Licenciatura em Ciências Biológicas - DCH9

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    Os desafios para atividades práticas de educação ambiental no ensino médio em Barreiras
    (Universidade do Estado da Bahia, 2025-01-13) Silva, Ângelo Gabriel da Conceição; Miranda, Maria Anália Macedo de; Araújo, Luísa Magalhães; Stefanelo, Daniela Rossato
    A Educação Ambiental (EA), devido ao processo socioeconômico, histórico e cultural pelo qual o ser humano se apropriou dos bens da natureza, foi evidenciada como uma estratégia para o entendimento crítico e reflexivo dos problemas ambientais. Sua prática no espaço formal requer uma estruturação dos conteúdos curriculares, de modo que seja trabalhada de forma dialogada entre o professor e o aluno e adequada ao contexto em que a escola está inserida. De modo geral, o objetivo desse estudo foi discutir as práticas da Educação Ambiental no ensino médio da Rede de Educação do Estado em Barreiras e de modo específico: identificar a estrutura fornecida pela instituição escolar, relacionar as práticas de EA com as legislações e programas elaborados por instituições transnacionais como a ONU, o MEC e o Governo do Estado da Bahia, as dificuldades enfrentadas para realização das práticas e como os docentes trabalham EA na escola. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quanti-qualitativa viabilizada por meio do método estatístico e posterior interpretação dos dados, onde o público-alvo foi o professorado de duas escolas da educação básica do Estado da Bahia. Para coleta de dados, foi realizado um questionário online, os dados obtidos compilados no Microsoft Excel e as análises e testes estatísticos foram feitos nos Softwares SPSS, BioEstat, SigmaPlot e o R-Studio em combinação com a intepretação desses dados a fim de obter conclusões mais assertivas. Os resultados demonstram que boa parte dos professores realizam práticas de EA, sendo que as mais recorrentes são os conteúdos em sala de aula, projetos e eventos promovidos pela escola. Dentre as dificuldades apontadas, a mais recorrentes são a de interdisciplinar o conteúdo com outros professores, falta de recursos didáticos e falta de tempo (carga horária excessiva). Dentre as atividades realizadas as mais frequente são os conteúdos em sala de aula, projetos desenvolvidos e eventos, indicando um contato mais efetivo com o ambiente além da sala de aula. Além do mais, faz-se necessário melhorar a formação continuada para esses professores, haja vista que, é um trabalho indispensável para a efetiva atividade de EA emancipatória na escola.
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    Importância dos visitantes florais em cultura de algodão (Gossypium hirsutum L.) Sob o manejo convencional próximo e distante da vegetação nativa de cerrado no município de Barreiras-BA
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-18) Carvalho, Danúbia Oliveira de; Assis, Greice Ayra-Franco; Nascimento, Viviany Texeira do; Oliveira, Fábio de
    A cultura de algodão é muito importante para a sobrevivência do ser humano, e a sua produção pode ser melhorada através da polinização. Esta pesquisa teve por objetivo estudar, comparativamente, a riqueza de visitantes florais e seus efeitos na reprodução e consequentemente na produtividade da cultura do algodão (Gossypium hirsutum L.) sob o manejo convencional próximo e distante da vegetação nativa do Cerrado no município de Barreiras-BA. O estudo foi desenvolvido durante o período de fevereiro a julho de 2024 no campo Experimental da UNEB, Departamento de Ciências Humanas, Campus IX. Uma área de 72 m² foi dividida em dois quadrantes de 36 m² (6m x 6m cada). Em ambos os quadrantes foi plantada a cultivar de algodão DP 2176 B3RF. Um quadrante era situado distante (área A) e o outro próximo à vegetação nativa de Cerrado (área B). Para estimar a viabilidade polínica, 10 botões em pré-antese foram ensacados, aleatoriamente, totalizando 20 botões. Após a antese, a cada intervalo de hora, foram coletadas dez flores; dessas, cinco foram