farmacopeia Brasileira (2019). As concentrações de 24 macro e microelementos (essenciais e potencialmente tóxicos), em drogas vegetais e medicamentos fitoterápicos, foram determinadas usando ICP OES, após digestão ácida, assistida por radiação de microondas. A análise de componentes principais (PCA) e a análise hierárquica por conglomerados (HCA) foram usadas para realizar uma análise exploratória das amostras. Resultados: Verificou-se que todos os medicamentos fitoterápicos possuíam registros vigentes na ANVISA, com informações das embalagens e bulas compatíveis. Foram encontradas inconformidades nas bulas dos três medicamentos (seção referente às informações de uso); e, as bulas de Espinheira santa e Arpynflan® também não seguiram as recomendações de formatação. Nos testes físicos e físicoquímicos todas as amostras analisadas encontraram-se em conformidade com as especificações da Farmacopeia Brasileira (2019).Os elementos foram quantificados (faixa de concentração em µg/g): Al (20,24 - 1.261,64), Ba (18,90 - 63,18), Ca (2.877,6 - 19.957,40), Cr (0,28 - 1,38), Cu (4,16 - 21,99), Fe (8,54 - 627,49), K (1.786,12 - 32.297,19), Mg (505,82 - 6.174,52), Mn (0,40 - 205,64), Na (1.717,23 - 18.596,45), Ni (
- ItemEfeito in silico, in vitro e in vivo do LASSBio-1386, um inibidor da fosfodiesterase-4 derivado de N-acilhidrazona, frente a Leishmania amazonensis.(2020-08-05) Silva, Dahara Keyse CarvalhoIntrodução: A leishmaniose compreende um grupo de enfermidades causada por parasitos pertencentes ao gênero Leishmania. Os medicamentos disponíveis para o tratamento desta doença apresentam diversas limitações, portanto, a identificação de novos fármacos torna-se necessária. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antileishmania do derivado da classe das N-acilhidrazonas, o (E)– N’– (3,4– dimetoxibenzilideno)– 4– metoxi-N-metilbenzohidrazida (LASSBio-1386), evidenciando o seu mecanismo de ação. Materiais e Métodos: A citotoxicidade foi avaliada frente à macrófagos. A atividade frente as formas promastigotas de L. amazonensis foi avaliada pelo método do AlamarBlue. O CI50 para as formas amastigotas foi calculado a partir da infecção de macrófagos. Os ensaios de ciclo celular, de microscopia eletrônica de transmissão e de potencial de membrana mitocondrial foram realizados a fim de investigar os possíveis mecanismos de ação. A ação do composto em modelo murino de leishmaniose cutânea também foi investigada. Estudos de ancoragem e de dinâmica molecular foram realizados entre a fosfodiesterase B1 de Leishmania (código PDB: 2R8Q) e o LASSBio-1386. Resultados e Discussão: O LASSBio-1386 apresentou baixa citotoxicidade (CC50=55 ± 3,97 µM) e inibiu a proliferação de formas promastigotas de L. amazonensis (CI50=2,4 ± 0,48 µM). O composto reduziu a porcentagem de macrófagos infectados por L. amazonensis e o número de amastigotas/macrófago (CI50= 9,42 ± 0,64 µM). A molécula causou alterações ultraestruturais nas formas amastigotas, causou parada no ciclo celular nas fases G0/G1 e não foi capaz de alterar o potencial de membrana mitocondrial. Em modelo murino de leishmaniose cutânea, o LASSBio-1386 reduziu o tamanho da lesão e a carga parasitária. As análises computacionais sugerem afinidade entre a estrutura química do LASSBio1386 e da fosfodiesterase de Leishmania. Considerações Finais: Os resultados demonstram a atividade antileishmania do LASSBio-1386, in vitro, in vivo e in silico sugerindo uma nova molécula promissora no tratamento da leishmaniose.
- ItemUso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium e alteração do status funcional de pacientes internados em unidades de terapia intensiva(2020-11-04) Batista, Anne Karine Menezes SantosIntrodução: As unidades de terapia intensiva (UTI) possuem muitos estímulos e procedimentos que potencializam dor, estresse e disfunção cognitiva. O uso de sedativos de forma indiscriminada, como medida farmacológica a essas alterações sensoriais, culmina com o surgimento de doenças neurológicas a exemplo do delirium, causado pelo desequilíbrio do funcionamento cerebral, com sintomatologia flutuante e reversível. Objetivos: Avaliar a associação entre o uso de sedativos, o desenvolvimento de delirium e o prognóstico funcional de pacientes internados na unidade de terapia intensiva; caracterizar as variáveis associadas ao desencadeamento de delirium em pacientes internados em unidades de terapia intensiva sob uso de fármacos sedativos; elencar os medicamentos com efeito sedativo mais utilizados nas unidades intensivas e descrever a funcionalidade dos pacientes internados que desenvolveram delirium durante a estadia hospitalar. Material e Métodos: Estudo observacional, longitudinal, realizado em um hospital público da rede estadual, durante os meses de junho de 2019 a outubro (primeira quinzena) de 2020, com indivíduos acima de 18 anos, internados em unidades de terapia intensiva adulto e enfermarias, por meio da aplicação de escalas para avaliação de sedação, delirium e funcionalidade (Richmond Agitation Sedation Scale - RASS, Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit - CAM-ICU e Status Score for the Intensive Care Unit - FSS, respectivamente), sem disfunções neurológicas, renais e hepáticas prévias, com capacidade de verbalização e que não fossem admitidos via transferência externa. Resultados: Foram inclusos 104 pacientes com idade média de 59,7 ± 15,3 anos, sendo 53,2% do sexo masculino, com 49% sendo hipertensos e 79,8% negando tabagismo. Não houve significância estatística entre os fármacos sedativos com o desencadeamento de delirium (p>0,05). O Midazolam foi o fármaco mais utilizado, seguido pelo Citrato de fentanila, a doses 6,7 ± 4,6 ml/h, por 3,4 ± 3,6 dias de uso. Os pacientes com delírio tiveram escore na FSS-ICU condizentes a máxima dependência (54,8%), na UTI e 18,2% na enfermaria. Conclusões: Não há associação entre o uso de fármacos com ação sedativa para o desenvolvimento de delirium. O Midazolam foi o agente sedativo mais utilizado nas unidades de terapia intensiva e associado a maioria dos casos positivos para a encefalopatia aguda a baixas dosagens e aplicação por poucos dias. Houve alteração funcional nos pacientes delirantes na UTI, com os mesmos tornando-se dependentes moderados a máximos para transferências e/ou locomoção, durante o internamento.
