Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCH4

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    A MONOTONGAÇÃO NA FALA DOS FEIRANTES DE JACOBINA - BA
    (2021) GISLENE OLIVEIRA RIBEIRO, CARLA; LUZ DA SILVA PUGLISEL, SIMONE
    Este trabalho visa a analisar o fenômeno da monotongação na fala dos trabalhadores da feira de Jacobina. A monotongação constitui-se como a representação de um fenômeno linguístico em que ocorre a simplificação de um ditongo através da supressão da semivogal, sobrando apenas o som da vogal. Dessa forma, entendendo que a Língua Portuguesa sofreu e sofre variações e mudanças, à medida que é utilizada por seus falantes, faz-se necessário desenvolver pesquisas na área de variação linguística, visando uma abordagem científica do tema. A abordagem teórica para a construção dessa pesquisa segue a perspectiva da Sociolinguística Variacionista. O corpus desta pesquisa é constituído a partir de dados retirados das entrevistas gravadas com autorização dos informantes, com um questionário composto por 14 perguntas, para documentar a ocorrência ou não do fenômeno da monotongação, como por exemplo, a questão do Questionário Fonético Fonológico (QFF) 01, “Quando se compra uma televisão, um ventilador, um sapato, ele vem da loja dentro de quê?” “caixa”, bem como a questão QFF 11, “Jacobina é conhecida como a cidade de quê? “ouro”, e também a questão QFF 07, “O que é que se pesca nos rios, no mar?” “peixe”. Sendo estes 12 informantes entrevistados feirantes da cidade de Jacobina, com faixa etária I: (18 a 30 anos) e II (40 a 65 anos), escolaridade (Ensino Fundamental incompleto, completo e Ensino Médio) sexo (masculino e feminino). As entrevistas foram transcritas grafematicamente e, também, foneticamente. Os resultados obtidos mostraram que o fenômeno da monotongação está presente na fala dos feirantes de Jacobina - BA, em que os fatores sociais apresentaram maior relevância do que os fatores linguísticos, como a variável sexo, destacando o sexo feminino, uma vez que o maior número de ocorrências está presente na fala das feirantes, bem como a variável escolaridade, visto que as porcentagens maiores das ocorrências encontradas estão presentes nas respostas dos informantes com menos escolarização.
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    O APÓCOPE NO FALAR DE HABITANTES DE JACOBINA – BAHIA
    (2021) FARIAS, CÁSSIA BARBOSA; SANTOS, JUCICLEIA XAVIER DOS
    Este trabalho tem como objetivo identificar a maneira que ocorre o fenômeno apócope no falar de habitantes da cidade de Jacobina-Bahia. O apócope é um tipo de fenômeno linguístico o qual suprime o último fonema em um vocábulo. Entende-se que a Língua Portuguesa sofreu e vêm sofrendo alterações e mudanças constantemente, à medida que seus falantes usam. Ao estudar a língua e a maneira que ela é empregada, faz-se necessário desenvolver pesquisas sobre a língua em seu uso social. Os estudos teóricos para construir essa pesquisa foram baseados na Sociolinguística Variacionista. O corpus da referida pesquisa é construído com base em dados extraídos das entrevistas gravadas com autorização dos informantes, utilizando um questionário composto por 20 questões. Tivemos a colaboração de 12 informantes da cidade de Jacobina-Ba, com faixa etária I: 18 a 38 anos, e II: 45 a 65 anos, com níveis de escolaridade diferenciados entre: Ensino fundamental, Ensino médio e Ensino superior, de ambos os sexos, masculino e feminino. Todas as entrevistas foram gravadas por um aparelho celular e, em seguida, analisadas, transcrita grafematicamente e foneticamente. De acordo com os resultados, percebemos que o fenômeno apócope encontra-se no falar de habitantes da cidade de Jacobina-Ba, constatou-se também que o perfil social que apresenta a maior inclinação para uso do fenômeno foi do sexo masculino, da faixa etária jovem e do Ensino fundamental.