utilizadas para avaliar a viabilidade polínica e cinco à receptividade do estigma. Os visitantes florais foram observados, fotografados, coletados e acondicionados em frascos e encaminhados para o Laboratório de Zoologia e Entomologia da UNEB para posterior identificação. Para avaliar o efeito da polinização biótica sobre a produção de algodão, realizou-se tratamentos como Autopolinização Espontânea (AE), Polinização Cruzada Manual (PCM), e Polinização Aberta (PA). Cerca de 20 a 30 flores foram marcadas, aleatoriamente, em cada área estudada para cada tratamento. O ensacamento das flores ocorreu no estágio de pré-antese utilizando-se sacos de organza. Os dados obtidos para a biologia floral do algodoeiro revelaram que o estigma das flores não estava receptivo às 8h, quando ocorreu a antese, demonstrando receptividade apenas às 10h, permanecendo receptivo até a senescência da flor às 17h, e o pólen apresentou alta viabilidade na área A (77,4%) e B (80%). Abelhas, principalmente do gênero Apis, destacaram-se como grandes polinizadoras. A área B apresentou maior quantidade de ordem de visitantes florais, provavelmente, por estar próxima à vegetação nativa de Cerrado. O algodão na área A mostrou maior tamanho da pluma no tratamento de PCM e maior produtividade com PA. Na área B, o maior tamanho e peso da pluma ocorreram com PCM, seguida da PA. Em ambas as áreas, a AE resultou em menor produtividade. Desta forma, pode-se concluir que a polinização aumenta a produtividade quando comparada à autopolinização. A pesquisa conserva que apesar do algodão uma planta autógama, se beneficia das interações com polinizadores, aumentando tamanho e peso da pluma do algodão. O estudo reforça a importância dos serviços ambientais dos polinizadores e a necessidade de protegê-los, considerando práticas de manejo que integrem áreas nativas, como o Cerrado.
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    Análise da influência dos visitantes florais na cultura do feijoeiro (Phaseolus Vulgaris l.) Sob manejo convencional próximo e distante da vegetação nativa no município de Riachão das Neves-BA.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-11-18) Lima, Ana Paula dos Santos; Assis, Greice Ayra Franco; Nascimento, Viviany Teixeira do; Oliveira, Fábio de
    A polinização por visitantes florais possui um forte indicativo no aumento da produtividade agrícola, como é o caso da leguminosa, Phaseolus vulgaris L., cultivada em áreas de Cerrado no oeste da Bahia. Apesar disso, o uso de polinizadores na cultura do feijão é pouco explorado. Com isso, o objetivo da pesquisa foi estudar, comparativamente, a riqueza de visitantes florais (polinizadores e não polinizadores) e seus efeitos na reprodução e, consequentemente, na produtividade da cultura do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.), sob o manejo convencional próximo e distante da vegetação nativa de Cerrado. O experimento foi realizado de agosto de 2022 a julho de 2023 na Fazenda Experimental Olindina Batista, no município de Riachão das Neves-BA, com o cultivo de feijão-comum carioca em duas áreas, uma antropizada (distante da vegetação nativa de Cerrado) e outra próxima a vegetação nativa. Para tal, foi estudado a biologia floral, onde realizou-se a avaliação da antese, receptividade do estigma e viabilidade polínica. Para análise reprodutiva, aplicou-se os tratamentos de Autopolinização Espontânea (AE), Polinização Cruzada Manual (PCM) e Polinização Aberta (PA), além da observação e captura de visitantes florais. Os resultados obtidos para biologia floral de P. vulgaris, mostraram que o estigma das flores esteve receptivo durante todo o período de observação (7h às 17h) e o pólen apresentou viabilidade de 70% na área antropizada e 71% na área próxima à vegetação nativa. Quanto a produtividade, esta foi maior nos tratamentos de PCM nas duas áreas. Em relação aos visitantes florais, polinizadores legítimos em ambas as áreas foram em sua maioria de abelhas (Hymenoptera), que é a grande responsável pela polinização do feijoeiro comum.
