“Não Feche a EJA da Minha Escola” – Políticas de Permanência e Ações de Resistência ao Fechamento de Turmas/ Escolas da Rede Municipal de Salvador e suas Implicações: O Que Dizem e o que Fazem os Educandos e Educadores?
Data
Orientador
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A presente pesquisa consiste em analisar o cenário da Educação de Jovens e Adultos (EJA I - anos iniciais) na Rede Municipal de Salvador (RMS) a partir do estudo da tríade Políticas de Permanência→Direito→Resistência na tentativa de compreender a realidade e encontrar respostas para o atual contexto e, para isso, apresenta como problemática a seguinte pergunta: Quais as implicações da redução de turmas e fechamento de escolas da EJA na RMS e como os sujeitos educandos e educadores resistem a esse fenômeno? O objetivo geral foi analisar as implicações do fechamento de turmas/escolas e as ações de resistência desenvolvidas pelos sujeitos educandos e educadores diante do atual contexto. Os objetivos específicos estão distribuídos de maneira a realizar um estudo do cenário dessa modalidade com os sujeitos participantes da pesquisa; levantar dados e informações junto a Secretaria Municipal de Educação (SMED) acerca do número de escolas com oferta desta modalidade, fazendo um recorte temporal de 2014-2017; observar as ações realizadas nas escolas e participar no desempenho das atividades propositivas para superar o problema. A abordagem da investigação baseia-se na pesquisa qualitativa na perspectiva da pesquisa participante por meio dos seguintes dispositivos para a produção de dados e de informações: entrevista semiestruturada, observação participante, diário de campo reflexivo, análise documental, sessões dialógicas reflexivas e participação em fóruns e encontros sobre a EJA como forma de conhecer a realidade e construir o diagnóstico inicial. O delineamento do corpo teórico fundamenta-se nas ideias dos autores: Amorim (2007, 2012), Arroyo (2005, 2014, 2017), Bardin (2016), Brandão (1999, 2006), Di Pierro (2010, 2016), Duarte (2002), Faria (2008, 2012, 2014), Freire (1990, 1996, 2005), Gadotti (2016), Gohn (2011), Gramsci (1978), Haddad (2000, 2007), Heller (2008), Machado (2008, 2016), Marconi e Lakatos (2011), Minayo (1993), Paiva (2009), Romão (2010), Siqueira (2002), Soares (2011), Teixeira (2002), Ventura e Bomfim (2015) e Ventura (2001, 2007, 2015, 2017) dentre outros, dialogadas com os sujeitos educandos e educadores que protagonizam a EJA no cotidiano da escola com o intuito de desenvolver a temática. Os resultados revelam as implicações do fechamento de turmas e escolas de EJA ao tempo em que apresentam ações de resistência realizadas no âmbito da escola, indicam políticas necessárias de permanência para as turmas de EJA, seguidas de uma proposta interventiva enquanto produto final, característica peculiar da pesquisa aplicada. Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos. Políticas de Permanência. Direito. Resistência. Fechamento de turmas/escolas.