As Contribuições do Estudo da Afetividade para a Melhoria do Processo Ensino-Aprendizagem, nas Classes da EJA, Considerando a Perspectiva da Neurociência
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Resumo
Esta dissertação representa parte da reflexão da importância da afetividade no processo de aquisição do conhecimento a partir das bases da neurociência, através do estudo do cérebro humano e de suas estruturas e funções, fazendo correlações com a psicogênese. Tem como problemática a seguinte questão: a apropriação dos conhecimentos relacionados à psicogênese e as neurociências, influenciarão o trabalho do professor e o sucesso educacional do aluno, ao se utilizar o potencial afetivo do mesmo em prol de um aprendizado mais elevado, significativo e consolidado, ajudando a reduzir a evasão escolar por parte do aluno da EJA? A pesquisa foi realizada com professores e alunos da EJA I de duas escolas da Rede Municipal de Salvador. A abordagem qualitativa adotada na pesquisa justifica-se por ser a mais adequada ao contexto e coerente aos objetivos propostos, a partir de elementos específicos que serão base para o desenvolvimento da coleta de dados, considerando-se o enfoque na coleta investigativa, sendo a preocupação precípua a compreensão do fenômeno, descrição do objeto de estudo e a realidade social dos fatos. A pesquisa teve caráter participativo em sua instrumentalização, à medida que o pesquisador foi participante, dentro de uma relação com o objeto e com o pesquisado. Para responder aos objetivos propostos, foram feitas reflexões quanto a necessidade de instrumentalizar o educador com saberes contemporâneos sobre a afetividade, considerando as especificidades neurais, emotivas e psicogenéticas; também quanto a possibilitar o educador conhecer a estrutura cerebral responsável pelas relações afetivas do ser humano e reconhecer a importância do estudo da mesma como condição de aprimoramento para melhor desempenhar suas funções; ainda pensar a afetividade e suas relações (interfaces): evasão escolar, aprendizagem significativa e consolidada, construção de uma identidade afetiva e cognitiva. Assim, a partir do estudo de vários teóricos e do diálogo entre as várias concepções defendidas por cada um foi possível realizar a “tessitura” entre Amorim (2012), Aquino (2015), Gardner (1995) que trazem importantes contribuições sobre o sistema escolar e formação de professor. Hall (2015), Rogers (1977) trouxeram importantes contribuições sobre identidade e formação do sujeito. Dalgalarrondo (2011), Consenza (2011), LeDoux (1998) que ajudaram na compreensão da formação do cérebro humano ao longo da história e a importância das neurociências para o processo de ensino-aprendizagem. Migliori (2013), Damásio (2005), Wang e Aamodt (2009), Sartorio (2016) trazem importantes contribuições das neurociências, considerando importantes percepções do cérebro e seu funcionamento nas várias situações enfrentadas pelo indivíduo no dia a dia. Ainda, Otis (2012) traz a relação da dificuldade de aprendizagem, afetividade e as representações sociais. Goleman (1995), Pedreira (1997), Relvas (2008), trazem importantes contribuições para a análise do cérebro emocional.Além de Contribuíram também autores renomados historicamente como Vigotsky (1991), Wallon (1989), Piaget (1974), Leite (2013), Arantes (2003) e Freire (2016) que trazem a relação entre afetividade e aprendizagem dentro de perspectivas diversas defendida por cada autor. . Os resultados evidenciaram que o tipo de relação entre professor e aluno influencia na qualidade da aprendizagem; a apropriação dos conhecimentos neurocientíficos possibilitará intervenções mais adequadas no processo ensino-aprendizagem.