Bastidores da Política de Formação de Salvador- BA: Lampejos de Experiências e Narrativas Docentes
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Resumo
A pesquisa analisa a política de formação da Rede Municipal de Salvador- BA, dialogando com conceitos da sociologia da educação e das políticas educacionais, adotando princípios da pesquisa narrativa. Utiliza materiais biográficos secundários: legislação e mecanismos que institucionalizam a política, Referenciais Municipais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (2015, 2017) e materiais biográficos primários: escritas narrativas de professoras e coordenadoras, nas quais se analisa compreensivamente como esses sujeitos vivenciam e incorporam ou não disposições da política municipal na sua prática cotidiana. Apresenta uma proposta de confluência metodológica, saída empírica encontrada para o contexto da pandemia da Covid-19, aliando os pressupostos da pesquisa narrativa aos do Ciclo de Política. Para tanto, seguem três elos específicos que compõem a confluência: 1) Contexto da influência: o que narra a legislação sobre a política? 2) Contexto da produção de textos: o que narram os referenciais municipais? Contexto da prática: O que narram as professoras e coordenadoras A pesquisa é, por si, uma crítica política às formas e conjunturas nas quais as políticas de formação têm sido pensadas, implementadas e executadas no país, no estado e, especialmente, no Munícipio de Salvador, refletindo sobre a necessidade de recolocar a formação como centralidade, através da (re)afirmação da professora e da coordenadora como sujeitos principais desse processo contínuo, permanente e de vida que é a formação. A partir da análise compreensiva-interpretativa foi possível perceber incidências da política na identidade profissional das professoras e coordenadoras, uma tentativa de regulamentação homogeneizante, desmantelo da professora/coordenadora enquanto coletivo, burocratização do trabalho pedagógico, além da ausência de tempo suficiente para a formação em serviço. As narrativas revelam mecanismos de resistências que as professoras e coordenadoras encontram e fomentam nos seus cotidianos profissionais e formas outras de garantir a formação dentro das suas unidades escolares, demonstrando a necessidade de visibilização dessas profissionais na implementação e avaliação da política e não só na execução.