O "corpo na escola" e o "corpo da escola": uma análise à luz da educação física
dc.contributor.author | Maia, Alan Linhares Silva | |
dc.date.accessioned | 2017-05-03T12:38:04Z | |
dc.date.available | 2017-05-03T12:38:04Z | |
dc.date.issued | 2010-11-10 | |
dc.description.abstract | O corpo sempre foi uma construção cultural, representando diferentes papéis e significados, sendo, muitas vezes, utilizado como instrumento de poder e de veiculação de ideologias dominantes. É na Idade Antiga que se configura uma das primeiras maneiras de conhecer e tratar o corpo. Mantê-lo em harmonia com a natureza ou o cosmo era condição primordial para sua educação. É também nesse período histórico que tem início a visão dicotômica corpo-alma, com o lento processo de ocultamento do corpo, de sua depreciação e negação. Para Platão, o corpo era prisão e veículo da alma, simbolizando o mal. Aristóteles acreditava que a alma era a forma e o corpo a matéria na constituição da natureza humana. Alguns séculos mais tarde, mais precisamente nos séculos I e II, a institucionalização do dualismo entre corpo e alma preparou o terreno para as concepções Cristãs. Para Descartes, é somente ao espírito e não ao composto de espírito e corpo, que compete conhecer a verdade das coisas. Esta visão dicotômica não é algo restrito aos séculos passados, pois o vemos ainda nos dias de hoje, é uma lógica de funcionamento escolar orientada pelo pressuposto de que “Penso, logo existo”, inspirando e definindo propostas pedagógicas e roteiros escolares, supervalorizando o intelecto e desprezando o corpo. Vivemos em uma sociedade em que a aparência física se tornou a chave para o sucesso. A escola se constituiu tendo uma de suas tarefas, disciplinar mentes e corpos, moralizando e padronizando comportamentos. Atualmente a escola brasileira é uma instituição totalmente destituída de corpo. Este trabalho tem como objetivo geral evidenciar como o corpo vem sendo utilizado como objeto de intervenção para reproduzir, na escola, os interesses das classes dominantes e, como problema, como a Educação Física, no espaço escolar, vem contribuindo para (des)construir o projeto de corpo estereotipado em nossa sociedade? Para chegar ao nosso objetivo foi realizada uma Pesquisa Bibliográfica, pois como diz Gil (2002, p. 44), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla que aquela que poderia pesquisar diretamente. A escola, e principalmente a Educação Física, vem contribuindo para a formação de pessoas sem autonomia, que desconhecem seus próprios corpos, suas possibilidades e seus limites. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://www.saberaberto.uneb.br/jspui/handle/20.500.11896/268 | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | en |
dc.subject | Corpo | pt_BR |
dc.subject | Indústria Cultural | pt_BR |
dc.subject | Educação Física | pt_BR |
dc.title | O "corpo na escola" e o "corpo da escola": uma análise à luz da educação física | pt_BR |
dc.type | info:eu-repo/semantics/bachelorThesis | pt_BR |