Serviço público de reabilitação e sua sustentabilidade na universidade pública: um estudo sobre clínica-escola na uneb
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Resumo
Esta pesquisa teve como campo de investigação o Serviço de Saúde de Fonoaudiologia da Clínica-Escola Jurandy Gomes do Aragão, da Universidade do Estado da Bahia – Campus I, objetivando realizar um diagnóstico das condições estruturantes da prática profissional do fonoaudiólogo aí formado e identificar potencialidades para o desenvolvimento sustentável do referido Serviço. Com a perspectiva de oferecer subsídios à definição de políticas institucionais e ao planejamento da formação do profissional da saúde nessa Instituição, investigou-se a consonância das práticas de assistência desenvolvidas na Clínica-Escola de Fonoaudiologia com o que preconizam as políticas públicas de saúde, e se estas respondem aos desafios impostos à Universidade pública no que diz respeito ao atendimento de pessoas com deficiência. Configurada como um estudo de caso descritivo, ele foi delineado através da triangulação de pesquisa bibliográfica e análise documental, em conjunto com a entrevista semiestruturada de 12 docentes, supervisoras da referida Clínica-Escola. Para a pesquisa bibliográfica e documental foi estudada a legislação que dispõe sobre as políticas públicas de saúde voltadas para pessoas com deficiência. Inicialmente contamos com as contribuições apresentados na CIF (2003) para problematizar a assistência à pessoa com deficiência na contemporaneidade; no Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde - PROSAÚDE (2007) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fonoaudiologia (CNE, 2002), para fundamentar a discussão sobre as práticas na Clínica-Escola. Na pesquisa bibliográfica dialogamos com VEIGA (2010) e ELKINGTON (2012), para discutir sustentabilidade; CAPRA (2006) e MORIN (2011), situando as discussões teóricas na perspectiva contemporânea; SACHS (2010) e VEIGA (2010) para discutir desenvolvimento sustentável; SOUSA SANTOS (2011) para problematizar a Universidade Pública. Os resultados da pesquisa apontam para fragilidades no projeto institucional universitário que ainda demanda ancoragem nas políticas públicas de saúde e na formação profissional, superando a abordagem que valoriza o aspecto biológico, técnico científico e com conteúdos organizados de maneira compartimentada e desarticulados com o SUS; além da fragilidade na inter-relação entre Universidade e comunidade. Na perspectiva de sustentabilidade no contexto contemporâneo, defendemos a necessidade de assegurar, institucionalmente, o prosseguimento da reforma sanitária brasileira, coadunando com a formação do profissional da área de Saúde para a consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS, principalmente, a partir dos serviços prestados pela universidade pública.