0 UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH – CAMPUS IV MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE – MPED ALANE MARTINS MENDES NARRATIVAS DAS MULHERES DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE COQUEIROS ACERCA DE SUAS VIVÊNCIAS E TRAJETÓRIAS ESCOLARES
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Resumo
A presente pesquisa, “Narrativas das mulheres da comunidade quilombola de Coqueiros acerca de suas vivências e trajetórias escolares”, tem como questão principal entender como a educação escolar tem contribuído para o empoderamento feminino. Para tanto, analisamos as trajetórias escolares das mulheres de Coqueiros; problematizamos o processo histórico de inclusão das mulheres no sistema de educação escolar brasileiro, no intuito de entender como esta pode se configurar como um mecanismo para transformação social, interferindo positivamente na vida delas. Para dialogar sobre estas questões, subsidiamo-nos em autoras como: Ribeiro (2016); Saffioti (2013); Saviani (2013); Louro (2015); Almeida (1998); Hahner (2012); Monteiro (2015); Scott (2012); Arendt (2012). Também dialogamos com Baquero (2012); León (2013); Fagundes 2017; Sardenberg (2018), Berth (2019), que apresentam nuances epistemológicas sobre o termo empoderamento, permitindo-nos melhor compreendê- lo em seus diferentes conceitos. Considerando que as participantes eram mulheres de uma comunidade quilombola, fez-se necessário também fazer uma abordagem sobre Feminismo Negro e Educação Quilombola, o que nos deu uma visão mais geral sobre o contexto socioeducacional e cultural em que elas estão inseridas, por meio de autoras como: hooks (2019); Ribeiro (2020); Carneiro (2011); Pinto (2010). Finalizando a discussão teórica com Munanga (2005); Barros (2005); Silva e Araújo (2005); Cunha (1999), dentre outros que problematizaram a Lei 10.639/03, bem como trataram da relevância desta na Educação Quilombola. A metodologia que norteia o processo investigativo fundamenta-se a partir das discussões de Gatti (2007); Veiga Neto (2002); Ghedin e Franco (2011); Luna (2011); Gil (2002); Fazenda (2010); Vieira Pinto (1997); Rocha (2004); Freire (2011); Souza (2007), e se deu por meio de uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, cujo paradigma epistemológico é o Materialismo Dialético Histórico; tendo as entrevistas narrativas e rodas de conversa como instrumentos de coleta de dados. O lócus foi a Comunidade Quilombola de Coqueiros, em Mirangaba-Ba, e as participantes, mulheres que residem na comunidade. A trajetória escolar dessas mulheres foi e ainda é repleta de desafios, mas elas seguem firme no propósito de conquistar o espaço que desejam alcançar. São, ao final, símbolo de lutas e resistências.