As produções dos verbetes-conceitos, nesta coletânea, podem ser vistas como um exercício menor de práticas de liberdade em um agenciamento coletivo, numa composição híbrida e radicalmente intensa, pois os conceitos aqui rastreados e cartografados são desafios ao exercício do pensamento, como nos convidam Gilles Deleuze e Félix Guattari (2012), a "[...] fazer do pensamento e da arte verdadeiras máquinas de guerra", o que pode significar colocar em movimento práticas de resistência, intensificando-as, numa luta contra a fragmentação da realidade, que tem deixado de fora a continuação do mundo. Nesse sentido, os autores nos falam de um pensamento que subverte regras em favor da vida. Nesta obra reunimos uma diversidade de signos e significados, sob a forma de uma escrita que, a partir de uma aproximação discursiva com outros textos porque a escrita é, ao mesmo tempo, um ato de repetição e um ato criativo, original articula elementos dados, filiados a outras vozes, para tratar de temas educacionais na interface com a diversidade, com permanente abertura temática, numa luta incessante para (des)invisibilizar práticas, processos conceitos não compreendidos pela racionalidade técnica das monoculturas que ainda teimam em se fazer presente no cenário das políticas e práticas educacionais e da formação de professores.