Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA)
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Ciências Farmacêuticas (PPGFARMA) por Assunto "Anemia Falciforme"
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- ItemEfeitos Nos Níveis Séricos, Adesão Terapêutica, Parâmetros Clínicos,e Hematológicos Após Mudança em Posologia do Ácido Fólico em Crianças Com Doença Falciforme(2020-12-12) Soares, Maria Isabel SilvaIntrodução: A Doença Falciforme (DF), uma das patologias hematológicas hereditárias de mais elevada frequência mundial, tem no estado da Bahia, a maior incidência do Brasil. Em seu manejo, o ácido fólico (AF) apresenta-se como terapia profilática para a anemia hemolítica persistente. Em geral, o AF era utilizado em doses diárias de 5mg, após os dois anos de idade. Atualmente, tem-se preconizado a redução desta posologia, sendo recomendado a dose de 5mg, três vezes na semana. Objetivo: Comparar os níveis séricos de ácido fólico, em crianças com DF, acompanhadas por Serviço de Referência em Triagem Neonatal do estado da Bahia, durante o período de novembro de 2018 a março de 2020, antes e após a mudança na posologia prescrita desse medicamento, analisando-se os efeitos clínico-laboratoriais e de adesão terapêutica. Métodos: Estudo observacional, longitudinal, prospectivo, com crianças entre 2 a 11 anos, com hemoglobinopatias SS ou SC, diagnosticadas pela triagem neonatal, em uso de AF. Foram aplicados questionários validados, Teste de Morisky-Green (TMG) e Brief Medication Questionnaire (BMQ), para avaliação da adesão à farmacoterapia, e coleta, em prontuário eletrônico, de dados sociodemográficos, parâmetros hematológicos, níveis séricos de AF, e eventos clínicos. Após três a quatro meses da mudança, nova mensuração e avaliação dessas variáveis foram realizadas. Após análise descritiva, comparação dos níveis de AF, parâmetros hematimétricos, adesão e eventos clínicos foram realizados com teste de McNemar e teste de Wilcoxon. Resultados: Todas as 50 crianças apresentaram níveis medianos de folato sérico elevados nos dois momentos de aferição. A atualização da prescrição reduziu os níveis séricos de folato em 22%, no entanto sem alterações no percentual de indivíduos com folato elevado. Esse achado foi ainda mais significativo para as crianças em uso de AF 5mg/dia, que tiveram suas prescrições ajustadas para AF 5mg, 3x/semana (p=0,040). A adesão terapêutica foi “máxima” em apenas 36,8% e 39,5%, respectivamente para o TMG e BMQ. Considerações finais: O ajuste das prescrições de AF reduziu os níveis séricos medianos de folato, no entanto, sem alterações relevantes para parâmetros hematimétricos, eventos clínicos e adesão. Dessa forma, faz-se necessário reavaliar a aplicação posológica de suplementação adequada do ácido fólico, considerando condições clínicas da criança, impactos futuros a sua saúde e custo-efetividade.