Autonomia Discente para a Construção do Conhecimento: O Uso das Tecnologias Digitais em Rede no Contexto da Modalidade a Distância em Cursos Presenciais
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Resumo
A presente pesquisa objetiva investigar como os estudantes dos cursos de graduação presenciais estão utilizando as tecnologias digitais em rede, de forma autônoma, em seu processo de construção do conhecimento. O uso das tecnologias digitais em rede (TDR) nos processos de ensino e aprendizagem não está mais restrito à sala de aula ou às propostas didático-pedagógicas do professor. A ampliação da conectividade à rede mundial de computadores e um maior acesso às tecnologias advindas do surgimento da Internet evidenciam significativo potencial para uma autonomia discente, que possa torná-lo sujeito ativo do seu próprio processo de construção do conhecimento. Neste sentido, esta investigação tem como participantes os estudantes que cursaram componentes curriculares vinculados ao projeto da oferta a distância em cursos de graduação presenciais da Universidade do Estado da Bahia, no período de 2013.1 a 2016.1. Trata-se de um estudo de caso, de natureza aplicada, com abordagem descritiva, sendo realizada discussão teórica sobre tecnologia digital em rede (LÉVY, LIMA JR., SANTAELLA) e autonomia discente (FREIRE, MOORE, PRETI), além de pesquisa de campo utilizando os instrumentos de análise documental, questionário e entrevista. Como produto da pesquisa, apresenta-se um portfólio digital que descreve as formas de uso autônomas das TDR, apresentando duas opções de busca, seja pela tecnologia (interfaces do AVA e tecnologias digitais em rede fora do AVA) ou pela finalidade de uso (pesquisa, interação e comunicação, armazenamento, produção e compartilhamento, socialização e divulgação e escrita colaborativa), considerando as análises e interpretações dos relatos de experiências dos estudantes e da frequência de uso apontada na pesquisa. Como contribuição, esta pesquisa identifica ações que caracterizam a autonomia discente em relação às TDR e suas finalidades e reconhece nos relatos dos estudantes o potencial do digital em rede em seu processo de formação independente da modalidade no ensino superior. Contudo, aponta para a necessidade de reflexão sobre o uso das interfaces disponíveis no AVA, que foi considerado um espaço de pouca autonomia pelos estudantes em relação a outras TDR fora dele; e para um perfil de estudante mais consumidor do que produtor de conteúdo digital em rede. Estas considerações podem vir a desencadear adequações do uso das TDR e suas finalidades aos processos formais de educação superior, entendendo que este estudo deve continuar sendo objeto de constantes pesquisas e reflexões para a consolidação desta prática nos espaços acadêmicos. Palavras-chave: tecnologias digitais em rede, autonomia discente, ensino superior.