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    Fenologia reprodutiva de uma comunidade vegetal na Serra do Mimo, Barreiras, Bahia
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-19) Araújo, Thifanny Pereira de; Nascimento, Viviany Teixeira do; Costa, Cristiana Barros Nascimento; Costa, Jorge Antonio Silva
    O Cerrado é um hotspot de biodiversidade que enfrenta uma crescente supressão da sua vegetação devido ao agronegócio e ao crescimento urbano. Pesquisas de fenologia vegetal são escassas, apesar de serem importantes para a conservação da biodiversidade, considerando que, quando realizadas em nível de comunidade, fornecem dados sobre a sua estrutura e organização. O município de Barreiras-BA enfrenta o avanço imobiliário sobre as suas encostas, além de integrar o MATOPIBA (acrônimo da região composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, onde há grande expansão agrícola) e estar inserido no norte do Cerrado brasileiro, uma região com uma alta taxa de desmatamento e, consequentemente, perda de biodiversidade. Este estudo teve o objetivo de registrar as fenofases reprodutivas de espécies de angiospermas da Serra do Mimo. Os dados fenológicos foram coletados a partir de observações diretas e visitas quinzenais durante um ano. Os registros das fenofases reprodutivas foram feitos utilizando o percentual de intensidade de Fournier. Para cada espécie utilizou-se da classificação de Newstrom, Frankie e Baker para definir os padrões de floração e frutificação. Foram registradas 94 espécies em floração e 73 espécies em frutificação, em sua maioria da família Fabaceae (23,4% e 27,4%, respectivamente). Das espécies, 62,5% eram arbóreas e arbustivas. Ao longo de todo ano há espécies em fenofases reprodutivas, mas com uma maior concentração na estação seca. O padrão anual foi o mais frequente para ambas floração e frutificação. Os resultados encontrados foram semelhantes a outros estudos em áreas de Cerrado, sendo este o primeiro estudo fenológico a nível de comunidade na Serra do Mimo. Pesquisas fenológicas complementares podem verificar variações nos eventos fenológicos a partir da comparação dos dados registrados.
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    Percepção e estratégias de adaptação de agricultores familiares frente às mudanças climáticas no município de Barreiras Bahia.
    (Universidade do Estado da Bahia, 2024-12-19) Silva, Kédima de Souza; Miranda, Maria Anália Macedo de; Stefanelo, Daniela Rossato; Cerqueira, Reginaldo Conceição
    A agricultura familiar é uma modalidade de produção agrícola responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil. No entanto, por estar intrinsecamente ligada ao ciclo da natureza, essa prática vem sofrendo constantemente os impactos das mudanças climáticas. As previsões para as regiões semiáridas brasileiras indicam um aumento da seca e da escassez de água. Para amenizar os impactos negativos das mudanças climáticas, é fundamental que os produtores rurais adotem práticas agrícolas sustentáveis. Porém, a adoção dessas práticas requer, primeiramente, percepção dos efeitos das mudanças climáticas. Portanto, o objetivo geral deste trabalho foi discutir a mudança climática a partir da percepção e estratégias adaptativas adotadas pelos agricultores familiares às mudanças climáticas. A amostra da pesquisa foi de 13 respondentes do Centro de Abastecimento de Barreiras – CAB, localizado no município de Barreiras, Bahia. A análise dos dados foi realizada baseando-se no método de estatística descritiva, por meio de tabelas e gráficos desenvolvidos no software de planilhas eletrônicas, o Excel. Os resultados demonstram que a maioria dos agricultores já percebem as mudanças climáticas e já presenciaram vários eventos climáticos extremos como aumento da temperatura, chuva em excesso, secas mais longas, falta de água e surgimento de pragas e doenças. Para minimizar esses impactos, os produtores rurais fazem uso de algumas estratégias de adaptação como: diversificação das culturas, aumento do uso da irrigação, alteração na data de plantio, construção de sistema de captação e armazenamento de água da chuva, desistência de culturas e realizam plantio direto na palha. Espera-se que as contribuições desta pesquisa possam oferecer subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas que atendam de maneira mais eficaz às necessidades dos agricultores familiares no contexto das mudanças climáticas.