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    CADÊNCIAS DO CORPO, POÉTICAS DA VOZ: A POESIA ORAL DO SAMBA DE RODA DO GRUPO PINOTE
    (2020) XAVIER, LUCIANO SANTOS
    O presente trabalho tem como objetivo compreender como é configurada a poesia oral do samba de roda do Grupo Pinote, de Serrolândia/BA, considerando a relação dos sambadores com essa manifestação cultural, bem como os aspectos formais, temáticos e performáticos dessa poética. Para tanto, delineamos os objetivos específicos, a saber: i) traçar um perfil do Grupo Pinote, com o intuito de compreender a relação dos sambadores com o samba de roda, destacando as suas características, assim como sua relevância artística e cultural em Serrolândia/BA; ii) descrever a performance do samba de roda do Grupo Pinote, analisando-a sob a ótica dos sambadores, tendo em vista a diversidade dessa expressão artística e cultural no Estado da Bahia; e iii) coletar algumas das cantigas de batuque do Grupo Pinote, tendo como critério de seleção as mais popularizadas pelo grupo, de modo a analisá-las a partir dos conceitos e abordagens pautadas na poesia oral. A metodologia utilizada é de abordagem qualitativa, guiada sob à luz da Etnometodologia (HAGUETTE, 2010; WATSON e GESTALDO, 2015), tendo em vista as suas acepções basilares que nos permitem compreender as produções sociais de sentido de um determinado grupo social; em nosso caso, as produções de sentido do Grupo Pinote sobre a sua expressão poética e performática do samba de roda. Utilizamos ainda a Análise de Conteúdo, na perspectiva de Franco (2008). As principais teorias e discussões que sustentam a pesquisa permeiam o campo da poesia oral, com as contribuições de Zumthor (1993, 2010, 2014), Silva (2014) e Fernandes (2007); sobre a poesia oral do samba de roda e a ancestralidade na poesia oral, contamos com Araújo (2015) e Santana (2014); sobre o samba de roda, com vistas à sua expressão, origem e diáspora, utilizamos o Dossiê do samba de roda do Recôncavo Baiano (BRASIL, 2006) e Döring (2016); e, acerca do samba de roda no Sertão Baiano, Exdell (2017), tendo em vista a chula, batuque e reisado. Quanto às discussões que adentram o campo da cultura e cultura popular, nos amparamos nos estudos de Burke (1989), Costa (2016), Hall (2003) e Santos (1994). Sobre os Estudos Culturais e, respectivamente, suas inscrições na literatura, utilizamos Mattelart e Neveu (2004) e Culler (1999). No que diz respeito às impressões acerca dos procedimentos de análise na poesia oral, discutimos sob a ótica de Santos (2018). Os resultados (em tempo) reverberam a dinâmica e a instantaneidade da poesia oral do samba de roda do Grupo Pinote, no Sertão Baiano, permeada pela multirracialidade e pela diversidade performática da expressão do samba. O samba de roda do referido grupo atravessa a expressão dual da chula e batuque – sendo que ainda manifestam ocasionalmente o reisado –, ambos movidos pela ontologia de vozes e corpos que performam a expressão e a existência dos sambadores. A análise das cantigas de batuque aponta para a movência da poesia oral, marcada por formas e temas que confluem em trânsitos poéticos e identitários.
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    LITERATURA COR-DE-ROSA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO LEITORA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
    (2021) LEITE, Alessandra de Morais
    Esta pesquisa está situada no campo da Teoria da Literatura, com ênfase na formação leitora através da leitura literária. Nesta perspectiva, averígua-se o papel desempenhado pela literatura cor-de-rosa – também denominada literatura sentimentalista – na formação leitora de estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Miguel Calmon, Bahia. Além disso, busca-se analisar o tratamento dispensado a esse tipo de literatura no ambiente escolar, com vistas a analisar se esta é valorizada e problematizada como fomentadora do comportamento leitor dos alunos. As questões teóricas foram discutidas à luz de estudiosos, tais como: Sodré (1988, 1992), Borelli (1996), Caldas (2000), Sousa (2014), Todorov (1988, 2009), Lajolo (1984, 2000), Zilberman (1985, 1987, 2008) e Yunes (1995), os quais trazem significativas contribuições para a área de literatura de massa, literatura cor-derosa, estrutura narrativa e formação leitora. A metodologia utilizada ancora-se na abordagem de cunho qualitativo, com base na pesquisa de campo. Os instrumentos de construção de dados foram: questionários, elaborados no Google Forms, e entrevistas semiestruturadas, realizadas no aplicativo WhatsApp. Logo, foi possível observar que a literatura cor-de-rosa tem contribuído significativamente na formação leitora e no fomento à leitura dos estudantes, que destacam como atrativos desse tipo de literatura as narrativas leves e descontraídas e a abordagem sobre o cotidiano juvenil – como namoro, amizade, dilemas da adolescência – fazendo com se identifiquem com os personagens e se envolvam com a leitura.