- ItemTuberculose Ativa em Pacientes com Doença Inflamatória Intestinal sob Tratamento, em uma Região Endêmica do Nordeste do Brasil, na América Latina(2020-11-28) Fortes, Flora Maria LorenzoIntrodução: A doença inflamatória intestinal (DII) tem maior incidência e prevalência nos países desenvolvidos. A terapia com o anti fator de necrose tumoral alfa (anti-TNF α) para o tratamento de doenças inflamatórias imunomediadas levou a um melhor prognóstico e qualidade de vida para esses pacientes. A tuberculose é uma doença infecciosa muito comum no Brasil, sendo considerada um grave problema de saúde pública. Devido à provável associação entre a terapia anti-TNFα e o desenvolvimento de TB ativa, alguns estudos foram realizados com o intuito de avaliar essa associação. No entanto, estudos no Brasil e na América Latina sobre o desenvolvimento de TB ativa em pacientes com DII em tratamento são escassos. Objetivo: Avaliar o risco de tuberculose ativa e possíveis variáveis associadas em pacientes com DII sob tratamento em área endêmica do nordeste do Brasil, na América Latina. Materiais e Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, incluindo pacientes com DII acompanhados em um centro de referência em Salvador, Bahia. Um questionário padrão, estruturado, foi preenchido com revisão de prontuários e entrevista, incluindo variáveis demográficas (sexo, idade); tipo de DII, aspectos clínicos da DII; história de TB ativa durante o tratamento; características e evolução da TB ativa; triagem e resultados iniciais e, quanto tempo após o início do anti-TNF α, a TB ativa foi desenvolvida. Resultados: Foram avaliados 301 pacientes com DII, 186 (61,8%) com retocolite ulcerativa e 115 (38,2%) com doença de Crohn. A média de idade (DP) foi de 45,8 (± 15,0) anos. Houve alta frequência de mulheres (62,5%) e de área urbana (82,7%). A terapia com imunossupressores, especificamente azatioprina, anti-TNF α e a combinação desses dois fármacos, associou-se a um maior risco de incidência de tuberculose ativa, com risco relativo de 5,85 (1,20 - 28,48); 3,93 (1,01 - 15,29) e 9,03 (2,38 - 34,28), respectivamente. A análise multivariada reforçou, consistentemente, que a terapia com bloqueadores do TNF α e com azatioprina aumentou significativamente o risco relativo de desenvolver TB ativa, em comparação com outros tratamentos. Quatro modelos multivariáveis foram avaliados e, em todos, o uso de bloqueadores do TNF α isoladamente ou em combinação com azatioprina foram fatores de risco importantes para a incidência de tuberculose ativa. De fato, quando ajustado para sexo, idade, tipo de DII e TB latente, o anti-TNF α com azatioprina aumentou, consistentemente, o risco relativo para 17,8 vezes mais que o tratamento convencional (IC95%: 5,91 - 53,67; p <0,001). Considerações Finais: o tratamento com anti-TNF α, azatioprina e a associação desses dois medicamentos aumentou, significativamente, o risco de TB ativa em pacientes com DII em uma área endêmica do nordeste do Brasil, na América Latina. Este risco aumentou quando o anti-TNF α foi combinado com a azatioprina. A TB tardia, diagnosticada 3 meses após o início do anti-TNF α, foi a mais frequente, sugerindo uma nova infecção por TB.
- ItemEfeitos Nos Níveis Séricos, Adesão Terapêutica, Parâmetros Clínicos,e Hematológicos Após Mudança em Posologia do Ácido Fólico em Crianças Com Doença Falciforme(2020-12-12) Soares, Maria Isabel SilvaIntrodução: A Doença Falciforme (DF), uma das patologias hematológicas hereditárias de mais elevada frequência mundial, tem no estado da Bahia, a maior incidência do Brasil. Em seu manejo, o ácido fólico (AF) apresenta-se como terapia profilática para a anemia hemolítica persistente. Em geral, o AF era utilizado em doses diárias de 5mg, após os dois anos de idade. Atualmente, tem-se preconizado a redução desta posologia, sendo recomendado a dose de 5mg, três vezes na semana. Objetivo: Comparar os níveis séricos de ácido fólico, em crianças com DF, acompanhadas por Serviço de Referência em Triagem Neonatal do estado da Bahia, durante o período de novembro de 2018 a março de 2020, antes e após a mudança na posologia prescrita desse medicamento, analisando-se os efeitos clínico-laboratoriais e de adesão terapêutica. Métodos: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com crianças entre 2 a 11 anos, com hemoglobinopatias SS ou SC, diagnosticadas pela triagem neonatal, em uso de AF. Foram aplicados questionários validados, Teste de Morisky-Green (TMG) e Brief Medication Questionnaire (BMQ), para avaliação da adesão à farmacoterapia, e coleta, em prontuário eletrônico, de dados sociodemográficos, parâmetros hematológicos, níveis séricos de AF, e eventos clínicos. Após três a quatro meses da mudança, nova mensuração e avaliação dessas variáveis foram realizadas. Após análise descritiva, comparação dos níveis de AF, parâmetros hematimétricos, adesão e eventos clínicos foram realizados com teste de McNemar e teste de Wilcoxon. Resultados: Todas as 50 crianças apresentaram níveis medianos de folato sérico elevados nos dois momentos de aferição. A atualização da prescrição reduziu os níveis séricos de folato em 22%, no entanto sem alterações no percentual de indivíduos com folato elevado. Esse achado foi ainda mais significativo para as crianças em uso de AF 5mg/dia, que tiveram suas prescrições ajustadas para AF 5mg, 3x/semana (p=0,040). A adesão terapêutica foi “máxima” em apenas 36,8% e 39,5%, respectivamente para o TMG e BMQ. Considerações finais: O ajuste das prescrições de AF reduziu os níveis séricos medianos de folato, no entanto, sem alterações relevantes para parâmetros hematimétricos, eventos clínicos e adesão. Dessa forma, faz-se necessário reavaliar a aplicação posológica de suplementação adequada do ácido fólico, considerando condições clínicas da criança, impactos futuros a sua saúde e custo-efetividade.
- ItemEstudo comparativo da harmonização regulatória para a farmacovigilância na indústria farmacêutica entre Brasil, Estados Unidos da América e Europa(2020-12-18) Rocha Neto, Sebastião Lomba daIntrodução: A farmacovigilância é a ciência responsável pela detecção e avaliação das reações adversas a medicamentos com o principal objetivo de prevenir sua ocorrência. Sua importância é notável, uma vez que os estudos de pré-comercialização são limitados para identificar todos os eventos adversos (EA) na população. As indústrias farmacêuticas têm importante papel na avaliação das notificações dos seus produtos e da revisão periódica de sua segurança. Neste sentido, elas também devem possuir seus próprios centros de farmacovigilância para tratamento e notificação de EA aos seus produtos, de acordo com as normas sanitárias dos países em que atuam. Objetivo: Esta pesquisa teve como objetivo analisar, comparativamente, o grau de harmonização das exigências regulatórias para a normatização da farmacovigilância para a indústria farmacêutica entre o Brasil, Estados Unidos da América (EUA) e Europa. Material e Métodos: Foram identificadas normas atuais e anteriores para notificação de Eventos Adversos (EA) pelas indústrias farmacêuticas às agências regulatórias das regiões estudadas. Foram elaborados 17 indicadores qualitativos e um sistema de pontuação para realizar o estudo comparativo das normas. Resultados: No total, foram avaliados 68 indicadores, 73,5% deles foram classificados como “Cumpre totalmente; 19,1% como “Cumpre parcialmente” e; 7,4% como “Não cumpre”. Para a RDC nº 04/2009, 82,4% foram classificados como “Cumpre totalmente” e 17,6% como “Cumpre parcialmente”. Já a RDC nº 406/2020 obteve 70,6% como “Cumpre totalmente” e 29,4% como “Cumpre parcialmente”. Para a norma da FDA, 47,1% foram classificados como “Cumpre totalmente”, 23,5% como “Cumpre parcialmente” e 29,4% como “Não cumpre”. A regra europeia obteve 94,1% como “Cumpre totalmente” e 5,9%. como “Cumpre parcialmente”. Conclusões: Os indicadores propostos foram capazes de identificar as diferenças de harmonização das normas avaliadas. Os regulamentos brasileiros se assemelham mais ao europeu, em especial com relação ao detalhamento das exigências, à documentação e ao sistema de qualidade. A norma norte-americana tem foco na identificação e propagação de sinais de segurança pós-comercialização e estudos farmacoepidemiológicos. As normas brasileiras evoluíram após sua revisão. A harmonização das regras de farmacovigilância para DRM é importante ferramenta para a comunicação global de informações de segurança, permitindo melhor avaliação do perfil benefício/risco, gerando o uso mais seguro e protegendo à saúde pública.
