A Colonialidade do Saber e a Formação Docente de Filosofia: Cenários, Experiências e Desobediências Epistêmicas
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Resumo
Esta tese objetiva elaborar uma visão crítica amparada nas Epistemologias do Sul sobre as diretivas curriculares da formação de professores/as de Filosofia no Brasil, partindo do pressuposto que tal formação se apresenta como fundamentalmente eurocentrada. Tendo como fundo maior esse objetivo, buscamos estabelecer uma análise de como a colonialidade do saber atua no processo de formação de professores/as no curso de Licenciatura em Filosofia da UEFS- Universidade Estadual de Feira de Santana, por meio do estudo de caso. Dessa forma, direciono minha reflexão crítica à constituição da formação desses/as docentes no contexto brasileiro, especificamente na UEFS, com o objetivo maior de compor um mapa dos aspectos do currículo que contribuem para ou desafiam a perspectiva eurocêntrica. Para tal, se fez necessário a constituição de uma pesquisa bibliográfica objetivando constituir categorias conceituais e aporte teórico crítico necessário aos anseios da tese, como os aspectos críticos à modernidade europeia, a forma como se reproduz a matriz colonial do poder, assim como a colonialidade do saber na Filosofia Abissal. Assim, por meio dos referenciais críticos das Epistemologias do Sul, estabeleço uma análise do curso de Filosofia supracitado, seu currículo e projeto pedagógico, dialogando por meio de entrevistas semiestruturadas com docentes e discentes da licenciatura em questão, egressos e ingressos. A partir disso, buscamos identificar por meio de metodologias ancoradas nas práticas decoloniais da pesquisa qualitativa em educação como o saber colonial e as desobediências epistêmicas estão atuando na formação filosófica dos discentes em formação do curso de licenciatura em Filosofia da respectiva universidade. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas e questionários semiestruturados.