A Espetacularização da Violência na Escola: O Bullying e o Suicídio como Efeito Devastador na Educação
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Resumo
Esta investigação é sobre o bullying, cyberbullying e suicídio na escola, descreve como esses fenômenos são constituídos em filmes ficcionais e em videorreportagens disponíveis na internet, assim como, demonstra a forma como essas histórias podem colaborar para o debate e prevenção desses fenômenos na escola. Questiona-se: como os fenômenos bullying, nas suas variadas manifestações e o suicídio, no contexto da violência na escola, foram constituídos nos filmes ficcionais e videorreportagens pesquisados e de que forma essas histórias podem ser utilizadas como estratégias de discussão e enfrentamento desses problemas no contexto educativo? Em termos mais específicos, apresenta como os personagens fictícios, as vítimas, as famílias e as escolas experienciaram as variadas formas de bullying e suicídio. Mostra como o bullying e cyberbullying instigam o suicídio egoísta de vitimas adolescentes nas escolas, expõe as ações de combate a esses fenômenos mostradas no material estudado e a ocorrência dessas ações no contexto real. Destaca também as contribuições do cinema ficcional para as discussões sobre essas temáticas com o público juvenil. O estudo foi realizado à luz da fenomenologia na pesquisa em educação, que permite retratar o fato como ele é. Nas discussões epistemológicas contamos com os diálogos traçados nos estudos de Husserl (2008), Schutz (1979), Bicudo (1994), etc. Sobre a metodologia adequada ao estudo, contamos com Amado (2014), Bogdan e Biklen (2013), Loizos (2003), Rose (2003), acrescentando as contribuições de Gardies (2007), Ramos (2003), etc., sobre o cinema e as imagens como material de pesquisa. Nas discussões sobre a violência, o bullying e o cyberbullying alguns trabalhos de Abramovay (2002, 2012, 2015), Olweus (1993, 2006, 2013), Fante (2008, 2012), etc. fundamentaram a discussão dessa pesquisa. Nos estudos de Durkheim (2000) e outros pesquisadores, fundamentamos a nossa discussão sobre o suicídio. Verificamos, então, que a escola ocupa, cada vez mais, lugar de produtora e reprodução da cultura da violência, e vem se destacando nas mídias encenando verdadeiros espetáculos. A convivência entre alunos é marcada pelo confronto e agressividade, e o bullying e cyberbullying têm se tornado um dos fenômenos mais inquietantes da realidade educacional, portanto, é urgente formular ações de combate a essas violências que atingem os adolescentes dentro e fora da escola, isso refletirá na incidência de suicídios ocasionados por esse problema nessa fase da vida, garantindo que eles tenham um futuro. Filmes ficcionais e videorreportagens disponíveis na internet permitem acessar dados e informações sobre esses fenômenos e favorecem a ampliação das discussões. A escola precisa ser vista enquanto espaço qualificado para a discussão sobre essas temáticas, ela não pode ser tomada como um campo isolado da sociedade. Os adolescentes, com o suicídio, pretendem eliminar o sofrimento do qual são vítimas, reconhecer o problema do bullying e cyberbullying sofrido por eles e falar do suicídio enquanto possibilidade de caminho trágico é uma realidade.