- ItemImpacto de um Programa de Intervenções na Adesão a Medicamentos em Pacientes com Colite Ulcerativa: Ensaio Clínico Randomizado(2020-12-31) Pacheco, Mila PalmaIntrodução: A colite ulcerativa (RCU) é uma doença crônica que necessita de medicamentos contínuos para seu controle e, portanto, a falta de adesão se constitui uma barreira para o alcance das metas terapêuticas. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de intervenções em pacientes com RCU não aderentes ao tratamento medicamentoso. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado paralelo com dois braços (1:1) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram incluídos pacientes diagnosticados com RCU classificados como não-aderentes de acordo com teste Morisky Green (TMGL), dentre outros critérios. O programa foi composto por intervenções educacionais e comportamentais. Desfecho primário: taxa de adesão em 180 dias de acordo com TMGL, sendo o risco relativo (RR) com IC95% utilizado como medida de eficácia e Regressão logística utilizada para estimar RR ajustados (IC95%) para confundidores. Desfecho secundário: qualidade de vida (QdV) em 180 dias de acordo com SF-36. Análise da QdV foi realizada comparando-se as medianas das diferenças dos 8 domínios do escore SF-36, pré e pós intervenções com o teste t de Student. As variáveis que apresentaram diferenças de p<0,20 foram incluídas na construção dos modelos de Regressão Linear Múltipla. A análise incluiu os dados de agosto/2019 a outubro/2020. Resultados: Foram alocados 46 e 49 pacientes no grupo controle (GC) e intervenção (GI), respectivamente, e 76 tinham finalizado o protocolo até outubro de 2020. A maioria (67/70,5%) era do sexo feminino, foi mais frequente a declaração de cor da pele preta (43/45,7%) e de procedência urbana (85/89,5%). Oitenta e dois (86,3%) participantes tinham moderada adesão, sendo 56 (58,9%) do tipo não intencional. Na linha de base, o GC teve maior proporção de não aderentes intencionais quando comparados ao GI (p=0,004). Não foi observada melhor taxa de adesão pós intervenções, mesmo após ajuste por tipo de não adesão OR 0,91 (IC95%: 0,34-2,46). Na análise multivariada, as intervenções se mantiveram eficazes como promotoras de melhores escores de QdV para o domínio “Dor”, quando ajustado para gravidade da RCU e estado civil (β=16,990, p=0,008), e para o domínio “Vitalidade”, quando ajustado para gravidade da RCU (β=10,056, p=0,027). Conclusões: Nesta pesquisa, o programa de intervenções demonstrou uma melhoria significativa para a QdV, em específico para os domínios de “Dor” e “Vitalidade”. Este resultado é de extrema importância para pacientes de RCU, por ser uma doença crônica, incurável, com reconhecido impacto negativo na QdV. A exposição ao programa de intervenções proposto não foi capaz de produzir diferença significativa entre grupos comparativos na taxa de adesão aos medicamentos para os pacientes não aderentes com RCU. No entanto, sugerimos que em futuros estudos, sejam consideradas diferenças de menor magnitude do desfecho para o cálculo amostral, menores intervalos para mensuração da adesão, e inclusão de novas formas de interação entre o paciente e equipe assistencial.
- ItemAvaliação da atividade antimicrobiana de nanopartículas de prata biossintetizadas a partir da Schinus terebinthifolius Raddi(2021-02-12) Ferreira, Milene DiasIntrodução: A resistência microbiana e a carência de novos antimicrobianos são problemáticas de saúde pública que reduzem as alternativas de tratamento de doenças infecciosas. Nesse contexto, as nanopartículas de prata (AgNPs) apresentam-se como uma nova perspectiva antimicrobiana. As AgNPs produzidas através da síntese verde empregando extrato vegetal derivados de plantas medicinais, como a S. terebinthifolius, podem apresentar maior potencial biológico e menor toxicidade em virtude do revestimento superficial por compostos orgânicos oriundos do vegetal. Objetivos: Avaliar a atividade antimicrobiana das nanopartículas de prata sintetizadas a partir do extrato aquoso das folhas da Schinus terebinthifolius Raddi. Materiais e Métodos: O planejamento fatorial completo 23 foi realizado para triagem das variáveis significantes, posteriormente o desenho Box Behnken foi empregado para definir as condições ótimas para síntese verde das AgNPs. A caracterização através das técnicas de DRX, MEV e FTIR. A avaliação da atividade antimicrobiana foi realizada através da metodologia de microdiluição em caldo de acordo CLSI com modificações e concentração microbicida mínima (CMM). Resultados: Os três fatores estudados no planejamento foram significativos para síntese das nanopartículas, a partir disso foi realizado o Box Behnken para obtenção das condições ótimas para síntese. Os ensaios antimicrobianos demonstraram maior efetividade das AgNPs em comparação ao extrato aquoso das folhas da S. terebinthifolius contra todos os microrganismos testados, como também ação bactericida contra P. aeuginosa. Considerações Finais: O extrato aquoso das folhas da aroeira foi eficaz na síntese das AgNPs. A atividade antimicrobiana evidenciou que as AgNPs apresentaram ação contra todos microrganismos testados com CIM menor em comparação com o extrato aquoso das folhas da aroeira.
