O ARTEAR DE SI E DO OUTRO: LUGARES DE MEMÓRIA COMO PRÁTICA COLABORATIVA DE EDUCAÇÃO
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Resumo
A presente pesquisa tem por objeto o Museu Quilombola da Comunidade de Cazumba, que está localizada na zona rural do município de Senhor do Bonfim-BA. Temos por objetivo geral: analisar como um museu construído pela comunidade quilombola de Cazumba, um lugar de memória, pode servir como instrumento colaborativo de educação. O percurso foi motivado em buscar subsídios documentais para fundamentar a caracterização do locus de pesquisa; historicizar como se deu a implantação deste museu quilombola na comunidade de Cazumba, em Senhor do Bonfim-BA; perceber as relações que são estabelecidas na comunidade para analisar atividades educativas colaborativas ligadas ao museu quilombola; construir espaço de divulgação do lugar de memória, o museu, suas histórias tomando novos espaços. Os devires da pesquisa em educação sempre são imprevisíveis, nos trouxeram categorias que inicialmente não foram traçadas como palavras-chaves de estudo, cujas quais, reciprocidade e ancestralidade, que nos levaram a utilizar o recurso da fotografia para construção do museu virtual – desdobramento da pesquisa/produto. Pudemos perceber como a filosofia ancestral transpassa os saberes da comunidade, raízes fundantes para a concretização de práticas colaborativas em educação, de pedagogias como práticas para a liberdade. Caminhamos guiados pelos olhares paradigmáticos Interpretativistas. Um estudo de caso que empresta para nós a experiência da Análise documental e assim aprofundar nossos conhecimentos sobre a memória e vida da comunidade de Cazumba. A atividade utilizada para construção dos dados foi a Árvore dos Sonhos, um recurso freiriano adaptado para a educação, utilizado comumente para ações extensionistas em atividades socioambientais. Buscamos a Análise de conteúdo para aprofundarmos sobre as produções construídas colaborativamente nas atividades realizadas. Este relatório em formato de dissertação, completa-se em sete capítulos, desde a introdução às considerações finais, como principais autores utilizamos: Nora (1993), Munanga (2002), Freire (1967, 1987, 1981, 1996), bell hooks, (2017), Yin (2015), Sauborin (1999), Berth (2019), entre outros.