A comicidade no Auto da Compadecida como forma de desconstrução social

dc.contributor.advisorValverde, Tércia Costa
dc.contributor.authorMiranda, Eulípia Coutinho
dc.contributor.authorSampaio, Síria Lima
dc.date.accessioned2017-05-05T13:58:21Z
dc.date.available2017-05-05T13:58:21Z
dc.date.issued2013-11-12
dc.description.abstractA comicidade pode denunciar os vícios e os paradoxos de uma dada sociedade, e acaba, assim, por provocar uma provável modificação da mesma. Desse modo, escolhemos como objeto de pesquisa para nosso Trabalho de Conclusão de Curso a obra Auto da Compadecida de Ariano Suassuna. Percebemos nesta obra o humor como forma de promover crítica às instituições sociais, ao preconceito, aos costumes, e às tradições de uma dada organização social. Temos como objetivos: demonstrar a comicidade como forma de desconstrução social; evidenciar a visão crítica do riso, da ironia e do fantástico maravilhoso; e relacionar a obra Auto da Compadecida com o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Para a elaboração deste trabalho, utilizamos o referencial teórico sobre o riso, a crítica literária, a cultura popular e a história da comicidade, buscando alguns autores específicos dessas áreas, tais como: Henri Bergson, Mikhail Bakhtin, Rachel Soihet, Gil Vicente, Maria Tereza Alves, dentre outros. O Auto da Compadecida é uma obra que combina religiosidade, regionalismo, cultura popular e características ibéricas. Representa uma peça teatral divertida, na qual, por meio de seus personagens, Suassuna desmascara as distintas classes da sociedade brasileira. Assim, a obra em questão, tece uma crítica à Igreja Católica, às injustiças e a corrupção implícita das autoridades religiosas. O Auto da Compadecida é constituído por personagens populares do Nordeste: membros da Igreja, cangaceiros, sertanejos, o coronel, o Padeiro e sua mulher, o Diabo, a Compadecida, Jesus Cristo, além da dupla cômica que protagoniza a trama: Chicó e João Grilo. Juntos, vivem uma história divertida na qual denunciam as mazelas da sociedade. No entanto, o ápice da comicidade, na obra Auto da Compadecida, reside no personagem João Grilo. Ele representa um sertanejo pitoresco, pois, articula a vida de todos os outros personagens, em busca da sobrevivência. Para conseguir viver em um mundo tão injusto, faz uso de seus bens mais preciosos: a esperteza e a astúcia. Desse modo, a dupla formada pelos personagens João Grilo e Chicó representa a revisão da sociedade brasileira realizada por Suassuna, via comédia.pt_BR
dc.description.abstract2Comicality may denounce the vices and paradoxes of a given society and provoke probable modifications in it. Thus, we chose Ariano Suassuna’s O Auto da Compadecida as a research object for our end of course assignment. We perceive humour within that work as a way to criticise social institutions, prejudices, habits and traditions of a given social organisation. Our objectives are: to demonstrate comicality as a form of social deconstruction; to evince the critical vision of laughter, irony and of the Fantastic and the Wonderful; to establish a relation between O Auto da Compadecida and Gil Vicente’s Auto da Barca do Inferno (The Ship of Hell). To elaborate this work, we used theoretical references about laughter, literary criticism, popular culture and the history of comicality, seeking some specific authors of such areas, e.g.: Henri Bergson, Mikhail Bakhtin, Rachel Soihet, Gil Vicente and Maria Tereza Alves, among others. O Auto da Compadecida is a work which combines religiousness, regionalism, popular culture and Iberian characteristics. It stands as an amusing theatrical play whose characters are used by Suassuna to disclose the distinct classes of Brazilian society. Thus, the work studied criticises the Catholic Church and the implicit injustices and corruption of religious authorities. O Auto da Compadecida is constituted of North Eastern popular characters: members of the church, cangaceiros, hinterland people, the “colonel”, the Baker and his wife, the Devil, Virgin Mary, Jesus Christ and the two comic protagonists Chicó and João Grilo. Together, they live an amusing story in which the blemishes of society are denounced. However, the paramount of comicality in O Auto da Compadecida is found in the character João Grilo. He represents a picturesque hinterland man, as he articulates the lives of the other characters as a means to survive. To be able to live in so unjust a world, he uses his most precious goods: cleverness and astuteness. Thus, the duo formed by João Grilo and Chicó represents the revision of Brazilian society accomplished by Suassuna through comedy.
dc.identifier.citationVALVERDE, Tércia Costa. A comicidade no Auto da Compadecida como forma de desconstrução social. 2013. 88 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas), Universidade do estado da Bahia, 2013.
dc.identifier.urihttp://www.saberaberto.uneb.br/jspui/handle/20.500.11896/324
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subjectComicidadept_BR
dc.subjectAuto da Compadecidapt_BR
dc.subjectDesconstrução socialpt_BR
dc.subjectAriano Suassunapt_BR
dc.titleA comicidade no Auto da Compadecida como forma de desconstrução socialpt_BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/bachelorThesispt_BR
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