- ItemControle de qualidade e perfil metabólico de drogas vegetais associadas para o preparo de chás, comercializadas em Salvador-Bahia, Brasil(2021-03-01) Góis, Ferdinando LucasProdutos tradicionais têm sido comercializados no mercado global dos grandes centros urbanos e através da “internet”. Na milenar Medicina Tradicional Chinesa, drogas vegetais preparadas através do aquecimento em água, contribuem com sucesso para manutenção da saúde do povo chinês. No Brasil, as políticas públicas para inserção da fitoterapia no sistema de saúde e a regulação sanitária de fitoterápicos tradicionais têm avançado bastante. Por outro lado, a consolidação destas iniciativas esbarra nas divergências de parâmetros sanitários e nos desafios impostos na realização de ensaios com drogas associadas (misturas). O objetivo deste estudo foi realizar a caracterização física, físico-química e microbiológica, bem como o perfil fitoquímico de drogas vegetais associadas, tradicionalmente usadas no preparo de chás com função emagrecedora, comercializadas na região central de Salvador e Lauro de Freitas, na Bahia. As metodologias seguiram normas vigentes para chás dietéticos e medicinais, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, como a Farmacopéia Brasileira, 6º edição (2019), artigos científicos na área e referências oficiais. As análises microbiológicas seguiram metodologia da American Public Health Association, 4ª edição (2001). Foram realizados: análise de conformidade de informações nos rótulos e embalagens, ensaios para caracterização organoléptica, teor de material estranho, densidade aparente, teor de cinzas totais e cinzas insolúveis em ácido clorídrico, teor de umidade, presença de Salmonella sp., coliformes termotolerantes, bolores e leveduras; teor de extrativos em água, fenólicos e flavonóides totais e atividade antioxidante pelo método de seqüestro do radical livre: 2,2-difenil-1-picril hidrazil (DPPH). Além disso, foi realizada a caracterização de marcadores quimiotaxonômicos de plantas-alvos nas misturas, com uso de Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio. Com exceção da amostra 7A, sete produtos encontraram-se rotulados como bebidas dietéticas, mesmo com termos que alegam função emagrecedora. Uma amostra mostrou-se em desacordo com parâmetros microbiológicos para chás dietéticos (1A) e duas para chás medicinais (1A e 3A). Três amostras mostraram elevada capacidade antioxidante, com índice de atividade inferior a 0,5 mg.mL-1 (4A, 5A e 6A). Exceto a amostra 1A, todas demonstraram teor de fenólicos totais superiores a 100 mg Equivalentes de Ácido Gálico/grama de extrato. As amostras 1A e 6A, demonstraram teor de flavonóides totais acima de 50mg Equivalentes de Quercetina/grama. Duas amostras (3A e 4A) não demonstraram marcadores quimiotaxonômicos de drogas descritas nas embalagens. O estudo sugere a necessidade de readequação das embalagens pelos fabricantes, intensificação da fiscalização sanitária local, harmonização de parâmetros microbiológicos em DVA para chás, fervura no preparo destas bebidas, estudos "in vivo" para confirmação da bioatividade e montagem de bancos de dados com os resultados destes ensaios, a fim de colaborar com instituições de pesquisa, indústrias, autoridades sanitárias e agências reguladoras.
- ItemAvaliação da atividade antileishmania de derivados do ácido betulínico(2021-03-11) Magalhães, Tatiana Barbosa dos SantosIntrodução: As leishmanioses são doenças endêmicas causadas por diferentes espécies de parasitos intracelulares do gênero Leishmania. O tratamento utilizado para estas doenças é o mesmo há décadas e está associado a efeitos adversos graves, baixa eficácia, elevada toxicidade, dificuldade de administração, alto custo e crescente resistência. Diante disto, torna-se necessária a identificação de novos fármacos com ação leishmanicida mais efetivos do que as substâncias atualmente disponíveis. O ácido betulínico é um composto de origem natural presente em regiões de mata atlântica do nordeste brasileiro, com atividade anti-inflamatória e antiparasitária já relatadas na literatura. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo investigar o potencial leishmanicida de derivados do ácido betulínico em ensaios in vitro frente a diferentes espécies de leishmania, bem como os seus possíveis mecanismos de ação. Materiais e métodos: Inicialmente, ensaios de citotoxicidade frente a células de mamíferos e a avaliação da viabilidade de formas promastigotas de diferentes espécies de leishmania foram realizados in vitro. A partir destes dados, foram determinados a CC50 e a CI50 dos compostos. Ensaios de apoptose e necrose, ciclo celular, potencial de membrana mitocondrial foram realizados por citometria de fluxo, além da microscopia eletrônica de varredura a fim de elucidar os possíveis mecanismos de ação. Por fim, foi realizado ensaio de terapia combinada a fim de avaliar sinergismo entre BA5 e anfotericina B. Resultados e discussão: Os derivados do BA foram mais potentes que o protótipo (BA: CC50=18,8 ± 0,1 μM; CI50>100 μM para as espécies de leishmania em estudo). O BA5 e BA8 apresentaram baixa citotoxicidade (CC50=31,1±1,2 μM ;53,5 ± 0,4 μM) e inibiram a proliferação de formas promastigotas de L. amazonensis (CI50=4,5±1,1 μM; 8,1± 0,8 μM), L. major (CI50= 3,0± 0,8 μM ;12,89 ± 0,5 μM), L. braziliensis (CI50= 0,9 ± 1,1 μM;1,3 ± 0,09 μM) e L. infantum (CI50 = 0,15 ± 0,05μM). Os compostos também reduziram a porcentagem de macrófagos infectados por L. amazonensis e o número de parasitos intracelulares/macrófago. O BA5 apresentou CI50= 4,1 ± 0,7μM e o BA8 exibiu CI50= 5,9 ± 0,4 μM. Formação de blebs na membrana, alterações no tamanho e danos flagelares foram observadas após análise ultraestrutural por MEV de promastigotas incubadas com BA5. Análises de citometria de fluxo demonstraram que o BA5 induz apoptose e parada no ciclo celular na fase G0/G1. Não houve alteração de potencial da membrana mitocondrial de L. amazonensis após o tratamento com o BA5. Surpreendentemente, a combinação de BA5 e anfotericina B revelou efeito sinérgico contra as formas promastigotas de L. amazonensis. Em conclusão, o composto BA5 é um agente antileishmania eficaz, seletivo e uma alternativa terapêutica promissora no tratamento das leishmanioses.
