Contribuições do viveiro da Universidade do Estado da Bahia na produção e multiplicação de mudas de espécies do bioma cerrado e caatinga
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Resumo
O Brasil é o país que apresenta maior biodiversidade de flora em escala mundial. Devido o histórico de degradação dos biomas brasileiros aumenta-se a demanda por mudas de espécies nativas. Para que áreas degradadas sejam devidamente reflorestadas é preciso que a oferta de espécies nativas de seus respectivos biomas seja de fácil acesso. No que diz respeito a região Oeste da Bahia, os solos são amplamente utilizados para o cultivo de monocultura. Diante disso, a pesquisa teve por objetivo geral identificar quais as espécies nativas dos biomas Cerrado e Caatinga estão sendo produzidas no Laboratório de Pesquisa e Produção de Mudas da Universidade do Estado da Bahia, Campus IX. Os dados foram levantados por meio do acesso a registros elaborados pelo viveirista do Laboratório de Pesquisa e Produção de Mudas, durante o ano 2018 até o mês de julho de 2022. A consulta de identificação das espécies foi realizada a partir dos nomes populares. A confirmação e atualizações taxonômica das espécies nativas, assim como seus autores e distribuição geográfica, utilizou-se o repositório Flora do Brasil, e o Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira. Diante disso, verifica-se que foram identificadas o total de 83 espécies, dentre estas 32 são nativas do Bioma Cerrado e Caatinga, pertencentes a 25 gêneros, distribuídos em 12 famílias. Mais da metade (51,7%) das espécies nativas estão adaptadas as fitofisionomias dos dois biomas. Isso se dá devido algumas similaridades de fatores edáficos e climáticos comuns aos dois biomas. Dentre as espécies identificadas estão a Anacardium occidentale (Cajueiro), Passiflora cincinnata (Maracujá-do-mato) e Myracrodruon urundeuva (Aroeira). Destaca-se a relevância da atualização do inventário das espécies nativas produzidas no Laboratório de Pesquisa e Produção de Mudas da Universidade do Estado da Bahia, Campus IX. Sugerem-se levantamentos anuais, visto que a produção das espécies varia conforme a disponibilidade de sementes. Ressalta-se também a importância de compartilhar as informações com a comunidade acadêmica e sociedade local que usufrui das doações.