Este trabalho apresenta o resultado de uma pesquisa sobre As Representações Discentes em relação às práticas docentes de avaliação em Língua Portuguesa. Tendo sido realizada com estudantes de 5a a 8a séries do Ensino Fundamental, no Colégio Municipal Manoel Novaes. A avaliação é uma importante prática educacional no processo de construção de conhecimento, uma vez que ela guia a ação pedagógica. A discussão sobre como as ações avaliativas devem ocorrer dentro do contexto escolar estão sendo constantemente colocadas em xeque e sendo pautas de debates por docentes. O aprendiz, deste modo, fica passivo, apenas como um recebedor destas ou daquelas imposições avaliativas. Partindo desta percepção é que se fez válido realizar uma análise que comece dessa vez, pelo aluno, e não pelo professor, acerca dos processos avaliativos utilizados pela escola. Sendo assim, a realização deste trabalho esteve pautada numa concepção de pesquisa qualitativa, cujo resultado não constitui um fim em si mesmo, mas vai adquirir sentido dentro do amplo processo de construção de conhecimentos. As investigações serão realizadas no intuito de se aproximar da realidade, uma vez que é sabido que a verdade não é absoluta e sim relativa, e deste modo sua execução possibilitou que fosse feito um panorama geral sobre as representações dos alunos acerca dos instrumentos avaliativos de Língua Portuguesa. O resultado trouxe-nos dados bastantes pertinentes a uma reflexão mais fecunda. Através desta pesquisa, foi possível apreender quais as principais idéias que regem o sentido das avaliações escolares nas representações dos alunos, encontrando a existência de três vertentes: alunos que consideram o procedimento avaliativo, hoje encontrado nas instituições escolares, como sendo bom e apropriado para diagnosticar os seus conhecimentos; aqueles que a vêem como um instrumento relativamente bom, fazendo uma analogia da aplicação com o docente que a aplica. Para estes, para ser boa, depende de quem aplica; e os que acreditam que a avaliação ainda não descobriu o seu sentido no âmbito escolar e que seu processo é bastante obscuro, sem estruturação e objetivos.