- ItemDoença de Alzheimer: biomarcadores e o papel do perfil inflamatório no líquido cefalorraquidiano(2021-03-15) Ribeiro, Leidson Rodrigo TeixeiraIntrodução: A doença de Alzheimer (DA) é uma doença crônica, progressiva e irreversível que afeta a estrutura e a função do cérebro humano. Acredita-se que o acúmulo de peptídeos beta amilóides e a formação de emaranhados neurofibrilares sejam os caminhos para a lesão neuronal na DA. Objetivos: Investigar a correlação entre biomarcadores de neurodegeneração e o perfil inflamatório no líquido cefalorraquidiano de pacientes com DA e Transtorno cognitivo leve (TCL). Materiais e métodos: Este trabalho está dividido em 02 etapas. Na primeira etapa foi realizado um estudo observacional, transversal, analítico envolvendo 51 pacientes com diagnóstico de TCL ou DA. Os dados dos prontuários médicos, incluindo marcadores bioquímicos, resultados do painel inflamatório e características clínicas relacionadas aos biomarcadores do LCR (p-tau, t-tau e Aβ 1-42), foram revisados, plotados e analisados. Na segunda etapa, foi realizado uma serie de casos por amostragem de conveniência de 06 pacientes do laboratório de liquorologia da bahia que foram submetidos a análise dos biomarcadores e a todo o painel inflamatório do LCR. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da UNEB sob o CAAE 22913919.4.0000.0057. Resultados e Discussão: Nossa população foi composta por 27 homens (52,9%) e 24 mulheres (47,1%), com média de idade de 73 anos (± 10,14). Foi encontrada uma correlação positiva não linear entre a lactato desidrogenase (LDH) e os níveis de p-tau (r: 0,548; p <0,001) e t-tau (r: 0,757; p <0,001). Uma correlação negativa entre os níveis de lactato e p-tau no LCR (r: 0,399; p <0,005) e uma correlação positiva entre aspartato aminotransferase (AST) e os níveis de p-tau no LCR (r: 0,489; p <0,001). A correlação positiva entre os níveis de LDH e proteína tau aponta para um papel potencial do estresse oxidativo na DA. Além disso, a correlação negativa entre os níveis de lactato e p-tau no LCR pode sugerir um efeito prejudicial da proteína tau no metabolismo celular. Considerações finais: Biomarcadores oxidativos, hemolíticos e inflamatórios podem ser considerados moléculas promissoras na investigação auxiliar da DA. Simplicidade técnica, baixo custo e sua associação potencial com os níveis de p-tau e t-tau devem encorajar a busca de uma melhor compreensão do papel da LDH e do lactato na fisiopatologia, acompanhamento médico e como potenciais alvos terapêuticos da DA.
- ItemCitocinas inflamatórias e o perfil infecto-contagioso: possível relação com a doença de alzheimer(2021-03-15) LEMOS, Glesley Vito Lima; CERQUEIRA, Bruno Antônio Veloso; SANTOS JÚNIOR, AnÍbal de Freitas; GIUFFRIDA, Fernando de Mello Almada; MELO, Paulo Roberto Santana deIntrodução: A doença de Alzheimer (DA) figura-se entre as principais doenças neurodegenerativas do mundo, sendo caracterizada por declínio progressivo de habilidades cognitivas. Ela se caracteriza pela formação de placas neuríticas de peptídeo Aβ e pelo acúmulo intracelular de emaranhados neurofibrilares (NFT). A etiologia da neurodegeneração pode ter como gatilho o processo oxidativo decorrente da neuro-inflamação, bem como o contágio de doenças infecciosas. Muitas são as evidências que sinalizam a relação entre o agravamento da DA e a elevação da concentração de citocinas inflamatórias. É possível que a neuro-inflamação tenha relação com doenças infecciosas, as quais intensificam a resposta imuno-inflamatória. Objetivos: Analisar o perfil sociodemográfico dos pacientes em análise, relacionar a etilologia da DA ás doenças infecciosas, analisar o papel das citocinas inflamatórias e relação com progressão da DA. Materiais e Métodos: Este estudo está desenhado em corte transversal com análise retrospectiva dos prontuários médicos e variáveis envolvidas, seguido de uma revisão sistemática sobre a relação das citocinas inflamatórias de maior prevalência na DA, usando modelo de fluxograma PRISMA. Resultados: Nossa população foi composta por 27 homens (52,9%) e 24 mulheres (47,1%), com mediana de idade de 73 anos (± 10,14). Foi encontrada alta prevalência (19/51) de pacientes com IgG positivo para Toxoplasma gondii. Quanto as citocinas inflamatórias com potencial de interferir na progressão da DA, Interleucinas e Fator de Necrose Tumoral (TNF-alfa) aparecem com maior frequência na literatura. Discussão: Evidências sugerem que as doenças infecciosas podem contribuir para o caráter insidioso da DA; neste estudo, apesar de não apresentar correlação, a infecção por Toxoplasma gondii aparece com ala prevalência em pacientes com DA; diversas citocinas de caráter pró-inflamatório são relatadas como potenciais gatilhos neuro-inflamação e neurodegeneração, favorecendo a progressão da DA. Dentre as principais citocinas, tem-se o Fator de Necrose Tumoral (TNF-alfa) e algumas interleucinas, como IL-1 e IL-6. Considerações finais: apesar de não haver correlação positiva, doenças infecciosas podem contribuir com o processo inflamatório e oxidativo no cérebro de pacientes com DA, elevando a concentração de citocinas inflamatórias e contribuindo negativamente com a progressão da doença.
- ItemInfluência da cirurgia bariátrica e da esteatose hepática nos níveis séricos de ferro e ferritina em indivíduos com obesidade(2021-03-25) LEITE JÚNIOR, Gerson da Costa; GIUFFRIDA, Fernando de Mello Almada; MACIEL, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; VALASQUES JUNIOR, Gildomar LimaIntrodução: A cirurgia bariátrica é considerada o tratamento mais eficaz para o controle da obesidade severa, contudo, os pacientes submetidos a este procedimento apresentam maior risco de desenvolver deficiências nutricionais pela limitação diminuição na absorção de nutrientes essenciais. A prevalência de obesos com esteatose hepática é elevada, e mais de 80% dos pacientes obesos apresentam algum grau dessa comorbidade. A anemia e a esteatose hepática são achados frequentes em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, e apesar dos estudos demonstrarem que apenas uma pequena fração dos pacientes com esteatose, evoluem para cirrose e ou carcinoma hepatocelular, é importante que essas patologias sejam investigadas pois podem trazem riscos, seja agravando o estado do obeso no pré ou pós-cirurgico. Objetivos: O presente trabalho abordou as implicações da cirurgia bariátrica sobre a absorção do ferro e ferritina, analisou a influência da esteatose hepática sobre os níveis de ferro e ferritina e o tratamento medicamentoso nessa população. Materiais e Métodos: Foram analisados os parâmetros clínicos e laboratoriais, todos em 4 tempos (pré-operatório, 1, 3 e 6 meses após a cirurgia): peso, índice de massa corpórea, pressão arterial, ferro, ferritina, vitamina B12, folato, hemoglobina (HB), gama-glutamil transferase (GGT), alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), bem como o uso de medicamentos para tratamento farmacológico para deficiências de ferro. Resultado e Discussão: No pré-operatório os indivíduos estudados apresentaram níveis de ferritina elevados, que pode representar um sinal de gravidade de doenças como a esteatose. Houve queda nos níveis de ferritina no 3º e 6º meses, nos pacientes de ambos os grupos. No 6º mês os níveis de ferritina apresentaram interação significativa com os resultados tanto do pré-operatório quanto da comparação desse com o pós-operatório. Também apresentou interação significativa com a presença de esteatose, com valores de ferritina maiores no grupo com esteatose moderada/grave. O ferro no 3º e 6º meses apresntou uma queda significativa em comparação ao pré-operatório. Houve interação significativa com a presença de esteatose no 6º mês (os valores de ferro foram maiores no grupo com esteatose moderada/grave). Conclusão: Os níveis de ferro e ferritina devem ser monitorados e adequados desde o pré-operatório, pois a esteatose hepática em pacientes obesos pode gerar um desequilíbrio em enzimas importantes, com o as transaminases, e consequentemente se apresentar como um fator de risco a ser monitorado, e não somente a reposição de micronutrientes
