Alice no País das Maravilhas e Branca de Neve: as meninas-mocinhas e os estereótipos femininos nos clássicos contos de fadas

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2016
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Resumo

A Literatura é um bem cultural e, acima de tudo, arte e linguagem. Sua contribuição para a formação intelectual, estética, linguística e cognitiva dos sujeitos ocorre, porque é uma experiência que possibilita gozar de uma fantasia, presentificada de forma peculiar nos livros de Literatura, dado aos aspectos do maravilhoso, do fantástico e do realismo que estimulam a criatividade e a imaginação, promovendo também o desenvolvimento da reflexão crítica, ampliação de saberes, compreensão crítica do mundo e da condição humana ou simplesmente despertam diferentes emoções. O hábito de ouvir, ler e de contar histórias está presente na nossa cultura, porém, em alguns ambientes é menos frequente do que em outros. Tratando-se da Literatura Infantil, tema do nosso trabalho monográfico, consideramos ler histórias ou contá-las como uma prática cultural não natural, quer dizer, não é algo aprendido naturalmente, pois as pessoas precisam ser expostas a essa experiência para poderem cultivá-la. À medida que participam da cultura do escrito e são expostas à Literatura, as crianças cultivam esse gosto e aderem a essa prática cultural. No sentido de contribuir com os estudos alusivos às narrativas literárias, especificamente, os contos de fada, este estudo trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos classifica-se como uma investigação construída a partir de uma pesquisa bibliográfica e de uma análise das narrativa literárias de “Branca de Neve e os sete anões” na versão dos irmãos Grimm e “Alice no país das maravilhas”, de Lewis Carroll. Elencamos como objetivo geral compreender a figura feminina e seus estereótipos nas narrativas literárias supracitadas. Quanto aos objetivos específicos, optamos por ler, descrever e analisar como são construídas as personagens femininas, as meninas mocinhas, em tais narrativas. Entre os principais autores que dão suporte à construção da moldura teórica desta pesquisa, destacam-se Nelly Novaes Coelho, Zappone, Colomer, Gutner Kress e Van Leuween entre outros. Os estudos nos mostraram que o perfil feminino tanto nos contos de fadas analisados, quando na vida real, apresentam traços que fogem ao fenômeno do maniqueísmo, porque assumimos ora um comportamento de princesa clássica, virtuosa e dócil a exemplo de Branca de Neve; ora contrariamos esse perfil sendo mais ousadas e curiosas e ‘ardemos’ de curiosidade pelo novo e, nos reportamos a Alice. Ora exercitamos também nosso momento bruxa. Consideramos, pois, que perfil feminino é constituído dessa tessitura de sentimentos e comportamentos que são inerentes à nossa complexa condição de humanos.


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Palavras-chave
Literatura infantil, Contos de fadas, Perfil feminino
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