- ItemAvaliação da exposição a agrotóxicos por trabalhadores rurais no Município de Crisópolis - Bahia(2021-07-20) PORTO, Murilo de Jesus; TELES, André Lacerda Braga; GONDIM, Antônio Nei Santana; SANTOS, Liz Oliveira dosIntrodução: Os agrotóxicos ou agroquímicos são grupos de substâncias que agem no meio ambiente agrícola, a fim de controlar distintos elementos que prejudiquem o cultivo das plantações. O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, o que preocupa os distintos setores de vigilância em saúde, pois estudos comprovam que a exposição a agrotóxicos diminui a atividade de uma enzima denominada acetilcolisterase, levando o indivíduo a apresentar um quadro decorrente de intoxicações agudo e/ou crônico. Objetivos: avaliar se os agrotóxicos estão interferindo na saúde/bem-estar dos trabalhadores rurais do município de Crisópolis – Bahia, os objetivos específicos visam em caracterizar aspectos sociodemográficos dos trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos entrevistados no trabalho com relação ao sexo, faixa etária, escolaridade, etnia e profissão; descrever aspectos relacionados a utilização dos agrotóxicos por agricultores do município de Crisópolis; caracterizar os fatores de riscos relacionados a aplicação, diluição e descarte dos agrotóxicos, adotados pelos agricultores na região de Crisópolis e caracterizar a sintomatologia autorreferida pelos trabalhadores rurais participantes da pesquisa e sua relação a exposição aos agrotóxicos. Materiais e Métodos: Possui um cunho exploratório analítico, cuja natureza é transversal, uma vez que a população da pesquisa foi composta por 50 trabalhadores rurais pertencentes a agricultura familiar (grupo exposto) e 50 trabalhadores de diversas áreas de atuação da região urbana (grupo controle) do município de Crisópolis. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário semiestruturado, onde todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Todos os dados coletados foram tabulados no software Microsoft® Office Excel, versão 2019 e exportados para o módulo estatístico PSSP (versão 2019) para análise. Resultados e Discussão: 54% dos agricultores têm entre 25 a 45 anos, seguido de 84% para sexo masculino, assim, 46% têm ensino fundamental incompleto, sendo sua maioria com 72% pertencente a comunidade de brejinho, quanto ao cultivo de produtos, 70% possui plantio de feijão. 18% dos trabalhadores rurais afirmaram viver próximos a corpos d’águas como rios, nascentes e riacho, 26% declaram que utilizam os corpos d’água para consumo animal e 2% para abastecimento humano, 96% dos trabalhadores usam substâncias químicas para destruir as pragas, 88,0% dos trabalhadores utilizam Mirex-S, seguido de 88% utilizam o 2,4-D + picloram e 42% usam Diclorvós + cipermetrina, sendo que 60% dos participantes não tem nenhuma orientação no momento da compra. Sobre o processo sintomatológico mais apresentado e autorreferidos interligado ao trabalho, 22% afirmação cefaleia, seguido de visão turva com 22%, já o grupo controle, 6% apresentam dor de cabeça, seguido de visão turva com 0%, havendo um valor de p<0,001, tendo significância entre ambos os participantes da pesquisa. Considerações Finais: torna-se evidente que trabalhadores rurais do município de Crisópolis-Ba estão expostos a diversos riscos ocupacionais voltados à intoxicação por agrotóxicos.
- ItemInvestigação da atividade do (E)–N’–(3,4– DIMETOXIBENZILIDENO)– 4– METOXI-NMETILBENZOHIDRAZIDA na remodelação óssea(2021-07-30) LIMA, Juliana Dizaira Teles de; GUIMARÃES, Elisalva Teixeira; TADDEI, Silvana Rodrigues de Albuquerque; TELES, Andre Lacerda Braga; AGUIAR, Marcio CajazeiraA remodelação óssea pode ser modulada tanto pela resposta imune quanto por ação de carga mecânica sobre o tecido. O desequilíbrio desse processo caracteriza a osteoporose, uma doença osteoimunológica. Atualmente, os medicamentos para a osteoporose incluem os inibidores da reabsorção óssea e os promotores da formação óssea, porém, ambos apresentam efeitos adversos. O presente estudo tem como objetivo avaliar o efeito do (E)-N’-(3,4- dimetoxibenzilideno)-4-metoxi-N-metilbenzohidrazida (LASSBio-1386), um derivado das Nacilhidrazonas, na diferenciação de células ósseas in vitro e na remodelação óssea em modelo murino de osteoporose associada à força ortodôntica. Para os ensaios in vitro, células-tronco mesenquimais (CTM) foram obtidas da medula óssea de camundongos fêmeas C57BL/6. A citotoxicidade do LASSBio-1386 frente às CTMs foi realizada para determinar a concentração atóxica. A influência do composto na diferenciação das células ósseas também foi avaliada. Nos ensaios in vivo, camundongos fêmeas C57BL/6 foram ovariectomizados (OVX) para a indução da osteoporose. Após 30 dias, foi iniciada a movimentação dentária e o tratamento imediato com dose única de LASSBio-1386. A mensuração da movimentação dentária no osso alveolar foi determinada por análise histopatológica. As citocinas inflamatórias envolvidas na remodelação óssea foram avaliadas no soro de animais por ELISA. As células isoladas da medula óssea apresentaram perfil morfológico e expressão de moléculas de superfície celular que caracterizam as CTM. O LASSBio-1386 aumentou a deposição óssea e diminuiu a diferenciação osteoclástica em ensaios in vitro em concentrações não tóxicas para CTM. No modelo murino de osteoporose associada à força ortodôntica, nenhuma diferença significativa foi encontrada na quantidade de movimentção dentário entre os camundongos tratados e não tratados com LASSBio-1386. No entanto, o composto modulou a produção de citocinas envolvidas na remodelação óssea, apresentando níveis séricos de OPG aumentados e RANKL diminuídos. Esses dados sugerem que o LASSBio-1386 é uma importante molécula com ação antirreabsortiva, influenciando no equilíbrio entre o processo de reabsorção e formação óssea in vitro e in vivo
- ItemEfeitos do uso de betabloqueadores na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada à comorbidades cardiovasculares: revisão sistemática e metanálise(2021-10-27) SANTOS, Natasha Cordeiro dos; CAMELIER, Fernanda Warken Rosa; MACIEL, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta; ARAS JUNIOR, RoqueObjetivo: Sumarizar as evidências existentes sobre os efeitos do uso de betabloqueadores na DPOC associada à comorbidades cardiovasculares em relação aos desfechos gravidade da doença, exacerbações e mortalidade. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática e metanálise. Foram utilizadas as bases de dados EMBASE, MEDLINE, Lilacs, Cochrane Library e Science Direct, com as palavras-chave e sinônimos identificados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), no Medical Subject Headings (MeSH) e Embase Subject headings (Emtree). As medidas de associação utilizadas foram Odds Ratio (ORs) ou Média e Desvio Padrão. A heterogeneidade estatística foi avaliada pelo Teste Q de Cochrane e pelo Teste de Inconsistência I2 e a qualidade dos estudos por meio da Quality Assessment Tool for Observational Cohort and Cross-Sectional Studies. Resultados: A pesquisa resultou em 24.283 artigos, destes 20 foram incluídos na seleção final. Os estudos foram organizados em tabelas com informações como autor, ano; tipo de estudo, duração; fonte de dados, país; amostra, follow up; comorbidade cardiovascular; tipo de betabloqueador; desfecho; resultados. O OR para mortalidade foi de 0,50 (IC 95%: 0,39-0,63; p-valor < 0,00001) e para exacerbações 0,76 (IC 95%: 0,62-0,92; p-valor = 0,005), sendo favorável ao grupo que utilizou betabloqueador. Não houve associação significatica com relação ao desfecho gravidade da doença. Os resultados indicam um alto grau de heterogeneidade entre os estudos e a análise do gráfico de funil revelou presença de risco de viés de publicação para o desfecho exacerbações. Considerações finais: O uso de betabloqueadores em indivíduos com DPOC e doenças cardiovasculares não provocou, de modo geral, efeitos negativos nos desfechos mortalidade e exacerbações. Na gravidade da doença provocou alteração discreta no VEF1. No entanto, foi evidenciada alta heterogeneidade entre os estudos. Em virtude disso, tornam-se necessários mais estudos que tenham como objetivo estudar o efeito do uso de betabloqueador específico na DPOC associada a uma comorbidade cardiovascular também específica.
- ItemDesenho estrutural, síntese e atividades antioxidante, antimicrobiana, antileishmania, anti-inflamatória e anticâncer de um novo derivado acetilado da quercetina(2021-10-29) SILVA, Saul Vislei Simões da; SANTOS JÚNIOR, Aníbal de Freitas; SANTANA, Lourenço Luís Botelho; MEIRA, Cassio Santana; COSTA, Silvia LimaA quercetina é um flavonóide com ação antioxidante e desperta interesse como agente biológico, em especial como potencial agente anticâncer. A baixa solubilidade em água, o extenso metabolismo enzimático e a reduzida biodisponibilidade limitam o emprego biofarmacológico dessa molécula. Esse trabalho objetivou realizar uma modificação estrutural na molécula da quercetina (Q) para a obtenção do análogo quercetina pentaacetato (Q5), visando investigar a sua atividade antioxidante e potencialidades biológicas, em culturas celulares. A rota sintética orgânica consistiu na reação da quercetina (300 mg) com anidrido acético (0,80 mL) e piridina (7,5 mL). O composto obtido foi caracterizado por infravermelho com transformada de Fourrier (FTIR) e por Ressonância magnética nuclear (RMN 1H e 13C). Os sinais dos espectros obtidos evidenciaram a reação de acetilação total. Avaliou-se o potencial antioxidante de Q e Q5 frente ao radical [2,2’-azino-bis (3-etilbenzotiazolin) 6- ácido sulfônico] – ABTS•+. Em seguida, foi avaliado o potencial antibacteriano dos compostos (Q e Q5) pelo método de microdiluição em caldo, e a concentração inibitória mínima (MIC), foi determinada frente às cepas das bactérias Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e Pseudomonas aeruginosa e o efeito fungicida frente à cepa de Cândida albicans. A atividade antileishmania foi realizada pelo teste de citotoxicidade, em culturas axênicas de promastigotas das espécies de Leishmania amazonensis e Leishmania braziliensis. Posteriormente, foi avaliado o potencial anti-inflamatório dos compostos (Q e Q5) através da dosagem da citocina pró-inflamatória fator de necrose tumoral (TNF) e da produção de óxido nítrico (NO), em sobrenadante de macrófagos do exsudato peritoneal de camundongos da linhagem BALB/c, ativados com Lipopolissacarídeo (LPS) e interferon gama (INF-Y). Em adição, foram realizados testes de citotoxicidade pelo método do AlamarBlue, em células cancerígenas da linhagem HepG2 (hepatocarcinoma humano), HL-60 (leucemia promielocítica) e MCR-5 (fibroblastos saudáveis de pulmão humano), e o teste de citotoxicidade do 3-(4,5- di metil tiazol -2-il) -2,5-di fenil brometo de tetrazólio (MTT), para avaliar o potencial anticancerígeno frente a culturas de células C6 (glioma de ratos). Os resultados mostraram que a quercetina foi pouco reativa, nas tentativas de rotas sintéticas reacionais realizadas, entretanto Q5 foi obtido com um rendimento de 54%. Os espectros FTIR e RMN confirmaram as substituições das hidroxilas da molécula da quercetina por grupos acetato, formando o composto Q5. Na análise da atividade de sequestro de radicais livres (ROS) pelo radical ABTS•+, Q5 apresentou atividade inferior (18%, CI50 = 379,560 ± 0,004 µM), quando comparado com Q (29% CI50 = 188,850 ± 0,003 µM), o que se justifica pela substituição das hidroxilas na reação de acetilação. Os compostos (Q e Q5) não demostraram atividade antimicrobiana (MIC> 100 µg mL-1 ). A quercetina não apresentou atividade antileishmania (CI50 > 100 μM) para as espécies testadas. Para a L. braziliensis, o derivado Q5 não demonstrou atividade (CI50 > 100 μM), porém, para L. amazonensis, o análogo exibiu menor valor de CI50 (75,1 ± 4,7 μM). Na atividade anti-inflamatória, os tratamentos com os compostos (Q e Q5) mostraram redução, de forma concentração dependente, sobre a produção de NO e de TNF (p< 0,05). Interessantemente, observou-se uma atividade superior das duas moléculas testadas em concentrações acima de 40µM, quando comparadas com o fármaco padrão, a dexametasona (20 µM). Não foram observadas diferenças estatísticas entre os compostos testados. A atividade anticancerígena para a linhagem HepG2 demostrou valores de CI50 >80 µM para a quercetina e CI50 de 53,86 µM para o análogo obtido. Para a linhagem HL-60, Q5 apresentou valor de CI50 superior ao da quercetina (33,55 e 51,26, respectivamente), demostrando seletividade da molécula sintetizada na indução de morte em células cancerígenas, quando comparada a linhagem de células saudáveis MRC5 (IC50 > 80 µM). Finalmente, a partir do MTT realizado em células C6, evidenciou uma superioridade citotóxica de Q5 (CI50 = 11 µM) quando comparado com a quercetina (CI50 >50 µM), além da promoção de modificações morfológicas celulares para perfis arredondados, ainda não observados na literatura. Conclui-se que o análogo quercetina pentaacetato apresentou efeitos biológicos potenciais, quando comparado com o bioflavonóide quercetina, podendo ser promissor para futuras investigações mais aprofundadas frente a outras culturas celulares, em especial as neurais.
- ItemInvestigação do Efeito Antiarrítmico do Eugenol em modelo de arritmia induzida por corrente de sódio tardia(2021-12) NUNES, Paula Idma Chaves; GONDIM, Antonio Nei Santana; MIRANDA, Artur Santos; TELES, Andre Lacerda Braga; VASCONCELO, Carla Maria Lins DeAs arritmias são a principal causa de morte súbita cardíaca em pacientes com disfunções no coração sendo, portanto, um importante problema epidemiológico e de saúde pública. O eugenol (4-Alil-2-Metoxifenol) é um composto fenólico encontrado em algumas plantas medicinais que, de acordo com estudos prévios, é capaz de modular as atividades mecânica e elétrica do coração principalmente devido à sua interação com os canais de Ca2+ regulados por voltagem. No entanto, o efeito antiarrítmico do eugenol e sua ação sobre os canais de Na+ dependentes de voltagem (Nav) cardíacos é ainda pouco explorado. Deste modo, o presente trabalho objetivou investigar o efeito antiarrítmico do eugenol em um modelo de arritmia cardíaca induzida por Anemonia Viridis Toxin II (ATX-II), uma toxina extraída da espécie Anemonia sulcata que aumenta a corrente de sódio tardia (INa,L) nas células do miocárdio, bem como avaliar o efeito direto dessa substância sobre a INa,L em células de cultura (HEK293).Inicialmente foram utilizadas concentrações crescentes do eugenol (1 a 5.000µM) para avaliar os efeitos inotrópico e cronotrópico negativo relatados na literatura. Para avaliar o efeito do eugenol sobre a arritmogênese cardíaca, o átrio esquerdo, mantido em cuba para órgão isolado e submetido à estimulação elétrica, foi exposto à 10 nM de ATX-II para evocar os eventos arrítmicos, seguido da adição do eugenol (300µM) à solução de banho para avaliar o seu efeito sobre os eventos arrítmicos induzidos por ATX-II. O efeito do eugenol (300 µM) sobre a amplitude da INa,L em células HEK-293 foi verificado utilizando-se a técnica de patchclamp, com células mantidas em um potencial de “holding” de –120 mV e estimuladas com pulsos-testes de 300 ms de duração que despolarizam as células para -20 mV, em intervalos de 5s. O surgimento da INa,L foi estimulado por 3 nM de ATX-II. Lidocaína e Tetrodotoxina (TTX) foram usadas como um controle positivo. Os resultados desta pesquisa demonstraram que o eugenol apresenta efeitos inotrópico negativo sobre o tecido atrial esquerdo e cronotrópico negativo sobre o átrio direito, atuando de modo concentração-dependente. Além disso, esse composto apresentou efeito antiarrítmico em tecido atrial em uma concentração de 300 µM, provavelmente por inibir a INa,L. Essa mesma concentração foi utilizada para os experimentos de eletrofisiologia, e promoveu uma redução na amplitude da INa,L induzida por ATX-II em células HEK-293 que expressavam transitoriamente o NaV1.5 humano, demonstrando uma ação direta do eugenol sobre o NaV1.5. Tais evidências corroboram com a hipótese de que o eugenol tem potencial antiarrítmico podendo ser usado para o controle de condições fisiopatológicas associadas a Síndrome do QT longo do tipo 3 (SQTL3), por exemplo. Estudos complementares, em modelos in vivo, deverão ser realizados para verificar essa possibilidade.
- ItemA ozonioterapia no tratamento da osteonecrose de mandíbula induzida pelos bisfosfonatos: uma revisão integrativa(2021-12-07) SOUSA, Susiane Silva de; CERQUEIRA, Bruno Antônio Veloso; MARCHIONNI, Antônio Márcio Teixeira; SANTOS JÚNIOR, Aníbal de Freitas; MEDRADO, Alena Ribeiro Alves PeixotoO grupo de medicamentos bisfosfonatos (BP) é indicado para o tratamento da osteoporose, osteopenia, doença de Paget, sólidos metastáticos e do mieloma múltiplo. A osteonecrose dos maxilares é uma das reações adversas ao uso desses fármacos, e mais frequente em pacientes submetidos a procedimentos odontológicos invasivos com uso prolongado desses fármacos. A ozonioterapia tem demonstrado ser uma terapia preventiva e terapêutica em portadores de feridas crônicas. O objetivo deste trabalho foi discutir a eficiência do ozônio como uma terapia integrativa ou complementar no tratamento da osteonecrose dos maxilares induzida pelos BP. Foi realizada uma revisão integrativa da literatura que compreendeu artigos publicados nas bases de dados bvs (medline and lilacs), capes, pubmed, scielo e cochrane library nos idiomas inglês e português entre os anos de 2000 a 2020. Quarenta e dois artigos selecionados, mas apenas 08 foram contemplados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão delineados para esta revisão. Dentro dos critérios de inclusão, foram selecionados artigos correlacionados a palavra “ozônio” na terapêutica complementar. Nas exclusões, todos aqueles que não tivessem correlação com o ozônio medicinal na patologia da osteonecrose maxilares foram excluídos. Os resultados sugerem a ozonioterapia como alternativa promissora para os casos de osteonecrose induzida pelo BP. Recomendam-se mais estudos robustos e adicionais para estabelecer protocolos de administração e posologias específicas.
- ItemImpactos do uso de citrato de cafeína na evolução ponderal de recém-nascidos prematuros em unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital filantrópico, em Salvador- Bahia-Brasil(2021-12-22) SILVA, Carina Pereira da; MAGALHÃES, Hemerson Iury Ferreira; SANTOS JÚNIOR, Aníbal de Freitas; TELES, André Lacerda Braga; GUERRA, Felipe Queiroga SarmentoIntrodução: A cafeína tem sido comumente usada para prevenção e tratamento de sintomas relacionados à apneia em bebês prematuros. No entanto a exposição a cafeína pode influenciar no ganho de peso dessa população. Objetivos: Avaliar a evolução ponderal dos recém-nascidos prematuros até 34 semanas em uso de citrato de cafeína em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de um hospital filantrópico, em Salvador-Bahia-Brasil. Materiais e Métodos: Trata-se de uma pesquisa longitudinal prospectiva, de caráter descritivo e exploratório. O estudo avaliou a evolução ponderal dos prematuros até 34 semanas, expostos ao citrato de cafeína nas doses com intervalo de 5mg/Kg a 10mg/Kg. Foram excluídos da pesquisa, prematuros com sepse comprovada por hemocultura e prematuros com anomalias congênitas do trato gastrintestinal. Resultados Preliminares: os prematuros, que receberam uma dose de manutenção de caféina >5mg/Kg/dia, apresentaram uma discreta redução do ganho ponderal. O uso da cafeína associado a outros fatores, não repercutiu negativamente quanto ao ganho calórico. Os prematuros < 32 semanas em uso de cafeína necessitaram de uma ingesta maior de calorias. Considerações Finais: A cafeína contribui positivamente para o tratamento da apneia da prematuridade, porém seu efeito catabólico pode resultar em um menor ganho de peso dos prematuros, o que exige maior atenção ao aporte nutricional, pela equipe multiprofissional de saúde e familiares.
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